Fio
Gosto do silêncio da minha alma em acorde com meu coração
Nos caminhos descarrilados por passos desassossegados
Pequeno fio inquebrável balançando com o vento
Retendo gotas de orvalho na manhã do dia que principia
Esperanças latentes no tempo da vida coladas a alma
Olhar firme adiante, sintonia fina com a esperança;
Herança cravada na alma de tempos de alegrias
Passado inesquecível de criança brincando na chuva
Sonhos roubados no destino escolhido como jogos de esconde-esconde
Pensamentos fartos de tempos perdidos pela insatisfação
Tempo escorridos pelos dedos, sugados pela trinca da terra árida.
Sou tinta descolorindo, desbotando com o tempo da matéria.
Corpo murchando pelo tempo da existência
Sombria vida, olhar desfeito pela penumbra da noite;
Acorde perfeito em sintonia com a alma;
Estrada infinita, finda na curva do mundo.
Pequenos sonhos desfigurados na retina da manhã.
Relações desfeitas na rotina tirana dos dias