Pensando na vida, refletindo sobre a morte...
A vida é efêmera, a morte um mistério. Enquanto vivo, busco realizar-me profissionalmente, ganho dinheiro (o suficiente) com o meu trabalho, leio, escrevo poesias, contos, crônicas, artigos e algo mais. Vou à igreja, faço caminhada, nado, passo momentos olhando o mar, vou ao shopping para tomar café expresso com chantilly, faço palavras cruzadas e caça palavras, revejo fotos antigas, separo roupas para doação, distribuo brindes entre meus alunos e faço festa para eles, visito a família, conto histórias da família e dou muita risada. Enquanto vivo, bato papo com amigos, converso com colegas de trabalho e passo alguns momentos no facebook.
Enquanto vivo, reclamo diante da burocracia, da corrupção, da hipocrisia e da violência. Dou sermão nos alunos, fico estressada, fico chata, fico com medo, fico triste, fico chateada..., faço uma faxina no armário, rasgo papel, mas depois, fico bem! Fico animada, fico motivada, fico apaixonada, fico engraçada, fico amorosa, fico inspirada, ouço Djavan, Tom e Chico, fico bem!
Enquanto vivo, tiro meu cochilo à tarde, pego no sono na rede, chupo laranja depois do almoço, ligo para Gustavo e digo que meu coração está dilacerado de saudade, depois dou risada. Enquanto vivo, pago o que devo, honro meus compromissos, penso positivamente, mas não deixo de firmar meus pés no chão. Tento ser coerente e mais humana. Tento ser paciente (me esforço). Prego a PAZ.
Enquanto vivo, faço viagens pelo mundo, vejo gente, caminho pelas ruas e praças. Fotografo, fotografo, fotografo e escrevo.....
Quando envelhecer..., que seja com saúde e dignidade.
Quando eu falecer, de preferência, se possível, não muito velha (a exemplo da minha vó Ester), quero morrer sentada em uma poltrona confortável, com um livro no colo, sem incomodar ninguém.
Mas, ...Enquanto vivo, agradeço a Deus por me dar amor, saúde, sabedoria e criatividade.
Verônica Almeida.
05/2014.