QUESTIONAMENTOS QUE ME FORAM FEITOS!

Uma amiga, através de uma mensagem pessoal no Facebook, me fez excelentes questionamentos a respeito do meu texto OS VÁRIOS TIPOS DE AMOR! Ela me pergunta como eu posso considerar o amor egoísta como sendo um amor. Como eu posso considerar o amor a coisas fúteis como sendo um amor. Ela disse: “O amor, só é amor, quando é amor puro, com um mínimo de verdade e sem esperar nada em troca, as respostas do seu texto se encontram nas cartas a coríntios na Bíblia”.

Gostei muito do questionamento! Se foi um meio de saber qual a minha postura, parabéns! Se foi apenas um questionamento, parabéns! De qualquer forma, parabéns! Eu fico muito contente quando alguém me questiona da maneira como fui questionado: com inteligência e respeito.

Eu respondo que eu APENAS citei o que é visto, pelas pessoas, como sendo amor; o que é apresentado nas teorias. A minha postura ficou subentendida em alguns momentos, por exemplo, quando eu discorro sobre a liberdade. Na última frase do texto mencionado, eu mostrei um detalhe muito importante sobre o amor, sobre o que eu defendo. No decorrer do texto, eu falei sobre liberdade. Citei o Novo Testamento, de maneira sutil. O meu texto é um texto filosófico. Eu assumi a postura que um professor de Filosofia deve assumir: uma postura objetiva, mostrando o que existe sobre o assunto, para que as pessoas conheçam todos os lados do problema, do assunto apresentado. Lembre-se de que a Filosofia só existe porque ela pergunta. Na Filosofia, as perguntas são mais importantes do que as respostas, porque elas nos dão a possibilidade de nos questionar e de rever os nossos atos, as nossas posturas, as nossas ideias. Para a Filosofia, não existem respostas completas, nem definitivas. Na religião é diferente. Cada área da vida e do saber tem seus princípios, regras e fundamentos.

No decorrer da história humana, várias teorias foram construídas para dizer o que é o amor. Os poetas românticos sempre cantaram o amor à mulher amada. O amor, no entanto, nunca se deixou definir. O que a amiga diz sobre o amor é o que, na Filosofia e no Cristianismo, é chamado de AMOR ÁGAPE: o amor que não espera retribuição, que ama sem esperar nada em troca. Este é um dos mais elevados tipos de amor. Há um padre brasileiro que escreveu um livro com esse título. Na verdade, esse padre não está inventando essa palavra, apenas discorrendo a respeito desse tipo de amor.

Agora, eu deixo, aqui, o meu pensamento e o meu posicionamento a respeito do amor que eu abraço e que eu quero:

O amor baseado na amizade, no respeito recíproco, no diálogo, na compreensão, no carinho, na confiança mútua, na transparência, no companheirismo, na atenção, na liberdade, no conhecimento do outro, mesmo que esse conhecimento seja um processo contínuo, como é mostrado pelos livros de Psicologia da atualidade e espirituais que eu leio. O amor de Cristo é o mais raro tipo de amor que existe.

Quem quer aprofundar este assunto pode ler o livro o “Essencial no Amor: as diferentes faces da experiência amorosa”, de Catherine Bensaid e Jean-Yves Leloup. É um livro da Editora Vozes. Ele apresenta os vários tipos de amor. São muitos, muito mais do que eu falei. Se esse livro for lido por certas pessoas cristãs e inteligentes, ele vai levar, no mínimo, essas pessoas a se questionarem a respeito do que elas dizem e daquilo que elas vivem. É um livro que também me questiona; que eu leio e releio; que eu deixo sempre na minha escrivaninha, que fica no meu quarto.

Ótimos questionamentos me foram feitos!

NO texto mencionado, eu fui objetivo, como deve ser um profissional. Agora, eu assumo a subjetividade:

Às vezes, eu fico muito confuso diante de tudo o que eu aprendo e diante do que eu vejo neste mundo. Os estudiosos (pessoas de fé, espiritualidade, da Psicologia, da Filosofia, da Antropologia, terapeutas, psicoterapeutas, psicanalistas, bons e preparados sacerdotes, pessoas realmente humanas) e a Bíblia falam sobre o amor de uma maneira que eu desejo ver neste mundo, e não vejo. Os meus olhos veem nos excelentes livros e na Bíblia uma coisa; neste mundo, eu vejo o contrário.

O que é mesmo o amor?

Novamente com a minha subjetividade, eu pergunto: onde está o amor que Cristo nos ensina? Onde está o amor defendido por essas pessoas que acabo de citar? Onde está o amor apresentado na Bíblia?

No texto anterior, eu fui objetivo. Agora, no final deste, eu assumo a minha subjetividade e pergunto: onde está o amor?

O amor que Cristo nos ensina, que todos esses estudiosos nos ensinam, que os grandes mestres da humanidade nos ensinam, o amor que a Bíblia nos ensina, não será uma utopia?

Onde está esse amor?

Novamente, parabéns a quem me questionou!

Domingos Ivan Barbosa
Enviado por Domingos Ivan Barbosa em 12/07/2014
Código do texto: T4879225
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