Porcos Covardes
Foi um nascimento trágico
Ocorreu sem que ninguém esperasse
Não pediu para nascer
Teve de crescer
Manteve seu dom de criança
Pura inocência
Sempre mau amado
Nunca bem tratado
Saudades da época em que a mãe o colocava no colo
Tinha um berço esplêndido
As semanas eram um pouco torturantes
Porém o carinho em casa era fervoroso
Quando ia de férias não tinha aquele calor
Era jogado aos empregados da mansão
Triste ficava amargurado
Seu sorriso sempre fora mascarado
Mudou-se de cidade e passou a pior fase
Adolescência cruel e mercenária
Lutou contra seus demônios feito uma rapariga ordinária
Quase fracassou
Mas lutou
Dedicou três anos a sua nova família
Onde também era seu novo emprego
Iludiu virgens garotas
Traiu as virgens garotas
Bebeu do próprio veneno
Era esculachado no ambiente de trabalho
Uma epopeia
Um contraste
De um lado glorificado
De outro humilhado
Ora exaltado
Ora acabado
Tentou seguir só
Segurou-se por 1095 noites
Perdeu a batalha
Não a guerra
Sobrevivente amou loucamente
Desta vez conscientemente
Jorrou o máximo de suas vontades
Rendeu o esperado
Mais sete anos de muita dedicação
Retornos fantásticos
Colheu o que plantou
Alegria e prazer
Amor e lazer
Causou cobiça
Inveja a perseguiu
Pecados capitais
Desta vez ela foi seu "Antrax"
Ficou sem chão
Sem rumo perdeu o fôlego
Foi jogado no porta mala
Amarrado
Ditadura em sua boca
Sem respirar
Pediu socorro
Anjos o acolheram
Recuperou-se
Não rendia mais como antes
Mas não se rendia jamais
Alcançou suas metas e sucessos
Com sua fé criou uma cena de um filme já preparado
Esta cena não estava no planejado
Mas seu superior parece amaldiçoado
Veio dele mas não parece
O senhor não ouviu suas preces ?
O mundo desabou injustamente
Hoje esquecem tudo que ele fez
Mais uma vez
Terá de ter forças para seguir em frente
Tratado feito um demente
O futuro a resposta dará
Nunca será tarde
Seus porcos covardes