Vale das sombras

No vale das sombras...
Eu me demorei
Me perdi e não mais me encontrei
No vale das sombras...
Cada qual é por sí
Entre imagens distorcidas
Entre caminhos sem saídas
São tantos...
Que não sabem o que são
São tantos...
Que não sabem aonde vão
Segundos que parecem séculos
Tragédias que se sucedem
Sem mostras de um fim
Frivolidades
Performance de aparentes verdades
Se ao menos houvesse um tempo marcado...
Para respostas definitivas
Se não fosse  necessário...
O auto convencimento sem saber das causas
No vale das sombras...
Rótulos e máscaras se progagam às escuras
Eu confesso!
Que me demoro de medo e cansaço 
No desencanto do pensar
Analisando o irreal
Na impassibilidade do tempo
Já todos trocamos de cenas e lados
Se um dia fora entusiasmo e edificação
Noutro desânimo e destruição
Do nascer saudável
Do morrer velho adoentado 
Nada mais tenho a dizer,
Creio que no fundo
Nem mesmo você
Tantas história perdidas no tempo
E jamais saberemos
Da solução de continuidade
Eu me pergunto?
Por que me demoro no escuro?


CESAR SEMA PENSAMENTO
Cesar Machado Sema
Enviado por Cesar Machado Sema em 09/03/2014
Reeditado em 06/02/2020
Código do texto: T4721210
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