AO VOLTAR.

Voltei e não gostei do que vi: mundo desbotado: casas, cores, pessoas... Um cinza escuro... Sem riso, sem brilho, sem sombra da velha alegria... A feiura de concreto onde havia árvores de toda sorte... Sons apavorantes onde ecoavam belos acordes... Semblantes enrijecidos a contar notícias de morte... Um coro estridente a convidar o povo lúgubre para uma igreja sem Deus... Fugi, sufocado, em silêncio, me dando conta de que eu ali também morreria...

Dudu Fagundes, o Maestro Das Ruas.