PNL- MELHORANDO A RELAÇÃO COM MUNDO
Se você tem olhos para ver, ouvidos para ouvir, tato para sentir, olfato para cheirar e paladar para degustar, então você é uma pessoa completa. Não precisa de nada mais nada além disso, para viver uma vida com qualidade, que é o mesmo que dizer com muita felicidade. Existe gente que não tem tudo isso e ainda assim consegue viver muito bem.
Dizemos isso porque esse conjunto de sentidos externos a que nos referimos acima são os canais pelos quais nos comunicamos com o mundo e são as únicas formas pelas quais nós podemos sentir que estamos vivos e que estamos gostando de viver. Ou não.
Isso quer dizer: a vida, para nós pode ser prazerosa ou dolorosa. Não há outra opção. Os nossos sentidos foram construídos para nos dar um sentido de existência, e tudo que fazemos nesta vida tem por mira obter prazer ou evitar dor. Por isso Sartre disse que a vida é uma jornada entre o Ser e o Nada. O nada que éramos antes de nascer e o nada que seremos depois de morrer. Entre esses dois extremos, situa-se o Ser.
A realidade do mundo em que vivemos é aquela que entra em nossos sentidos. Não é o que acontece no mundo que nos impressiona, mas a forma como vemos, ouvimos e sentimos os acontecimentos. Quem quiser ter uma boa idéia desse processo é só ir velório municipal num dia em que três ou mais corpos estiverem sendo velados. Vi isso alguns dias atrás no velório de um grande amigo nosso, o humorista Canarinho. Enquanto cantávamos para ele algumas das músicas que ele gostava, na sala ao lado, onde outro corpo estava sendo velado, era uma choradeira inconsolável. A família do Canarinho quis que fosse assim e ele mesmo já havia pedido em vida que fosse assim. Que a sua passagem para o Nada cósmico fosse alegre e tranquila como um sarau, que ele gostava muito. Ele tinha a consciência de que na jornada pela vida ele Foi. Cultivou um Ser bastante muito robusto que deu sentido, alegria e felicidade não só a ele mesmo, mas a muita gente mais.
Pois é assim que dever ser. Se deixarmos que o mundo entre em nossos sentidos com a informação errada, então o mundo em que viveremos será feio, dissonante, áspero, insípido e inodoro. Porque nós não vivemos na realidade do mundo, mas na realidade que criamos em nossas mentes. Isso porque os nossos sentidos foram construídos para recepcionar o mundo real e apresentá-lo à nossa mente através de informações visuais, auditivas, tácteis, gustativas ou aromáticas.
Tudo é informação. E toda informação tem uma cor, um som, um tato, um cheiro e um paladar. E são essa cor, esse som, esse tato, esse cheiro e esse gosto, que dão um valor á informação. E o nosso cérebro escolhe esses atributos conforme a experiência que a gente esteja vivendo seja prazerosa ou dolorosa. Se for prazerosa ele pintará a imagem visual com as cores que a gente gosta; colocará nela os sons que nos dão prazer e as cinestesias (tato, cheiro e paladar) que nos fazem bem. Se a experiência for dolorosa ele pintará as imagens com cores sinistras e sombrias, sonorizará com sons desagradáveis e colocará cheiros, gostos e sensibilidades táteis ruins.
Destarte, todo prazer tem cor, som, cheiro, gosto, textura, temperatura, tamanho, forma etc. E toda dor também. Se a gente for capaz de identificar como o nosso cérebro trabalha para montar as informações que nos trazem dor ou prazer, nós seremos capazes de dominar o processo pelo qual a dor e o prazer de viver entram em nossa vida. Um exemplo: pense em uma experiência que lhe trouxe muito prazer. Feche os olhos e tente identificar quais são as cores do seu prazer; identifique as qualidades do som; as características das informações cinestésicas (cheiro, tato e paladar) que elas têm. Você pode usar as informações do quadro abaixo. Elas são os códigos neurolinguísticos que o cérebro usa para registrar as informações. São o alfabeto da nossa mente. Toda imagem visual apresenta algumas dessas qualidades. Toda informação sonora ou cinestésica também.
Que cores você coloca na sua dor? Ela é brilhante, apresenta tonalidades vivas, ou são opacas; aparece dentro de uma moldura, como num quadro, parece estar muito perto, ou está distante? E quanto ao som: o volume é alto ou baixo? Suave ou áspero? Contínuo ou interrompido? Rápido ou lento? E quanto ao cheiro, tato e paladar? Amargo ou doce, áspero ou suave, pesado ou leve, quente ou frio? E quanto ao seu prazer? Com que códigos neurolinguísticos você registra os seus momentos de prazer?
Ás vezes basta mudar um desses códigos para que o registro de uma experiência dolorosa deixe de nos causar dor. Ou o contrário. Quer uma prova disso? Pegue dois pedaços de papel em branco e coloque um em sua mão esquerda e outro na sua mão direita. Imagine que numa das mãos está a fotografia de uma pessoa que você gosta e na outra uma pessoa que você não gosta. Olhe atentamente para uma e para outra até que sua mente tenha fixado a imagem de ambas. Depois vá passando os olhos rapidamente de uma para outra sem pensar, de forma que as duas imagens se misturem. Faça isso até que, ao se lembrar de uma delas, a memória da outra venha junto. E depois veja se os sentimentos que você experimentava antes por aquela pessoa que você não gostava continua o mesmo. Duvido que continue. Esse é o mecanismo da chamada transferência. Você já deve ter ouvido falar disso.
O nosso cérebro não tem nada de misterioso ou esotérico. Ele trabalha com químicas e sinais elétricos que são transformados em códigos neurolinguisticos. Com isso ele programa o tamanho, a extensão, a profundidade, a qualidade e a duração da nossa dor e do nosso prazer. E também condiciona e administra as nossas escolhas. Não existe nenhuma força misteriosa por trás das nossas preferências por uma cor, um tipo de música, um tipo de homem ou mulher, um gênero de filme ou literatura, uma forma de se vestir, ou um tipo de perfume, comida ou temperatura ambiente; existe sim, uma montagem de informação que o nosso cérebro faz, e que nos provoca dor ou prazer.
***
Daí o conselho dos mestres da PNL: exercite o mais que puder os seus sentidos. Procure fazer coisas que estimulem o sistema visual, como por exemplo, pintar, ler, desenhar, escrever; faça também coisas que estimulem seu sistema auditivo, tais como tocar um instrumento, compor uma canção, cantar, aprender uma língua estrangeira, ouvir tipos diferentes de música, etc.
E não se esqueça de estimular a sua cinestesia. Sinta os aromas, experimente outras comidas além daquelas que você está acostumado a comer; mais que estimular suas sensações gustativas, você estará adquirindo uma enorme flexibilidade em termos de comportamento alimentar. Um dia isso poderá representar a diferença entre a vida e a morte para você.
A natureza nos deu sentidos e eles existem para ser utilizados. No organismo humano não há nada que seja inútil. Tudo tem finalidade e propósito. Tudo nele é funcional, por isso use-os bem. Não deixe de tocar nos objetos. Examine a textura deles, sinta a temperatura deles, a dimensão, a forma. Verifique o sentimento que eles lhe trazem. Experimente como é bom acordar pela manhã e respirar o ar que entra pela sua janela; ouvir o canto dos passarinhos, os ruídos de um mundo que acorda e dá os seus primeiros bocejos.
Movimente-se com alegria no ambiente em que você está. Saia para andar, e se puder, nade, corra, pratique algum esporte. Se não puder fazer nada disso, faça pelo menos algumas flexões no seu quarto. Dê um largo sorriso para você mesmo (a) enquanto estiver fazendo a barba, ou se maquiando; cumprimente cordialmente as pessoas que encontrar na rua, diga alguma coisa amável para todos os seus companheiros de trabalho, toque neles, abrace-os, faça-os sentir que você está satisfeito com a presença deles. Sinta plenamente o mundo em que você vive e faça-o saber que você é parte importante nele. Melhore a qualidade da informação que os seus sentidos mandam para o seu cérebro e você verá a mudança que acontecerá em seu próprio mundo. Você começará a entendê-lo melhor e consequente encontrará mais motivos para ser feliz dentro dele.
Se você tem olhos para ver, ouvidos para ouvir, tato para sentir, olfato para cheirar e paladar para degustar, então você é uma pessoa completa. Não precisa de nada mais nada além disso, para viver uma vida com qualidade, que é o mesmo que dizer com muita felicidade. Existe gente que não tem tudo isso e ainda assim consegue viver muito bem.
Dizemos isso porque esse conjunto de sentidos externos a que nos referimos acima são os canais pelos quais nos comunicamos com o mundo e são as únicas formas pelas quais nós podemos sentir que estamos vivos e que estamos gostando de viver. Ou não.
Isso quer dizer: a vida, para nós pode ser prazerosa ou dolorosa. Não há outra opção. Os nossos sentidos foram construídos para nos dar um sentido de existência, e tudo que fazemos nesta vida tem por mira obter prazer ou evitar dor. Por isso Sartre disse que a vida é uma jornada entre o Ser e o Nada. O nada que éramos antes de nascer e o nada que seremos depois de morrer. Entre esses dois extremos, situa-se o Ser.
A realidade do mundo em que vivemos é aquela que entra em nossos sentidos. Não é o que acontece no mundo que nos impressiona, mas a forma como vemos, ouvimos e sentimos os acontecimentos. Quem quiser ter uma boa idéia desse processo é só ir velório municipal num dia em que três ou mais corpos estiverem sendo velados. Vi isso alguns dias atrás no velório de um grande amigo nosso, o humorista Canarinho. Enquanto cantávamos para ele algumas das músicas que ele gostava, na sala ao lado, onde outro corpo estava sendo velado, era uma choradeira inconsolável. A família do Canarinho quis que fosse assim e ele mesmo já havia pedido em vida que fosse assim. Que a sua passagem para o Nada cósmico fosse alegre e tranquila como um sarau, que ele gostava muito. Ele tinha a consciência de que na jornada pela vida ele Foi. Cultivou um Ser bastante muito robusto que deu sentido, alegria e felicidade não só a ele mesmo, mas a muita gente mais.
Pois é assim que dever ser. Se deixarmos que o mundo entre em nossos sentidos com a informação errada, então o mundo em que viveremos será feio, dissonante, áspero, insípido e inodoro. Porque nós não vivemos na realidade do mundo, mas na realidade que criamos em nossas mentes. Isso porque os nossos sentidos foram construídos para recepcionar o mundo real e apresentá-lo à nossa mente através de informações visuais, auditivas, tácteis, gustativas ou aromáticas.
Tudo é informação. E toda informação tem uma cor, um som, um tato, um cheiro e um paladar. E são essa cor, esse som, esse tato, esse cheiro e esse gosto, que dão um valor á informação. E o nosso cérebro escolhe esses atributos conforme a experiência que a gente esteja vivendo seja prazerosa ou dolorosa. Se for prazerosa ele pintará a imagem visual com as cores que a gente gosta; colocará nela os sons que nos dão prazer e as cinestesias (tato, cheiro e paladar) que nos fazem bem. Se a experiência for dolorosa ele pintará as imagens com cores sinistras e sombrias, sonorizará com sons desagradáveis e colocará cheiros, gostos e sensibilidades táteis ruins.
Destarte, todo prazer tem cor, som, cheiro, gosto, textura, temperatura, tamanho, forma etc. E toda dor também. Se a gente for capaz de identificar como o nosso cérebro trabalha para montar as informações que nos trazem dor ou prazer, nós seremos capazes de dominar o processo pelo qual a dor e o prazer de viver entram em nossa vida. Um exemplo: pense em uma experiência que lhe trouxe muito prazer. Feche os olhos e tente identificar quais são as cores do seu prazer; identifique as qualidades do som; as características das informações cinestésicas (cheiro, tato e paladar) que elas têm. Você pode usar as informações do quadro abaixo. Elas são os códigos neurolinguísticos que o cérebro usa para registrar as informações. São o alfabeto da nossa mente. Toda imagem visual apresenta algumas dessas qualidades. Toda informação sonora ou cinestésica também.
Visuais | auditivas | Cinestésicas |
Cor | Estéreo\mono | Local |
Brilho | Palavra | Intensidade |
Contraste | Volume | Pressão |
Moldura | Tom | Extensão |
Dimensão | Timbre | Textura |
Localização | Intensidade | Peso |
Distância | Localização | Temperatura |
Luminosidade | Duração | Duração |
Nitidez | Continuidade | Forma |
Foco | Velocidade | Suavidade |
Movimento | Nitidez | Aspereza |
Velocidade | Modulação | Sabor |
Que cores você coloca na sua dor? Ela é brilhante, apresenta tonalidades vivas, ou são opacas; aparece dentro de uma moldura, como num quadro, parece estar muito perto, ou está distante? E quanto ao som: o volume é alto ou baixo? Suave ou áspero? Contínuo ou interrompido? Rápido ou lento? E quanto ao cheiro, tato e paladar? Amargo ou doce, áspero ou suave, pesado ou leve, quente ou frio? E quanto ao seu prazer? Com que códigos neurolinguísticos você registra os seus momentos de prazer?
Ás vezes basta mudar um desses códigos para que o registro de uma experiência dolorosa deixe de nos causar dor. Ou o contrário. Quer uma prova disso? Pegue dois pedaços de papel em branco e coloque um em sua mão esquerda e outro na sua mão direita. Imagine que numa das mãos está a fotografia de uma pessoa que você gosta e na outra uma pessoa que você não gosta. Olhe atentamente para uma e para outra até que sua mente tenha fixado a imagem de ambas. Depois vá passando os olhos rapidamente de uma para outra sem pensar, de forma que as duas imagens se misturem. Faça isso até que, ao se lembrar de uma delas, a memória da outra venha junto. E depois veja se os sentimentos que você experimentava antes por aquela pessoa que você não gostava continua o mesmo. Duvido que continue. Esse é o mecanismo da chamada transferência. Você já deve ter ouvido falar disso.
O nosso cérebro não tem nada de misterioso ou esotérico. Ele trabalha com químicas e sinais elétricos que são transformados em códigos neurolinguisticos. Com isso ele programa o tamanho, a extensão, a profundidade, a qualidade e a duração da nossa dor e do nosso prazer. E também condiciona e administra as nossas escolhas. Não existe nenhuma força misteriosa por trás das nossas preferências por uma cor, um tipo de música, um tipo de homem ou mulher, um gênero de filme ou literatura, uma forma de se vestir, ou um tipo de perfume, comida ou temperatura ambiente; existe sim, uma montagem de informação que o nosso cérebro faz, e que nos provoca dor ou prazer.
***
Daí o conselho dos mestres da PNL: exercite o mais que puder os seus sentidos. Procure fazer coisas que estimulem o sistema visual, como por exemplo, pintar, ler, desenhar, escrever; faça também coisas que estimulem seu sistema auditivo, tais como tocar um instrumento, compor uma canção, cantar, aprender uma língua estrangeira, ouvir tipos diferentes de música, etc.
E não se esqueça de estimular a sua cinestesia. Sinta os aromas, experimente outras comidas além daquelas que você está acostumado a comer; mais que estimular suas sensações gustativas, você estará adquirindo uma enorme flexibilidade em termos de comportamento alimentar. Um dia isso poderá representar a diferença entre a vida e a morte para você.
A natureza nos deu sentidos e eles existem para ser utilizados. No organismo humano não há nada que seja inútil. Tudo tem finalidade e propósito. Tudo nele é funcional, por isso use-os bem. Não deixe de tocar nos objetos. Examine a textura deles, sinta a temperatura deles, a dimensão, a forma. Verifique o sentimento que eles lhe trazem. Experimente como é bom acordar pela manhã e respirar o ar que entra pela sua janela; ouvir o canto dos passarinhos, os ruídos de um mundo que acorda e dá os seus primeiros bocejos.
Movimente-se com alegria no ambiente em que você está. Saia para andar, e se puder, nade, corra, pratique algum esporte. Se não puder fazer nada disso, faça pelo menos algumas flexões no seu quarto. Dê um largo sorriso para você mesmo (a) enquanto estiver fazendo a barba, ou se maquiando; cumprimente cordialmente as pessoas que encontrar na rua, diga alguma coisa amável para todos os seus companheiros de trabalho, toque neles, abrace-os, faça-os sentir que você está satisfeito com a presença deles. Sinta plenamente o mundo em que você vive e faça-o saber que você é parte importante nele. Melhore a qualidade da informação que os seus sentidos mandam para o seu cérebro e você verá a mudança que acontecerá em seu próprio mundo. Você começará a entendê-lo melhor e consequente encontrará mais motivos para ser feliz dentro dele.