A voz do silêncio
Este silencio corrói- me as veias,
Meu coração em rota sem saída.
Corro de algo ou alguém mais rápido,
Trafega em cordas bambas minha vida.
Sons nada bons ultrajam meus ouvidos,
Visões medonhas cercam minha alma.
Vis sensações acuam meus sentidos
Fazem voar pra longe minha amiga calma.
Esse silencio que ecoa das tombas,
Faz quase roto o fio de minha coragem,
E em tal viagem danosa e muda,
Meu coração se embrenha em mim, covarde.
E assim sorrindo o riso gélido dos mortos,
Cavalgo em silenciosa agonia
E meu ouvir simplório adormece,
Sonhando a luz de nova harmonia.