Caminhos da educação.

Depois do iluminismo expandiu no Brasil o ensino e, apesar da escola pública ter como projeto a educação da grande massa não se tratava fornecer todo o ensino a toda sociedade: O país sendo liderado por burgueses, ouvi rapidamente um “apartheid” entre os negros, como grande massa que estudavam na escola publica e os brancos, filhos da elite cafeicultora, estudavam em escolas particulares. Sendo assim nunca foi dada a devida atenção para o ensino publico. A educação foi, durante a maior parte da história, um assunto do âmbito privado, e não do público.

Hoje vemos uma crescente preocupação com a educação no país, porem sua situação não à de mudar tão cedo, pois não é quanto dinheiro investido tem na educação ou quantos professores ensinam em uma sala de aula, logicamente isso também influencia, mas não se faz o ponto principal, pois não adianta ter tudo isso se o aluno sai da escola sem o mínimo de senso critico, logica e sem pensar por se próprio. Assim sendo, sem capacidade de utilizar seu, pouco, conhecimento adquirido em todo seu tempo como estudante para aperfeiçoar seu país e sua sociedade.

O que, principalmente, tem de errado com a educação no Brasil é o sistema com que ele é feito, sua a organização didático-pedagógica e administrativa do ensino.

Para entendermos melhor, devemos primeiro definir as finalidades da escola, sua função política, social, educacional, religioso, cultural e, principalmente sua função econômica. Enfim, discussões sobre os conteúdos utilizados para a escolarização popular devido a diferentes interesses ideológicos.

“Eu tô aqui pra quê?

Será que é pra aprender?

Ou será que é pra sentar, me acomodar e obedecer?” — Gabriel O Pensador / Estudo Errado

Eis, Neste sistema capitalista selvagem, o principal papel da educação na sociedade é, sem duvida, a formação de profissionais inteligentes o suficiente para conseguir fazer o trabalho braçal a que forem destinados, mas também burros o suficiente para serem “neo-escravos” adaptados no novo sistema de opressão e exploração, sem se questionar o que lhes faz realmente feliz, e do que realmente precisam, sofrendo acomodados.

O verdadeiro sentido do processo educativo idealizado por Comênio, Rousseau, Bacon , Ratke, Descartes, Anísio Teixeira, entre outros; proporcionar os princípios propostos de igualdade, desenvolver seu potencial, sua aptidão de refletir e ver o mundo, crescer como cidadão e ser humano que compõe e pode mudar a sociedade, Foi alterado em sua essência.

Partindo deste pressuposto e excluindo as questões jurídicas— como as devidas jurisprudências dos governos a gerir cada área e etc—, hoje, as escolas em resumo se definem como: Quando, ainda, criança você vai pra escola aprender o básico para conseguir viver e se relacionar; escrever, ler, contar.

Na pré-adolescência, durante o ensino fundamental, você já esta “minhocando”, todo ano, desde o inicio, a única coisa na qual você pensa é em passar de ano; não lhe interessa o que te ensinam, pura e simplesmente porque não faz parte do seu cotidiano, somente decorar toda a lição para passar logo e poder ficar jogando, brincando e se divertindo. Para toda criança tudo que se faz obrigatório é chato, podemos citar escovar os dentes três vezes ao dia, tomar banho, não comer Doce antes do almoço e ir pra escola todo dia e sentar numa cadeira e ouvir sobre milhares de coisas, aparentemente, sem nexo, e sem ligação com sua vida. Onde não se aprende o porquê, nem como, muito menos as consequências. Somente decorando, sem raciocinar, discutir o assunto, tornando-se assim excelentes minhocas.

Depois de fazer aprova, passar e esquecer tudo que decorou, é hora da diversão; os pais quase sempre trabalhando, a rua sempre perigosa, a única “salvação ” é a televisão, sentando-se em frente da tela e assistindo filmes diversos e jogos, porem na hora do jornal se levanta e vai dormir. Essa falta de interesse no jornal, no saber o que esta acontecendo no país, se caracteriza pela falta do ensino das matérias atuais, seja politica, social ou filosófica, são simplesmente abafados.

Para os que não conseguem de maneira nenhuma assimilar tal matéria, por limitação, ou até mesmo por ,absolutamente, não se interessar no assunto, assim não consegue estudar, tem de apelar para a pesca, uma solução desonesta, para o problema de ter que quebrar a cabeça e decorar fórmulas e datas para provar que sabem coisas pelas quais não se interessam. De qualquer modo, essa burla às regras mostra que não há compromisso com as normas escolares e que falta eficiência ao sistema de avaliação.

A coisa só piora no ensino médio; o governo enche o cronograma de assuntos desnecessários e repetitivos que, em jovens quase formados, não fariam diferença. Não existe discursões serias acerca do momento histórico do país, com raras exceções. Corrupção, Direito constitucional, ética, moral, para que, se sabemos o que é uma oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo ? —Logicamente isso é sim importante, mas não deveria ficar em primeiro plano.

A escola encara o aluno como produto em uma prateleira pronto a sere consumido. Devemos mudar esse senário; aulas interdisciplinares, seminários com vários profissionais de diversas áreas do conhecimento, mudança drástica no modo de avaliação, reformular o Ensino Médio, abolir com a recomendação política para diretores e coordenadores, acabar com os analfabetos funcionais, restringir a ensinar o que realmente é necessário e entre outros. E assim os camarões começam seu serviço devorando a carniça.

A escola é quem molda o nosso cérebro, nosso pensamento, e se isto esta a ser feito de maneira errada, nada mais estará certo.

"Nós não precisamos de nenhum controle de pensamento

Nenhum humor negro na sala de aula[...]

No fim, você é apenas um outro tijolo no muro” — Another Brick In The Wall / Pink Floyd

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Gabriel Hondo
Enviado por Gabriel Hondo em 05/07/2014
Reeditado em 07/07/2014
Código do texto: T4870511
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