A VERDADE ESTÁ NA TRAVESSIA
A Verdade, não está intrínseca às faculdades do homem, não pertence ao seu absoluto domínio, mas está em sua procura.
Dizemos que amamos alguém como pessoa, ou algo como a arte, como exemplos: a literatura, ou outras ciências, estas como fatores de criatividade em prol da humanidade; nosso idioma, por ser o veículo que nos leva a concretizar nossas ideias, estaremos fazendo a interação de nossa mente que é alma, o espírito que pensa, que sente, e o coração. Não é o cérebro que é a central geradora, o grande reator, tão complexo como o Universo. Não é dele que falamos que é massa, corpo, objeto concreto, palpável, visível. Mas falamos da mente, que é o produto da reação do gerador de toda sensação, sentimentos, imaginação e criação. Efeitos que são abstratos, invisíveis, mas existem.
A verdade está na busca da Verdade que é ação, que gera uma reação.
A verdade humana não está no início nem em seu destino, na chegada; está na travessia, no durante. Nem no nascimento nem na morte, mas ao decurso da vida. Nessa travessia é que se procura encontrar a Verdade.
A Verdade absoluta não pertence ao homem, não que não o possa por não poder, ou seja impedido de poder, mas por um postulado inalienável, de que a Vida é - travessia. A verdade humana não é integral, posto a sua busca! Nunca sabemos tudo ou o todo de tudo.
O incrível é que nosso cérebro – Criado - seria capaz de tal assimilação se fossemos eternos, dada a incomensurável magnitude da mente, que é um universo contido, mas restringido pelo lapso vital circunscrito ao Tempo.
Tempo que se prolata no futuro e protrai ao passado na mesma vertiginosa velocidade, que não é a nossa, mais a de Deus. Esta também é uma das características da Verdade Eterna.
Nosso cérebro é um “universo com dentro”, enquanto o Universo Cósmico não tem dentro, só tem fora, por não ser contido. Se concebermos sua contenção o Universo vai virar aquela “caixa de mágico”, que dentro tem uma caixa, que dentro desta tem outra, que dentro possui outra, que dela sai outra, que de dentro o mágico retira outra...ad infinitum! Aqui mora a Mentira camuflada pelo ilusionismo, a manipulação, a mistificação. Assim vem agindo os criadores de seitas, que como tática de guerra usam da geopolítica nas projeções de seu poder de iludir e tomar terreno, não importa o número de vítimas inocentes queimadas vivas (sem inquisição – de forma direta e genocida) como vem cooperando e/ou se omitindo, uma seita brasileira multinacional, em Angola, sob o beneplácito do poder local. Um crime não é só produzido por ação, senão também por omissão, mais ainda quando os interesses estão à superfície, não afundam. Mesmo porque há barganhas com o governo daquele país. Eles querem a mídia falada e escrita, e a seita tem o que eles precisam.
Assim, de forma própria e local, o morticínio ocorre no Irã e seu fanatismo fundamentalista. Neste último caso, ainda que absurdamente, há uma crença, naquele outro, há somente a coopetação de dinheiro, lucros e geoprojeção de poder.
O Universo não é fruto da Magia, - nem de seus passes mágicos - como estudei nos assuntos teológicos e agregados a eles as seitas. Muitas “mágicas”, como as do velho médico charlatão do Far-West que em seu carroção acompanhado de uma contratada de algum Saloon, ia aos colonos vendendo um líquido não identificado, mas que dizia curar desde lumbago à coceira no pé, de vermes à queda de cabelos, tudo em um só remédio, também podia curar sarna, era bom para as grávidas e o coração. O velhote apontava para a garota que dizia ser “sua mulher” e falava: - Eu tomo deste elixir, e em breve serei pai mais uma vez, já tenho 14 filhos com outras, mas esta é especial! Os “cowboys” compravam e tomavam no gargalo, e pediam outro. Compravam às dúzias!... Crendices, exploração da boa fé. Velho Oeste! Campeia por nosso rincão seitas e crendices voando rasteiro, em nova versão tupiniquim, e políticos que dizem ao povo que conseguiram fazer a “inflação ser menor que a inflação” e desmentidos, culpam os adversários e o povo de ter ateado fogo no inferno.
Cérebro humano e sua vasta complexidade...! Quantos "cegos conduzidos por cegos."
Sociopatas. Sendo examinados seriamente, entenderemos o fenômeno Hitler, Stalim, Idi Amim, Mussolini... e os déspotas tiranos e sanguinários da Antiguidade e da Idade Média. E há quem diga que na Idade Média, Deus estava pessoalmente abençoando e visitando “como um arquiteto ou feitor de obras” as construções das Catedrais e Castelos. Que foi uma Era Divina. Sim, a Inquisição foi Santa!
Outros que preceituam aos fiéis que terão em vez de sua favela um sobrado de três andares com três carros Audi ou Ferrari na garagem...E passe para cá o dinheiro para Deus... Porque essas coisas não “caem do céu” de forma fácil. De onde cai? Do inferno com certeza!
O Universo é ainda mais complexo que nosso cérebro. Há quem sustente admita, e mate por essas ideias. Contrariá-los lhes empresta um furor colérico, onde em seus cérebros são produzidos impulsos ordenando a mente psicótico-fanática, a engendrar planos de eliminação física dos confrontadores de suas crendices. São legítimos herdeiros em linha genético-hereditária dos clérigos e senhores medievais. Seus cérebros funcionam dentro das mesmas formulas que seus distantes, mas presentes antecessores pensavam.
Quando então dizemos que amamos a língua portuguesa, não atingimos o pleno conhecimento da ciência literária, há a graduação, a pós-graduação o doutorado, o pós-doc., Phd, Thd, cursos pós-pós e estudos até o final da vida. Acaba-se nosso lapso de tempo, nosso prazo de validade, e ainda não vimos nem sabemos parte de tudo. Porque existe na língua o tal de Neologismo, que cria “novos corpos” literários como o Universo cria novas estrelas e corpos celestes, que passam a gravitar o espaço. Tantos são, que os astrônomos e físicos passaram a denominá-los com letras e números "HYT- 2X - 500" etc.
É o caso das figuras de linguagem, neolinguísticas, que aguardam um nome definitivo para deixarem de ser experimentais. Muitos neologismos são completamente absurdos, desnecessários e pedantes até. Por exemplo: design, porque não desenho!? Quase o mesmo som e número de letras. Bike, porque esse pedantismo? E nos gêneros musicais então... Rap, antigamente, esse Rap brasileiro no início do século passado, já era cantado por Manézinho Araújo e se chamava “Embolada”, “Lá Vem O Trem fazendo Fuc Fuc... e não me lembro mais. É de um tempo antes de mim próprio. E Admildes Fonseca e seu Tico-Tico no Fubá, quem conseguiria hoje, imitá-la? - Aquela vertiginosa velocidade na emissão das palavras da poesia musicada inteira -. Impossível.
E Jair Rodrigues com seu Deixe que Digam que Falem...! Precursor sem saber do Rap.
Eram “emboladas” brasileiríssimas, verde-amarelas. Davam de mil a zero nos chamados Rap que rolam por aí. "Importados" e piorados.
Voltamos a falar de nossa mente que produz todo o pensamento, e os interliga de forma condizente. É por essa exata possibilidade de conhecimento que tenho o reconhecimento de minha limitação.
“Só sei que nada sei.” É a gênese filosófica da busca à Verdade. Sei que nunca saberei – saberemos – tudo. E tudo de que? Jamais tive a mínima pretensão nesse sentido. Mas a busca, esta é necessária até por uma razão inerente nos concedida pelo Criador. A verdade absoluta só ao Pai pertence não às criaturas. Nunca por uma questão do Criador nos negar, mas por um postulado, onde o Tempo adstringe e a Eternidade protrai.
A Eternidade não é ficção, apenas cumpre sua inegável dualidade fática natural, simples, não doutrinária ou dogmática: - O que não é bom é mau; o que não é Bem é Mal; o que não é dia é noite; sono ou vigília; sólido ou líquido; luz e trevas.
Se você negar essa dualidade, é simples: - Experimente apagar o farol de seu carro à noite na estrada e verá o que acontece! Verá se há luz ou se há trevas de forma prática.
Bem assim, infinitamente a dualidade se prolonga. Portanto, também, se há algo finito (nós mesmos) na outra ponta há algo infinito.
Se quiser negar, sua razão o contestará de forma automática: como você tem seu interior corpóreo, não poderá negar seu mundo exterior ou periférico. Há as coisas que não vê, só as sente - ou nega a existência do vento? E há as coisas que vê e pode sentir.
Se, há algo finito e algo infinito, também sequencialmente haverá aquilo que é adstrito ao Tempo às coisas finitas e as finítimas, que formam um hiato, um interlúdio vivencial; ou ainda as que beiram esse fenômeno, estão em situação contingente, limítrofe, adjacente ao fim, no portal da Eternidade. A vida é um segmento do Tempo que se prolata no Universo e adentra a Eternidade. Não o cronológico tic-tac que marca os segundos e as horas. Este, é para o tempo do homem e suas tribulações, reais ou imaginárias. Este segmento do Tempo, chamamos vida: do nascimento à morte.
A confirmação do segmento e seus efeitos sobre a existência é a vida. A negação absoluta do tempo é a morte. A Morte do interlúdio é a Vida da Eternidade. A vida é a ida para a morte. A morte é a ida para a Vida Eterna.
Uma amiga da família - conversou comigo sobre algumas destas ideias. Da conversa retirei este ensaio. Ela estava preocupada em não saber certas coisas, principalmente sendo escritora, para colocar no papel. Disse-lhe: - Não se preocupe em não saber isto ou aquilo, ou tudo de uma parte do todo. Procure saber uma parte das partes do todo de cada vez, até completar o todo que lhe interessa. Descarte as outras partes supérfluas, como os bagaços da cana, pois que só nos interessa o açúcar. Os bagaços são de outros, e para outros fins. O açúcar por nós usado adoça, se incorpora ao elemento, cumpre sua missão e se dilui. Nós todos, nada sabemos de tudo. Para o bem da verdade, de certos assuntos é melhor nada saber. Só se for acionado o botão vermelho da mente.
Conversando com um Juiz de Direito amigo, já faltando poucos anos para ele aposentar-se, em meio a um assunto de Direito, falei: Um juiz tem que saber muito sobre assuntos diversos, não Doutor? Tem que viver estudando muito...! Ele me responde: - Ninguém sabe nada Mauro! Quem diz que sabe, é um presunçoso, um vaidoso e mentiroso.
Tirei minhas conclusões. Primeiro, para mim ele sempre foi e será um sábio, e corroborou isso por meio dessa humildade e sinceridade. Segundo, percebi porque o rei Salomão das Escrituras Sagradas, é aclamado como sábio, ao dizer: “Vaidade das Vaidades, tudo é Vaidade” (Salmos).
O resto é presunção e arrogância. E isto é uma verdade!
O que faz o valor de um homem, não é a verdade que possui ou crê possuir; é o esforço sincero que ele fez para conquistá-la: porque não é pela posse, mas pela procura da Verdade que o homem aumenta suas forças e se aperfeiçoa. Se Deus tivesse encerrado toda a Verdade na Sua mão direita, e na Sua mão esquerda a aspiração eterna em direção à Verdade, mesmo com a condição de me enganar sempre, e se Ele dissesse: escolhe! Eu escolheria humildemente a mão esquerda e diria: Dá-me, meu Pai, porque a Verdade pura só a Ti pertence.
(Lessing)
O óbvio é aquilo que nunca é visto até que alguém o manifeste com simplicidade. A verdade de outra pessoa não está no que ela te revela, mas naquilo que não pode revelar-te. Portanto, se quiseres compreendê-la, não escute o que ela diz, mas antes, o que ela não diz“.
Kahlil Gibran
A Verdade, não está intrínseca às faculdades do homem, não pertence ao seu absoluto domínio, mas está em sua procura.
Dizemos que amamos alguém como pessoa, ou algo como a arte, como exemplos: a literatura, ou outras ciências, estas como fatores de criatividade em prol da humanidade; nosso idioma, por ser o veículo que nos leva a concretizar nossas ideias, estaremos fazendo a interação de nossa mente que é alma, o espírito que pensa, que sente, e o coração. Não é o cérebro que é a central geradora, o grande reator, tão complexo como o Universo. Não é dele que falamos que é massa, corpo, objeto concreto, palpável, visível. Mas falamos da mente, que é o produto da reação do gerador de toda sensação, sentimentos, imaginação e criação. Efeitos que são abstratos, invisíveis, mas existem.
A verdade está na busca da Verdade que é ação, que gera uma reação.
A verdade humana não está no início nem em seu destino, na chegada; está na travessia, no durante. Nem no nascimento nem na morte, mas ao decurso da vida. Nessa travessia é que se procura encontrar a Verdade.
A Verdade absoluta não pertence ao homem, não que não o possa por não poder, ou seja impedido de poder, mas por um postulado inalienável, de que a Vida é - travessia. A verdade humana não é integral, posto a sua busca! Nunca sabemos tudo ou o todo de tudo.
O incrível é que nosso cérebro – Criado - seria capaz de tal assimilação se fossemos eternos, dada a incomensurável magnitude da mente, que é um universo contido, mas restringido pelo lapso vital circunscrito ao Tempo.
Tempo que se prolata no futuro e protrai ao passado na mesma vertiginosa velocidade, que não é a nossa, mais a de Deus. Esta também é uma das características da Verdade Eterna.
Nosso cérebro é um “universo com dentro”, enquanto o Universo Cósmico não tem dentro, só tem fora, por não ser contido. Se concebermos sua contenção o Universo vai virar aquela “caixa de mágico”, que dentro tem uma caixa, que dentro desta tem outra, que dentro possui outra, que dela sai outra, que de dentro o mágico retira outra...ad infinitum! Aqui mora a Mentira camuflada pelo ilusionismo, a manipulação, a mistificação. Assim vem agindo os criadores de seitas, que como tática de guerra usam da geopolítica nas projeções de seu poder de iludir e tomar terreno, não importa o número de vítimas inocentes queimadas vivas (sem inquisição – de forma direta e genocida) como vem cooperando e/ou se omitindo, uma seita brasileira multinacional, em Angola, sob o beneplácito do poder local. Um crime não é só produzido por ação, senão também por omissão, mais ainda quando os interesses estão à superfície, não afundam. Mesmo porque há barganhas com o governo daquele país. Eles querem a mídia falada e escrita, e a seita tem o que eles precisam.
Assim, de forma própria e local, o morticínio ocorre no Irã e seu fanatismo fundamentalista. Neste último caso, ainda que absurdamente, há uma crença, naquele outro, há somente a coopetação de dinheiro, lucros e geoprojeção de poder.
O Universo não é fruto da Magia, - nem de seus passes mágicos - como estudei nos assuntos teológicos e agregados a eles as seitas. Muitas “mágicas”, como as do velho médico charlatão do Far-West que em seu carroção acompanhado de uma contratada de algum Saloon, ia aos colonos vendendo um líquido não identificado, mas que dizia curar desde lumbago à coceira no pé, de vermes à queda de cabelos, tudo em um só remédio, também podia curar sarna, era bom para as grávidas e o coração. O velhote apontava para a garota que dizia ser “sua mulher” e falava: - Eu tomo deste elixir, e em breve serei pai mais uma vez, já tenho 14 filhos com outras, mas esta é especial! Os “cowboys” compravam e tomavam no gargalo, e pediam outro. Compravam às dúzias!... Crendices, exploração da boa fé. Velho Oeste! Campeia por nosso rincão seitas e crendices voando rasteiro, em nova versão tupiniquim, e políticos que dizem ao povo que conseguiram fazer a “inflação ser menor que a inflação” e desmentidos, culpam os adversários e o povo de ter ateado fogo no inferno.
Cérebro humano e sua vasta complexidade...! Quantos "cegos conduzidos por cegos."
Sociopatas. Sendo examinados seriamente, entenderemos o fenômeno Hitler, Stalim, Idi Amim, Mussolini... e os déspotas tiranos e sanguinários da Antiguidade e da Idade Média. E há quem diga que na Idade Média, Deus estava pessoalmente abençoando e visitando “como um arquiteto ou feitor de obras” as construções das Catedrais e Castelos. Que foi uma Era Divina. Sim, a Inquisição foi Santa!
Outros que preceituam aos fiéis que terão em vez de sua favela um sobrado de três andares com três carros Audi ou Ferrari na garagem...E passe para cá o dinheiro para Deus... Porque essas coisas não “caem do céu” de forma fácil. De onde cai? Do inferno com certeza!
O Universo é ainda mais complexo que nosso cérebro. Há quem sustente admita, e mate por essas ideias. Contrariá-los lhes empresta um furor colérico, onde em seus cérebros são produzidos impulsos ordenando a mente psicótico-fanática, a engendrar planos de eliminação física dos confrontadores de suas crendices. São legítimos herdeiros em linha genético-hereditária dos clérigos e senhores medievais. Seus cérebros funcionam dentro das mesmas formulas que seus distantes, mas presentes antecessores pensavam.
Quando então dizemos que amamos a língua portuguesa, não atingimos o pleno conhecimento da ciência literária, há a graduação, a pós-graduação o doutorado, o pós-doc., Phd, Thd, cursos pós-pós e estudos até o final da vida. Acaba-se nosso lapso de tempo, nosso prazo de validade, e ainda não vimos nem sabemos parte de tudo. Porque existe na língua o tal de Neologismo, que cria “novos corpos” literários como o Universo cria novas estrelas e corpos celestes, que passam a gravitar o espaço. Tantos são, que os astrônomos e físicos passaram a denominá-los com letras e números "HYT- 2X - 500" etc.
É o caso das figuras de linguagem, neolinguísticas, que aguardam um nome definitivo para deixarem de ser experimentais. Muitos neologismos são completamente absurdos, desnecessários e pedantes até. Por exemplo: design, porque não desenho!? Quase o mesmo som e número de letras. Bike, porque esse pedantismo? E nos gêneros musicais então... Rap, antigamente, esse Rap brasileiro no início do século passado, já era cantado por Manézinho Araújo e se chamava “Embolada”, “Lá Vem O Trem fazendo Fuc Fuc... e não me lembro mais. É de um tempo antes de mim próprio. E Admildes Fonseca e seu Tico-Tico no Fubá, quem conseguiria hoje, imitá-la? - Aquela vertiginosa velocidade na emissão das palavras da poesia musicada inteira -. Impossível.
E Jair Rodrigues com seu Deixe que Digam que Falem...! Precursor sem saber do Rap.
Eram “emboladas” brasileiríssimas, verde-amarelas. Davam de mil a zero nos chamados Rap que rolam por aí. "Importados" e piorados.
Voltamos a falar de nossa mente que produz todo o pensamento, e os interliga de forma condizente. É por essa exata possibilidade de conhecimento que tenho o reconhecimento de minha limitação.
“Só sei que nada sei.” É a gênese filosófica da busca à Verdade. Sei que nunca saberei – saberemos – tudo. E tudo de que? Jamais tive a mínima pretensão nesse sentido. Mas a busca, esta é necessária até por uma razão inerente nos concedida pelo Criador. A verdade absoluta só ao Pai pertence não às criaturas. Nunca por uma questão do Criador nos negar, mas por um postulado, onde o Tempo adstringe e a Eternidade protrai.
A Eternidade não é ficção, apenas cumpre sua inegável dualidade fática natural, simples, não doutrinária ou dogmática: - O que não é bom é mau; o que não é Bem é Mal; o que não é dia é noite; sono ou vigília; sólido ou líquido; luz e trevas.
Se você negar essa dualidade, é simples: - Experimente apagar o farol de seu carro à noite na estrada e verá o que acontece! Verá se há luz ou se há trevas de forma prática.
Bem assim, infinitamente a dualidade se prolonga. Portanto, também, se há algo finito (nós mesmos) na outra ponta há algo infinito.
Se quiser negar, sua razão o contestará de forma automática: como você tem seu interior corpóreo, não poderá negar seu mundo exterior ou periférico. Há as coisas que não vê, só as sente - ou nega a existência do vento? E há as coisas que vê e pode sentir.
Se, há algo finito e algo infinito, também sequencialmente haverá aquilo que é adstrito ao Tempo às coisas finitas e as finítimas, que formam um hiato, um interlúdio vivencial; ou ainda as que beiram esse fenômeno, estão em situação contingente, limítrofe, adjacente ao fim, no portal da Eternidade. A vida é um segmento do Tempo que se prolata no Universo e adentra a Eternidade. Não o cronológico tic-tac que marca os segundos e as horas. Este, é para o tempo do homem e suas tribulações, reais ou imaginárias. Este segmento do Tempo, chamamos vida: do nascimento à morte.
A confirmação do segmento e seus efeitos sobre a existência é a vida. A negação absoluta do tempo é a morte. A Morte do interlúdio é a Vida da Eternidade. A vida é a ida para a morte. A morte é a ida para a Vida Eterna.
Uma amiga da família - conversou comigo sobre algumas destas ideias. Da conversa retirei este ensaio. Ela estava preocupada em não saber certas coisas, principalmente sendo escritora, para colocar no papel. Disse-lhe: - Não se preocupe em não saber isto ou aquilo, ou tudo de uma parte do todo. Procure saber uma parte das partes do todo de cada vez, até completar o todo que lhe interessa. Descarte as outras partes supérfluas, como os bagaços da cana, pois que só nos interessa o açúcar. Os bagaços são de outros, e para outros fins. O açúcar por nós usado adoça, se incorpora ao elemento, cumpre sua missão e se dilui. Nós todos, nada sabemos de tudo. Para o bem da verdade, de certos assuntos é melhor nada saber. Só se for acionado o botão vermelho da mente.
Conversando com um Juiz de Direito amigo, já faltando poucos anos para ele aposentar-se, em meio a um assunto de Direito, falei: Um juiz tem que saber muito sobre assuntos diversos, não Doutor? Tem que viver estudando muito...! Ele me responde: - Ninguém sabe nada Mauro! Quem diz que sabe, é um presunçoso, um vaidoso e mentiroso.
Tirei minhas conclusões. Primeiro, para mim ele sempre foi e será um sábio, e corroborou isso por meio dessa humildade e sinceridade. Segundo, percebi porque o rei Salomão das Escrituras Sagradas, é aclamado como sábio, ao dizer: “Vaidade das Vaidades, tudo é Vaidade” (Salmos).
O resto é presunção e arrogância. E isto é uma verdade!
O que faz o valor de um homem, não é a verdade que possui ou crê possuir; é o esforço sincero que ele fez para conquistá-la: porque não é pela posse, mas pela procura da Verdade que o homem aumenta suas forças e se aperfeiçoa. Se Deus tivesse encerrado toda a Verdade na Sua mão direita, e na Sua mão esquerda a aspiração eterna em direção à Verdade, mesmo com a condição de me enganar sempre, e se Ele dissesse: escolhe! Eu escolheria humildemente a mão esquerda e diria: Dá-me, meu Pai, porque a Verdade pura só a Ti pertence.
(Lessing)
O óbvio é aquilo que nunca é visto até que alguém o manifeste com simplicidade. A verdade de outra pessoa não está no que ela te revela, mas naquilo que não pode revelar-te. Portanto, se quiseres compreendê-la, não escute o que ela diz, mas antes, o que ela não diz“.
Kahlil Gibran