Qual a relação entre o programa "mais médicos" e o "financiamento do porto de Cuba" com recursos do BNDES? Essa questão está mobilizando muitos brasileiros. Nas redes sociais o cidadão se expressa, com completa indignação, contra o estreito relacionamento da presidente Dilma e o governo de Cuba. Sobretudo, se mostra contrário à ajuda que a presidenta está oferecendo para construção de um porto neste país. O governo brasileiro autorizou o empréstimo dos recursos no BNDES para a referida obra. Entretanto, a presidenta também implantou o programa “mais médicos”, que visa trazer para o Brasil médicos de Cuba, para complementar a falta destes profissionais no sistema de saúde brasileiro. Ou seja, existe uma relação de troca entre essas duas medidas da presidenta Dilma. O programa “mais médicos” é pauta constante na mídia brasileira, e sensibiliza e seduz a população, que está carente de assistência médica, há eternos anos.
E, esta solução veio como um cavalo Tróia para os cidadãos. Porque, a presidenta ganhou forças para conseguir financiar um porto de mais de um bilhão de reais em Cuba. Os cidadãos estão motivados com este país que está exportando mão-de-obra médica para o Brasil. Mas, ainda se perguntam: “por que o governo não formou mais médicos no Brasil?” Muitos brasileiros questionam nas redes sociais. No entanto, essas medidas contrariam todas as expectativas da democracia brasileira.
Os cubanos que trabalham no Brasil continuam recebendo salários de acordo com as normas de Cuba, que não podem ser feridas. Ou seja, o brasileiro é conivente com um sistema de trabalho e remuneração que desconhece, não sabe se é injusto ou não, e se está de acordo com a ética e as leis trabalhistas brasileiras. O cidadão está sendo submetido ao tratamento de um profissional que não recebe o mesmo salário de um médico brasileiro. “E, isto é legal?” Além disso, há anos os brasileiros esperam mais universidades públicas para formação de "mais médicos", e não medidas paliativas.
Conquanto, que nenhum cidadão deseja que as políticas públicas de saúde dependam de outro país. Quer vontade política para solução da debilitada infraestrutura brasileira, dos portos, estradas, hospitais, meios de transporte, etc, que não estão recebendo a devida atenção do governo. Porquanto, achamos que o programa “mais médicos” é um presente inesperado pelo povo brasileiro. Um cavalo de Tróia para a dívida pública federal que já ultrapassa dois trilhões de reais.
Contudo, “o financiamento do Porto de Cuba com financiamento do BNDES, não deveria passar por um plebiscito?” Porque estamos numa democracia. “Medidas tão arbitrárias, sem aprovação popular, não fere a constituição brasileira?” “E, a importação desses médicos não dificulta a luta dos médicos brasileiros, por melhores salários?” Enfim, “Por que a presidenta é tão insensível com o Brasil?” Não aceitamos esse cavalo de Troia!
Maria Amélia Thomaz
Enviado por Maria Amélia Thomaz em 01/02/2014
Reeditado em 01/02/2014
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