A TERRA-MÃE SOFRE MALFEITOS DOS FILHOS


O desmatamento em grande escala já chega a 46% das matas primitivas da terra. Dos 62.200.000 Km2 de florestas originais, somente 33.400.000 ainda cobrem a superfície do planeta.

Segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), o Brasil é o recordista no mundo em desmatamento, sendo derrubados anualmente na Amazônia em torno de 15 mil Km2 de floresta. Segundo algumas pesquisas, o desmatamento desordenado e desonesto da mata amazônica é o pior vilão do aquecimento global. Levando-se em consideração que a terra é redonda e que a Amazônia é responsável por produzir 60% do oxigênio do mundo, podemos constatar que esta teoria é furada, pois, se assim não fosse, como explicar a destruição natural da Europa?

Na verdade é que, a capacidade do homem de modificar a natureza fez com que a Terra, hoje, se tornasse muito diferente do que seria sem a presença da nossa civilização. A cultura, exclusiva dos humanos, marca a ruptura com os outros animais e muda o sentido das necessidades básicas dos seres vivos: alimentação, reprodução, proteção do frio e da chuva, por exemplo, são hoje adaptados à cultura de acordo com os diferentes locais e épocas onde vive o ser humano.

Poluição do ar, das águas, do solo, sonora, diversas designações para um único problema: a interferência negativa do homem no equilíbrio ambiental, quando exerce suas atividades cotidianas em casa, no trabalho, em todo o lugar, enfim. A emissão de resíduos sólidos, líquidos e gasosos em quantidade acima da capacidade humana de absorção pela natureza. Não há, posso dizer assim, uma desfragmentação do espaço e o acúmulo de impurezas no ambiente é feita de maneira desordenada e criminosa.

A mãe Gaia sofre, como toda mãe, às atrocidades causadas por seus filhos, e estes ainda exigem compreensão, visto que blasfemam e exigem daquela forças para reagir a tanta destruição.

Temos que encontrar uma solução e não esperar apenas pela reação, hoje tão frágil, de nossa mãe-terra. Necessitamos fazer uma escolha, agora – ou reagimos, ou morreremos com ela. Chegou o momento de escutar a voz de GAIA, enquanto esta ainda tem forças para sussurrar, em lamento vindo do seu íntimo que agoniza em pedido do socorro.

Gilnei Nepomuceno
Morada Nova-CE, 05/05/2007.

Gilnei Poeta
Enviado por Gilnei Poeta em 06/05/2007
Código do texto: T476712
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