Pra quê adjetivar?

As decisões que tomamos na vida as vezes nos levam a questionamentos cruéis.

Fiz a coisa certa?

E se? Ah, esse maldito e se...

Me atormenta. Às vezes. Confesso.

E se eu nunca tivesse saído da academia?

E se eu nunca tivesse mandado ele ir embora?

E se eu tivesse sido uma oceanógrafa?

E se eu tivesse tido filho?

E se eu tivesse ido morar em outro pais?

Ah, bobagem isso... E se tudo isso tivesse acontecido, eu estaria me perguntando sobre o contrário. É assim. Acho que está em algum lugar do nosso gene o imperativo de sempre nos questionarmos como seria se de outro jeito fosse...

O fato é que independente da circunstância, o caminho não importa. Vale mais a atitude de tomar a decisão que seu coração manda. Aliás, as vezes coração, as vezes razão, não importa. Cada um tem o seu motivo, tem o que lhe move.

Sabe, leitor, repito pra mim quase todo dia que depois que se toma um caminho não vale mais a pena pensar no que teria acontecido se tivéssemos seguido outro rumo.

As vezes me convenço disso. Em outras, me atormento.

Mas sigo tomando decisões sem adjetivá-las de certas ou erradas.

Lucilene Vieito
Enviado por Lucilene Vieito em 19/04/2014
Código do texto: T4775346
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