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_____________________________WAGNER E NIETZSCHE – A POLÊMICA CONTINUA! – EPÍLOGO
Bem vindos ao mundo da música e da filosofia. Esta é a última parte deste ensaio composto de 07 partes.
Para quem está chegando agora:
Contemporâneas, essas duas mentes prodigiosas estiveram intimamente associadas por algum tempo, ligadas, como não poderia deixar de ser, pelas idéias grandiosas que ambas produziam.
Ao contrário de Nietzsche, Wagner era – e se considerava - um fim em si mesmo. Não se deixava influenciar por nada que não fosse monumental, especialmente no terreno musical. Sua personalidade marcante era de tal forma carismática que Nietzsche sucumbiu a ela e deixou-se apaixonar por suas idéias, para mais tarde, delas discordar e dar início à mais longa polêmica de que se tem notícia na história do pensamento humano!
* * *
PARTE VII – EPÍLOGO
No capítulo anterior, analisamos a maneira como se deu a formação psicológica de Nietzsche, bem como a gênese das idéias que o levaram a ser reconhecido mundialmente.
Neste, analisaremos como se deu o fim da vida útil de Nietzsche e como nasceu o wagnerismo.
De 1880 a 1889, Nietzsche viveu como um nômade. Ele nunca adotou a cidadania suíça, embora tendo vivido no país por tantos anos. Quase anualmente ele visitava sua mãe, em Naumburg, e circulava por várias cidades da França, Suíça, Alemanha e Itália. Ia para Nice, nas costas do Mediterrâneo, durante o inverno e para os Alpes Suíços – para o vilarejo de Sils-Maria - durante o verão. Viajava constantemente por Leipzig, Turim, Gênova, Recoaro, Messina, Rapallo, Florença, Veneza e Roma.
Estes foram os anos nos quais sua criatividade chegou ao ápice, tendo, nesse período, publicado seus trabalhos de maior repercussão, como Assim Falou Zarathustra (1883-85), Para além da Bondade e da Maldade,(1886), Genealogia da Moral (1887). A Decadência dos Ídolos (Agosto-Setembro de 1888) O Anticristo (Setembro de 1888), Ecce Homo (Outubro-Novembro 1888) e outros.
Foi exatamente nessa série de trabalhos monumentais, escritos já ao fim de sua vida produtiva, que Nietzsche abriu fogo contra o autor de O ANEL DO NIBELUNGO, em dois panfletos que circularam como uma enxurrada nas encostas de uma montanha, entre a intelectualidade de Turim: O Caso Wagner, publicado entre Maio e Agosto de 1888, e Nietzsche Contra Wagner, em Dezembro do mesmo ano.
Em O Caso Wagner, Problemas De Um Músico – (Der Fall Wagner, Ein Musikanten-Problem) que, melhor traduzido, seria: A Queda de Wagner-Um Músico Problemático, Nietzsche repete a dose, como já fizera em 1873 com David Strauss em seu devastador e desenfreado ataque a uma figura cultural pública.
Neste ataque, Nietzsche "declara guerrra" contra Richard Wagner, afirmando que sua música é a versão acabada da mais completa decadência moral da sociedade.
Numa análise desapaixonada, entretanto, veremos - se conseguirmos escapar ilesos à influência que a retórica deste trabalho desperta - que Nietzsche era um talentoso crítico de arte, como atesta suas observações sobre o estilo do teatro wagneriano, as reflexões sobre a redenção por via da arte, sobre a “filosofia da arte” e suas respectivas virtudes associadas, como a ascensão e queda das energias da vida, motivadas pela música.
Nietzsche Contra Wagner (Nietzsche contra Wagner, Aktenstücke eines Psychologen), são passagens curtas de seleções extraídas de seus trabalhos publicados entre 1878-1887. Muitas delas se referem a Wagner, mas o centro de sua crítica neste trabalho, não é exatamente o músico, e sim a decadência geral que o filósofo julgava estar mergulhada a Alemanha.
Para esclarecer algumas de suas idéias, ele usava Wagner como paradigma dessa decadência. Em sua auto biografia, completada apenas alguns meses antes do fim de sua vida produtiva, Nietzsche caracteriza bem seus sentimentos anticristãos e clama que a verdadeira força corruptora é o Cristianismo. Paradoxalmente – talvez porque o intelectual falava mais alto que o moralista – ele descreve, neste trabalho, a grande admiração que nutria pela música de Wagner, à qual se referia como profunda e psicologicamente impossível de ser descrita satisfatoriamente.
Quis o Destino que o ataque ao ex-amigo fosse um de seus últimos trabalhos.
Numa das viagens que constantemente empreendia, na fatídica manhã de 3 de Janeiro de 1889, estando Nietzsche em Turim, o destino lhe pregou uma peça definitiva, que poria fim à sua vida de intelectual, e o reduziria a uma sombra do que fora. Neste dia ele sofreu um colapso mental que o incapacitou pelo resto de seus dias.
Nesta manhã, afirmam os que testemunharam o fato, passava pela praça Carlo Alberto, um coche, cujo cavalo estava sendo chicoteado pelo condutor. Nietzsche agarrou-se ao pescoço do animal e o domínio sobre a mente o abandonou. Nunca mais ele recobraria a sanidade.
Querem alguns analistas da vida de Nietzsche que o colapso tenha sido conseqüência de uma infecção por sífilis, que já havia sido diagnosticada em Basel e Jena, anos antes, e contraída quando ainda era estudante e servia em um hospital durante a guerra Franco-Prussiana. Outros alegam que a droga que ele tomava como sedativo acabou por deteriorar seus sistema nervoso, e outros ainda especulam que a doença mental que o incapacitou era hereditária, já que seu pai também morrera por distúrbios mentais. A única verdade conhecida e fartamente documentada, é que Nietzsche tinha constituição nervosa extremamente sensível, e tomava uma grande variedade de medicamentos.
Após uma breve hospitalização em Basel, e outra breve internação num sanatório em Jena, na clínica Binswanger, em Março de 1890, Nietzsche foi levado por sua mãe, para o lar de onde saíra, em Naumburg, onde viveu por sete anos sob seus cuidados. Depois da morte de sua mãe, em 1897, sua irmã Elisabeth, assumiu a responsabilidade por seus cuidados. Para isso, ela retornou do Paraguay, onde, juntamente com seu marido, estava fundando uma colônia alemã ariana anti-semita, chamada “Nova Alemanha”.
Num esforço para promover a filosofia de seu irmão, ela alugou uma grande casa nas colinas de Weimar, chamada “Villa Silberblick” e lá o instalou, juntamente com todos os seus manuscritos.
Num triste crepúsculo para uma mente tão brilhante, lá ele ficou exposto aos visitantes que desejavam observar o outrora grande filósofo, agora incapacitado.
Finalmente, onze anos depois de uma vida quase vegetativa, quando se aproximava dos 56 anos de idade, morria o homem e nascia o mito! Seu corpo foi transladado para o túmulo da família, em Röcken bei Lützen, onde tudo começou, e onde jaz até hoje ao lado dos restos mortais de sua mãe e irmã.
* * *
Após a morte de Nietzsche , teve início o tiroteio, entre seus discípulos e os de Wagner.
Há época, os seguidores do músico superavam em muito os do filósofo, pois, tendo se instalado em Bayereuth, Wagner só fez aumentar seu número. Ali, ele viveu rodeado por uma corte de admiradores, discípulos e colaboradores que formavam à sua volta uma comunidade de crentes.
Para o escárnio final aos que o criticaram durante os anos difíceis, em 1876, Wagner inaugurou a FESTPIELHAUS, seu teatro, e o evento atraiu à pequena cidade bávara reis, príncipes, e – vitória das vitórias – veio também o Imperador Guilherme I, numa deferência impensada anos antes. E mais! Num acontecimento musical único – nem a Beethoven isso foi concedido – PARSIFAL, sua monumental obra, foi exclusiva de Bayereuth durante trinta anos! Esta exclusividade consolidou a fama do lugar como um local ecumênico, sagrado e de peregrinação.
Em verdade foi a consolidação dessa fama e messianismo que despertou a ira de seus inimigos, e de Nietzsche mais que a todos. Um deus músico! Ora essa!
Numa visão histórica, porém, talvez tenha sido esse o ponto mais alto do humanismo, pois nunca antes se pusera tanta fé nos homens e na sua capacidade de criação.
Quem tentar reduzir Wagner à condição de compositor de Óperas, cometerá o mesmo erro de quem tentar reduzir Nietzsche à condição de ateu empedernido, ou Beethoven à condição de compositor de sinfonias. Estes são homens grandes demais para caber em reduções.
Eles foram homens hercúleos, gigantes do pensamento e do sentir - artistas, na mais elevada concepção do termo. Homens que, por expandirem suas idéias, por lutarem por elas, acabaram por não mais caber no estreito cadinho das convenções sociais, e, através de suas obras, derreteram essas convenções e a despejaram, incandescente, sobre a humanidade, pelas bordas do caldeirão fervente da criatividade. Homens que sintetizaram em seus escritos as crises de uma sociedade burguesa, e, por serem eternas essas crises, eternas serão também suas idéias e as mensagens que nos legaram.
Vivemos num combate constante conosco mesmos, e a não ser que se encontre urgentemente uma válvula de segurança, aliviando a pressão dessa grande caldeira humana – o que eles fizeram através da sua arte – não haverá esperança para nós, pobres mortais.
Desejo que o presente trabalho auxilie no entendimento de uma questão primordial, e que compreendamos a lição última que esses gigantes do pensamento nos deixaram:
A verdadeira arte não pode ser imitada!
FIM
Agradeço aos que acompanharam esta publicação, torcendo para que ela tenha acrescentado algo ao espírito dos que buscam a arte como forma maior da expressão humana.
(J.B.Xavier)
BIBLIOGRAFIA PESQUISADA:
SOBRE NIETZSCHE
Escritos de autoria de Nietzsche
Kritische Gesamtausgabe Briefwechsel. ed. G. Colli and M. Montinari, 24 vols. in 4 parts. Berlin: Walter de Gruyter, 1975.
The Antichrist. trans. Walter Kaufmann, in The Portable Nietzsche, ed. Walter Kaufmann. New York: Viking Press, 1968.
Beyond Good and Evil. trans. Walter Kaufmann. New York: Random House, 1966.
The Birth of Tragedy. trans. Walter Kaufmann, in The Birth of Tragedy and The Case of Wagner. New York: Random House, 1967.
The Case of Wagner. trans. Walter Kaufmann, in The Birth of Tragedy and The Case of Wagner. New York: Random House, 1967.
Daybreak: Thoughts on the Prejudices of Morality. trans. R. J. Hollingdale. Cambridge: Cambridge University Press, 1982.
Ecce Homo: How One Becomes What One Is. trans. Walter Kaufmann, in On the Genealogy of Morals and Ecce Homo. New York: Random House, 1967.
The Gay Science, with a Prelude of Rhymes and an Appendix of Songs. tr. Walter Kaufmann. New York: Random House, 1974.
Human, All Too Human: A Book for Free Spirits. trans. R. J. Hollingdale. Cambridge: Cambridge University Press, 1986.
Nietzsche Contra Wagner. trans. Walter Kaufmann, in The Portable Nietzsche. New York: Viking Press, 1968.
On the Genealogy of Morals. trans. Walter Kaufmann and R.J. Hollingdale, in On the Genealogy of Morals and Ecce Homo. New York: Random House, 1967.
Philosophy and Truth: Selections from Nietzsche’s Notebooks of the Early 1870’s. trans. and ed. Daniel Breazeale. Atlantic Highlands, N.J.: Humanities Press, 1979.
Philosophy in the Tragic Age of the Greeks. trans. Marianne Cowan. Chicago: Henry Regnery Company, 1962.
Thus Spoke Zarathustra. trans. Walter Kaufmann, in The Portable Nietzsche. New York: Viking Press, 1968.
Twilight of the Idols. trans. Walter Kaufmann, in The Portable Nietzsche. New York: Viking Press, 1968.
Untimely Meditations. trans. R. J. Hollingdale. Cambridge: Cambridge University Press, 1983.
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Livros sobre Nietzsche
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Yovel, Yirmiyahu., ed., Nietzsche as Affirmative Thinker. Dordrecht: Martinus Nihoff Publishers, 1986.
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SOBRE WAGNER
Eine Pilgerfahrt zu Beethoven, 1840
Über deutsche Musik, 1840
Der Virtuos und der Künstler, 1840
Stabat mater de Pergolèse par Lvoff, 1840
Über die Ouvertüre, 1840-41
Pariser Amüsements, 1841
Pariser Fatalitäten für Deutsche, 1841
Der Freischütz. An das Pariser Publikum, 1841
Le Freischütz in Paris. Bericht nach Deutschland, 1841
Rossini's Stabat mater, 1841
Der Künstler und die Öffentlichkeit, 1841
Rede an Weber's letzter Ruhestätte, 1844
Die Königliche Kapelle betreffend, 1846
Zu Beethoven's Neunter Symphonie, 1846
Bericht über die Aufführung der neunten Symphonie von Beethoven im Jahre 1846 in Dresden, 1846
Künstler und Kritiker, mit Bezug auf einen besonderen Fall, 1846
Das Künstlertum der Zukunft [Verschiedene Notizen zu einem geplanten Essay], 1849
Zu Die Kunst und die Revolution, 1849
Entwürfe, Gedanken und Fragmente aus der Zeit der grossen Kunstschriften, 1849-51
Kunst und Klima, 1850
Das Judentum in der Musik, 1850, rev. 1869
Das Kunstwerk der Zukunft. Widmung an L. Feuerbach, 1850
Eine Skizze zu Oper und Drama [Brief an Uhlig], 1850
Über die musikal. Direktion der Züricher Oper, 1850
Oper und Drama, 1851, überarbeitet 1868
Ein Theater in Zürich, 1851
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