O GRITO, A PRECE E A LAGRIMA.
 
Mas, quando reparou no vento, ( Pedro) ficou com medo e, começando a afundar, gritou: "Senhor, salva-me!" (Evangelho de Mateus ).
 
Não há nada de errado em afundar, todos já afundaram alguma vez, nas drogas, na luxúria, na mentira, no tabaco, na falta de amor próprio, na inveja da felicidade alheia, nos ciúmes.

Cair não é errado, filhinhos meus, namoras tanto o chão, a queda se repete tanto, em tantos lugares comuns, que se tornou normal cair, afundar.
Errado é não gritar
O evangelista ao ver-se perdido gritou “Senhor Me salva”, da mesma forma que na hora da morte nós indianos gritamos_ Narayna, Narayna, Narayna.
Se o vento é forte, se não tens força, se não sabes nadar, se não conheces o segredo de andar sobre a procela então que mal pode haver em gritar?

Deus tem tantos nomes: Jeová, Krisna, Rama, Yahavé, Cristo, Hanumam, Baladeva, Alá , escolhe o  nome que  amas e grita!

Abaixo dos teus pés o abismo infindável, o charco inominável, os terrores indizíveis, os infernos sem nome, a solidão terrível dos perdidos, a humilhação social que espera os vencidos, a solidão dos que não sabendo dar amor o mendigam... Filho grita!

Chama o nome daquele que te observa de tantas encarnações, daquele que falou ao Iniciado Moises, no Monte Moriá o  projeto da salvação do seu povo escravo, daquele que  falou  o Alcorão nos desertos dos grandes guerreiros, daquele que cantou  o Baghavad-Gitã em  pleno campo de batalha. Qual o nome em qual confias? Grita!

Não importa tua denominação religiosa, tua crença, teu livro sagrado, aqui nessa hora só importa o teu grito!

Achas que Deus é tão vaidoso que vai pensar: “Ele errou Meu nome, não irei até ele”?. E tanto faz se tu falar o nome do Inominável ou se o chamas de Pai, Senhor, ou como esse velho faz  nas horas  da batalha terrível contra as forças tenebrosa das Sombras Espreitadoras : “meu velho amigo, salva esse frágil ancião”.

Que pai amado não ouviria o grito do filho que tomba no barranco, que amigo leal deixaria o amigo caído sozinho na calçada?E se não tiveres tempo de dizer algum titulo como Senhor, Pai ou Deus, se não sobrar tempo para Gritares Krisna, Jeová, Jesus, Alá, pensas mesmo que Ele vai olvidar teu brado?

Escuta esse sábio, experimenta e grita!

Mas se teu meio social não permite o grito na hora do desespero, uma prece serve, uma prece muda, pra ninguém te ouvir, para não incomodar tua posição, para não passares por fraco entre os teus. Lembra que a divindade não te quer ver passar por vexames, reza tua prece muda, Deus que tudo ouve, ouvirá  o grito silencioso da tua alma e te responderá.

Uma mão poderosa singrará a escuridão noturna, afastará demônios, iluminará as trevas, O braço glorioso do teu pai original, do teu mais amado e antigo amigo te salvará...

Para Deus tudo é valido, o grito ou a intenção do grito.
E aqui é que verás a diferença entre teu pai humano e o divino :  por peculiaridades do corpo físico ele  só  pode  ouvir  o teu gritar, mas Deus sendo pessoa e espirito escuta ate na ausência de  palavras.

E se não rezares, se não souberes rezar devido ao esquecimento de tua paternidade espiritual então uma lágrima basta!  Sorriso e lagrima são a linguagem universal por excelência. Povos diferentes talvez não compreendam a língua um do outro, mas quem  nãos sabe de um  sorriso  ou de um prantear?

Sorriso e lágrima são a linguagem da alma, é o apanágio do espirito em todos os cantões do universo.


Então vale um grito, vale uma prece, vale uma lagrima, vale o nome Dele, vale um titulo: não importa tua vergonha, teu pavor da queda, o Seu amor é tão largo, profundo e alto que qualquer coisa serve para que Ele se apresente envolto no seu mistério de paixão  por ti  e te salve!

Autor: Swami Baba Hanuman
Canalizado  por : Nicodemus Silva
16/01/2012.
 
 
 
 
 
A Lira dos Imortais e Swami Baba Hanuman
Enviado por A Lira dos Imortais em 25/02/2014
Código do texto: T4706210
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.