Otimismo

Apregoa um texto alhures o que segue:

“Meta, a gente busca. Caminho a gente encontra. Desafio a gente enfrenta.Vida, a gente inventa. Saudade, a gente mata. Sonho a gente realiza”.

Tudo que se diz acima tem conotação relativa e apesar do otimismo, há contradição. Visto que sonho nem sempre se concretiza e alguns, viram pesadelo. Em determinadas situações torna-se impossível matar a saudade, e há alguns cuja nostalgia leva ao fundo do poço quando não, à morte.

A assertiva de que a vida pode ser inventada é pouco expressiva para explicar sua complexidade, embora seja compreensível o que se tenciona dizer.

Aproveitando a deixa, vale lembrar que “inventaram” a vida em Marte, no Big-bang, em algum lugar alhures, jamais visto, indeterminado e não obstante entusiasmo e otimismo, nada provaram de sua realidade.

O otimismo filosófico afirma que, sendo o universo criado por Deus, nele se torna possível conciliar o máximo de bem e o mínimo de mal, o que faz dele "o melhor dos mundos possíveis". Aqui, sutilmente coloca-se em dúvida a benignidade e perfeição de divina. Porém fizeram vista grossa ao livre arbítrio e da maldade humana resultante de sua transgressão contra Deus, que os levou declinar da condição bem aventurada, quando era plena benignidade e total, ausência do mal.

No início do século XIX, o filósofo anarquista William Godwin em seu otimismo, supôs que a humanidade tenderia alcançar um estado em que a razão viria substituir todo uso da força e da violência, a mente controlaria a matéria e a inteligência descobriria o SEGREDO DA IMORTALIDADE.

Não obstante seu romântico entusiasmo, a razão impõe-nos à força, humanos agonizam e sofrem violência física, moral e espiritual e o parco controle exercido sobre a matéria, não compensa o desastroso impacto resultante.

Quanto a imortalidade não há mais segredo pois, foi revelada por Cristo na Cruz do Gólgota com o nome de VIDA ETERNA. O Texto enfatiza: “… quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida”. Portanto, não foi a inteligência humana que a descobriu mas, a graça de Deus revelou-a por meio de Jesus Cristo. Portanto parece que a filosofia otimista se apóia em falso fundamento.

Otimismo implica acreditar que tudo acontecerá como sonhamos, a convicção que tem como base a fé em Deus sabe lidar com adversidades, porque confia naquele que tudo pode. Não se trata de fazer apologia pessimista todavia enfatizar que não é seguro basear-se em mera motivação infundada pois, não são poucos otimistas que afundaram no pessimismo.

A maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois da queda. O otimismo leviano é ingenuo. o pessimismo, é perigoso. Talvez fosse mais coerente com bom senso ser realista esperançoso. Pois, não há otimista que jamais tenha se deparado com decepções e enganos.

Salomão tinha uma convicção que “sete vezes cairá o justo e se levantará… (Provérbios 24;16) este “otimismo tinha como base a fé em Deus, bem como algo negativo para o impio, acrescentando: "mas os ímpios tropeçarão no mal". E por último vale destacar que o positivismo cristão firma-se em bases negativas que advertem: “se alguém que vir após mim NEGUE A SI MESMO, tome cada dia sua cruz e siga-me”. (Lucas 9;23)

Importa pois, constatar que é mais feliz aquele que crê em Deus. Ele possivelmente é mais otimista, confiante, alegre, saudável, amável, mais benigno e dedicado. É necessário portanto ser espiritual para ser positivamente mais humano. De outra forma suspeita tratar-se de mais uma camuflagem ateísta, endeusando o próprio entusiamo, apelidado de Otimismo.