RETRATOS DE UM DILEMA
No cair da tarde um telefonema
Era a pessoa que eu amava me pedindo ajuda para voltar com a ex...
Isso, com outras palavras, mas foi isso que foi dito.
Resmunguei, reclamei, quis chorar...mas não vi outra saída
Quem eu amava pedia por socorro, precisava de mim, mesmo que eu nunca mais fosse tê-lo. De que adianta a dor? eu própria nunca ouvi dizer que alguém morreu de amor.
Ao chegar em casa de uma caminhada silenciosa que fiz, abri o chuveiro e deixei a água cair em meu rosto. Mais parecia o último banho que eu tomava na na vida. Apreciei as gotas caindo, o toque suave da água sobre o meu desanimado ser. Eu tentei aliviar meu coração que foi acariciado por um fiozinho de lágrimas.
Mas o que seria daquela lagrima diante daquela imensidão de água que escorria, diante da desilusão que eu sentia?
Parte de mim queria gritar sacanagem isso! não vou fazer. Outra parte pensava em teu sofrimento.
Parte de mim me acalma e a outra desaba. E as lagrimas vão formando um pequeno rio.
Parte de mim, quer dizer vai ser feliz, Outra parte quer ficar de qualquer jeito com você.
Luta íntima entre sentimentos e desejos opostos.
Quem nunca se apegou na vida?
Não me julgue, senhor, senhora, nobre rapaz.
Foi um cisco nos meus dois olhos e o sereno.
Intimamente sou bem resolvida, é que o amor confundiu meu eu.
Aprenda comigo meu mais nobre amigo, que amar tanto é o mais nobre privilégio de um ser.