Os intelectuais e o poder - uma perspectiva crítica
No famoso texto Os intelectuais e o poder, diálogo entre Foucault e Deleuze, lemos, por exemplo, que os intelectuais descobriram, enfim, “que as massas não necessitam deles para saber; elas sabem perfeitamente, claramente, muito melhor do que eles; e elas o dizem muitíssimo bem. Mas existe um sistema de poder que barra, interdita, invalida esse discurso e esse saber”. Mais radical é a tese: “Não temos que totalizar o que só se totaliza do lado do poder, e que só podemos totalizar, do nosso lado, restaurando as formas de centralismo e de hierarquia. Em contrapartida, o que temos a fazer é chegar a instaurar as ligações laterais, todo um sistema de redes, de bases populares”. Luta “não por uma tomada de consciência (há muito tempo que a consciência como saber é adquirido pelas massas, e que a consciência como tema é tomada, ocupada pela burguesia)... mas pelo poder”.
A teoria deve ser, pois, local e regional, não totalizadora. E certamente, também, o poder. O texto Os intelectuais e o poder sugere pelo menos dois grandes problemas, além da evidente destituição do objeto do intelectual que são os universais: como definir esse sujeito impessoal (as massas) e como lidar com uma teoria que abole uma das noções fundantes do pensamento clássico, a subjetividade consciente e voltada para a ação? Ora, esse sonho de comunidades autônomas da década de 70 parece não ter prosperado.
Mais: a própria ideia de comunidade é desacreditada pelo ceticismo estabelecido e, de certa forma, a recusa contemporânea da razão é uma expressão disso. Nesse sentido, Bouveresse aponta que a concepção reinante hoje “é a de grupos humanos reunidos em um espaço e por um tempo limitado por um sistema de convenções arbitrárias, cambiantes, e funcionando de maneira mais ou menos tirânica. O estruturalismo conseguiu combinar de maneira expressiva os três ingredientes que são os mais susceptíveis de seduzir um homem tão instruído e desabusado como o de hoje: o determinismo psicológico, sociológico e cultural, o relativismo e o cientificismo. É, aliás, em grande parte por causa da impressão que ele dá de ser nitidamente mais ‘científico’ do que seus adversários que o relativismo extremo conhece hoje um sucesso tão considerável”. (www.cultura.gov.br)
Paul Veyne, historiador de renome, afirma, por exemplo: “As ciências não são mais sérias do que as letras e, uma vez que em história os fatos não são separados de uma interpretação e que se pode imaginar todas as interpretações que se quiser, o mesmo pode acontecer com as ciências exatas”. Conformismo desse tipo não deixa de ser um traço marcante entre os intelectuais contemporâneos.
Mais do que conformismo, a Escola de Frankfurt assinala contradições do intelectual contemporâneo, cujas conseqüências são trágicas: cortado da vida prática, “dedicado às coisas do espírito”, arrisca-se a cair no vazio;
Mais melancólica é a posição de Walter Benjamin: o intelectual tem “preguiça no coração”, tristeza, a “acedia” que o torna mudo porque sabe com quem, necessariamente, entra em relação: o vencedor e seu espólio, que ele define como bens culturais. Qualquer intelectual que professe o materialismo histórico só pode visualizá-lo à distância, o distanciamento de que fala Blanchot. Foi nesse sentido que Benjamin escreveu o célebre axioma: “Não existe documento de cultura que não seja documento de barbárie. E a mesma barbárie que os afeta também afeta o processo de sua transmissão de mão em mão. Eis porque, sempre que possível, o teórico do materialismo histórico afasta-se deles. Sua tarefa acredita consiste em escovar a história a contrapelo”. Adauto Novaes
A ciência da microbiologia, e provou que a vida só deriva de outra vida. Provaram a teoria do germe da doença, inventada o processo da pasteurização e vacinas desenvolvidas para diversas doenças. Ou seja, se colocarmos um pedaço de carne num ambiente protegido de bactérias, e de moscas, ela durará mais do que se deixarmos ela exposta aos mosquitos. Se assim for, como poderíamos nós seres humanos ser oriundos de não-vida? Ou do acaso? A ciência como a conhecemos tem levar parte da culpa pela desinformação dos nossos jovens, a respeito destes fatos.
Por continuar insistindo numa teoria que só trouxe segregação e dominação entre os povos. Se continuarmos acreditando que não existe um Criador, e que tudo é obra do acaso, ou seja, nossa origem é fruto de acaso cego - para ser franco - estaremos sendo propagadores enganosos por excelência, e pior ainda estaremos enganado a nós mesmos. O fato de a cristandade, estar submersa no oceano de hipocrisia, e ensinos repulsivos, promovendo a ganância e o enriquecimento à custa da ingenuidade dos leigos, não prova que não exista um Criador, que inclusive tem total repugnância desta estúpida nojeira. Exaltar a ciência acima de tudo, é tolice ao quadrado. Precisamos ser equilibrados e ter bom senso.
Seja sincero, você levaria um relógio para consertar, se soubesse que o relojoeiro é cego?
Existe alguns cientistas que são cegos em sentido intelectual.