SOLITUDE E SOLIDÃO.
“O Inferno é o outro”
(Nietzsche)
“O Inferno é o outro”
(Nietzsche)
Olhando esse período de festa em que laboras, hás de ver com clareza como o vulgo teme a solidão; todos deixam o conforto, a segurança de suas casas e tomam as estradas transidas de engarrafamentos e perigos.
Aonde vão? Buscam o descanso?
E como buscam isso? Nos ajuntamentos da turba, nos aglomeramentos anônimos, em lugares que fogem em muito dos padrões de suas casas. Todos correm para onde todos estão e para isso muitos das comunidades mais pobres vendem pertences, os quais ainda estão pagando em lojas.
E nem procuram de fato verdadeiramente o descanso: a poluição sonora, a bebedeira sem limites, os desentendimentos são a tônica dessa festa brasileira em que um ser mítico—Momo-- impera. Eles procuram uma só coisa: fugir da solidão.
Na realidade, isso do ponto de vista da psicologia, esse período de festa carnavalesca é interessante devido ao fato de muitos reprimirem durante todo o ano suas mais recônditas fantasias. E em três dias de festa tal, o povo tem a oportunidade de se expressar, de fazer uma catarse, o que de fato permite a auto cura de muitas paranoias, psicoses e distúrbios mentais outros, que ferem o homem moderno independente da classe social, cor, raça ou grupo ao qual pertença.
Mais porque tantos temem a solidão?
Primeiro que a religião tradicional não incentiva o seu fiel a olhar para dentro: a salvação , seja qual for , vem de fora, vem de Buda , de Cristo , de Krisna ou de outro qualquer. Mas Sidarta Gautama dizia: “Se encontrar Buda em seu caminho, mate-o”. Ora, todos os grandes avatares ensinaram que há uma necessidade de buscar o Deus Interior. Vosso pregador nazareno dizia: “O Reino de Deus está dentro de vós”.
Quem não conhece a arte de ver a si mesmo, precisa o tempo todo que as outras pessoas o veja!
O medo da solidão—é esse o mal do século.
Em vossas redes sociais verás milhares de pessoas postando tópicos que dizem –“Cuidem de suas vidas”, ou ainda—“A sua opinião não me interessa”.
Mas onde estão essas pessoas agora? Estão nas multidões, estão procurando ser vistas, talvez filmadas, se tornarem noticias. Como a fama em tão poucos dias é tão raro de acontecer, então milhares de fotos tomarão conta dos perfis virtuais ,para ser comentados , para receber o halo da opinião alheia , e nem importa se os comentadores se expressam pobremente , sem talento algum e muitas vezes sem respeito ou qualidade alguma—“Falem de mal ou falem de bem ,mas falem de mim” , é essa a mensagem angustiada que tantos desatinos parecem bradar do alto do anonimato de cada um.
De fato como já citou o escritor Dale Carnegie em sua obra prima (Como Fazer Amigos e influenciar pessoas): “A Maior necessidade humana é a ânsia de ser apreciado”.
Em todas as épocas do ano é fácil ficar só—as amizades virtuais, que se amam na rede, mas que na realidade ao se encontrarem nas ruas fingem que não se conhecem ,parecem mitigar essa fome enorme que o ser comum tem de ser visto avaliado, percebido, aplaudido, criticado.
Mas ao se avizinhar o período das festas carnavalescas, onde nem essas presenças virtuais estarão a postos, cada qual enlouquece na ânsia de fugir do encontro consigo mesmo que a solidão lhe traria!
Mas se o homem comum precisa tanto da aglomeração, do barulho, das opiniões menos nobres do populacho, o Buscador foge de tudo e se irmana a solidão , que uma vez desmistificada se torna uma benfazeja solitude.
Perdendo o medo da solidão o antes participe da Lei da Média, que a tudo teme, agora compreende que não se precisa temer a morte. Porque a multidão é medo de morrer, é a falsa impressão de que não estamos sós, e a grande verdade é que não há caixões coletivos; a grande partida isola todos de todos.
Aquele Iniciado que sabe fechar os olhos e se observar descobrirá tudo que o Buda ou o Cristo descobriram. Terão contatos profundos com seus Guardiões, entenderão o Absoluto.
E saborearão a solitude dos que estão livres da Matrix, de Maya.
Autor – Baba Hanuman
Canalizador _Nicodemus Silva.
01/03/2014
Aonde vão? Buscam o descanso?
E como buscam isso? Nos ajuntamentos da turba, nos aglomeramentos anônimos, em lugares que fogem em muito dos padrões de suas casas. Todos correm para onde todos estão e para isso muitos das comunidades mais pobres vendem pertences, os quais ainda estão pagando em lojas.
E nem procuram de fato verdadeiramente o descanso: a poluição sonora, a bebedeira sem limites, os desentendimentos são a tônica dessa festa brasileira em que um ser mítico—Momo-- impera. Eles procuram uma só coisa: fugir da solidão.
Na realidade, isso do ponto de vista da psicologia, esse período de festa carnavalesca é interessante devido ao fato de muitos reprimirem durante todo o ano suas mais recônditas fantasias. E em três dias de festa tal, o povo tem a oportunidade de se expressar, de fazer uma catarse, o que de fato permite a auto cura de muitas paranoias, psicoses e distúrbios mentais outros, que ferem o homem moderno independente da classe social, cor, raça ou grupo ao qual pertença.
Mais porque tantos temem a solidão?
Primeiro que a religião tradicional não incentiva o seu fiel a olhar para dentro: a salvação , seja qual for , vem de fora, vem de Buda , de Cristo , de Krisna ou de outro qualquer. Mas Sidarta Gautama dizia: “Se encontrar Buda em seu caminho, mate-o”. Ora, todos os grandes avatares ensinaram que há uma necessidade de buscar o Deus Interior. Vosso pregador nazareno dizia: “O Reino de Deus está dentro de vós”.
Quem não conhece a arte de ver a si mesmo, precisa o tempo todo que as outras pessoas o veja!
O medo da solidão—é esse o mal do século.
Em vossas redes sociais verás milhares de pessoas postando tópicos que dizem –“Cuidem de suas vidas”, ou ainda—“A sua opinião não me interessa”.
Mas onde estão essas pessoas agora? Estão nas multidões, estão procurando ser vistas, talvez filmadas, se tornarem noticias. Como a fama em tão poucos dias é tão raro de acontecer, então milhares de fotos tomarão conta dos perfis virtuais ,para ser comentados , para receber o halo da opinião alheia , e nem importa se os comentadores se expressam pobremente , sem talento algum e muitas vezes sem respeito ou qualidade alguma—“Falem de mal ou falem de bem ,mas falem de mim” , é essa a mensagem angustiada que tantos desatinos parecem bradar do alto do anonimato de cada um.
De fato como já citou o escritor Dale Carnegie em sua obra prima (Como Fazer Amigos e influenciar pessoas): “A Maior necessidade humana é a ânsia de ser apreciado”.
Em todas as épocas do ano é fácil ficar só—as amizades virtuais, que se amam na rede, mas que na realidade ao se encontrarem nas ruas fingem que não se conhecem ,parecem mitigar essa fome enorme que o ser comum tem de ser visto avaliado, percebido, aplaudido, criticado.
Mas ao se avizinhar o período das festas carnavalescas, onde nem essas presenças virtuais estarão a postos, cada qual enlouquece na ânsia de fugir do encontro consigo mesmo que a solidão lhe traria!
Mas se o homem comum precisa tanto da aglomeração, do barulho, das opiniões menos nobres do populacho, o Buscador foge de tudo e se irmana a solidão , que uma vez desmistificada se torna uma benfazeja solitude.
Perdendo o medo da solidão o antes participe da Lei da Média, que a tudo teme, agora compreende que não se precisa temer a morte. Porque a multidão é medo de morrer, é a falsa impressão de que não estamos sós, e a grande verdade é que não há caixões coletivos; a grande partida isola todos de todos.
Aquele Iniciado que sabe fechar os olhos e se observar descobrirá tudo que o Buda ou o Cristo descobriram. Terão contatos profundos com seus Guardiões, entenderão o Absoluto.
E saborearão a solitude dos que estão livres da Matrix, de Maya.
Autor – Baba Hanuman
Canalizador _Nicodemus Silva.
01/03/2014