O lixo nosso de cada dia

Você já parou para pensar quanto lixo cada um de nós produz diariamente? E o volume de lixo produzido na sua rua, em seu bairro, ou em sua cidade, você sabe quanto é? Já imaginou qual o destino final de todo esse lixo? Você sabe para onde ele vai? Alguma vez você já se perguntou sobre as conseqüências negativas que o lixo produz ao meio ambiente?

A maioria das pessoas não pára para pensar nessas coisas, pois muitos de nós não compreendemos muito bem esse assunto e alguns na verdade nem se importam tanto com todos os problemas que podem estar relacionados com o nosso lixo.

O lixo que um bairro, uma cidade ou nação produz está intimamente ligado ao modo de vida de sua população. Por exemplo, cidades e países industrializados produzem grande quantidade de lixo inorgânico. Já nas nações em desenvolvimento, nas pequenas cidades do interior, nos povoados, assentamentos rurais e nas fazendas, grande parte do lixo produzido é de origem orgânica.

Para quem não se recorda vale lembrar que o lixo orgânico é aquele originado de quaisquer seres vivos, animais e vegetais, que são facilmente decompostos pela natureza. Restos de comida, restos de frutas e verduras, restos de plantas (folhas, galhos, pedaços de madeira, serragem etc.) são alguns exemplos de lixo orgânico. Por outro lado, o lixo inorgânico é aquele que resulta de produtos industrializados (plásticos, vidros, metais etc.), que, em geral, são de difícil decomposição pela natureza, mas que podem ser reciclado pelo homem.

O lixo que produzimos pode ser classificado em quatro grupos (1) lixo domiciliar, produzido nas residências, tais como restos de alimentos e sacolas plásticas; (2) lixo comercial, produzido nos estabelecimentos comerciais como lojas, butiques, mercearias etc.; (3) lixo industrial, produzido nas indústrias, como por exemplo, restos de matérias-primas e subprodutos da produção; e (4) lixo hospitalar, produzido nos hospitais, postos de saúde, clínicas, laboratórios e farmácias.

O entendimento dos tipos de lixo e suas classificações é importante, pois à cada um deles deve ser dado uma coleta e destinação diferenciadas.

Existem muitas formas de tratamento do lixo, entre as quais: (a) aterro sanitário, (b) incineração, (c) reciclagem e (d) compostagem.

O “aterro sanitário” é a forma mais comum usada para destinar o lixo no solo. Ele consiste em espalhar e dispor o lixo em camadas cobertas com material inerte (em geral, terra e cascalho). Junto com essas medidas são construídos sistemas de drenagem para os gases (metano etc.) e líquidos (conhecido como chorume), de forma que não ocorra a poluição do meio ambiente.

A “incineração” consiste na queima controlada do lixo em fornos especialmente projetados para transformá-lo em cinzas. É um processo de desinfecção pelo calor, pelo vapor e pela água em elevadas temperaturas, sem a intervenção do trabalho manual. A incineração possui algumas desvantagens, tais como: alto custo de instalação e manutenção da usina de incineração; os gases emanados da queima do lixo são altamente poluentes; e para esse tido de tratamento há a necessidade de mão-de-obra qualificada.

A “reciclagem” é a transformação do lixo em matéria-prima. As vantagens econômicas, sociais, sanitárias e ambientais da reciclagem são amplamente reconhecidas, sendo algumas delas: diminuição da quantidade de lixo a ser aterrado; economia de energia; e geração de empregos, através da criação de indústrias recicladoras.

A “compostagem” é o método de tratamento da parcela orgânica existente no lixo. O processo de compostagem consiste na transformação de restos de origem vegetal ou animal em adubo a ser utilizado na agricultura e jardinagem, sem ocasionar riscos ao meio ambiente. A compostagem possui várias vantagens, como por exemplo: aumento da vida útil do aterro sanitário; aproveitamento agrícola da matéria orgânica, a usina de compostagem pode ser artesanal, utilizando mão-de-obra e instalações de baixo custo; além de ser um processo ambientalmente seguro.

Nenhuma dessas quatro formas de tratamento deve ser vista como algo milagroso, capaz de solucionar todos os problemas relacionados ao lixo.

Na escolha do modelo de gestão do lixo, todos os setores da sociedade devem participar. Nós não devemos deixar só a cargo da Prefeitura ou do Governo Estadual decidir qual será o destino do lixo que produzimos, pois a má gestão da coleta e destinação final do lixo afeta a todos indistintamente.

A participação coletiva nas ações e trabalhos que envolvam políticas públicas como o tratamento do lixo é fundamental, mas, além disso, cada um de nós deve também estar disposto a contribuir individualmente através de pequenos gestos diários, tais como: não jogar lixo nas ruas, praças, praias e demais áreas públicas; não pichar monumentos, muros ou fachadas de residências e estabelecimentos comerciais; depositar o lixo somente nos locais indicados pela prefeitura. Essas são algumas pequenas ações que podem fazer grandes diferenças para nossa vida e para o meio ambiente.

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Publicado no Jornal Chico, edição n. 31, p. 05, de 01/04/2007. Gurupi – Estado do Tocantins.

Publicado no Jornal da Feira de Tradições Nordestinas do Campo de São Cristóvão/ RJ, edição n. 057, p. 02, março de 2009. São Cristóvão - Estado do Rio de Janeiro. Disponível em: www.feiradesaocristovao.org.br

Publicado no "Estudos Complementares II - Vida Saudável (Língua Portuguesa - Oficina 3)", do Programa Nacional de Inclusão de Jovens - PROJOVEM URBANO. Brasília (DF), p. 13-14, em 2009. Disponível em: http://www.projovemurbano.gov.br/userfiles/file/materialdidatico/aluno/portugues/Oficina03_Portugu%C3%AAs_ECII.pdf

Publicado na Revista VivoVerde, edição n. 03, p. 12-13, de Novembro/2010. Palmas - Estado do Tocantins. Disponível em: http://vivoverde.com.br/revista/

Publicado no Jornal Mesa de Bar News, edição n. 390, p. 15, de 26/11/2010. Gurupi - Estado do Tocantins.

Publicado no "Material de Apoio - Lixo" do Programa Escola Amiga da Terra – Mapa Verde - do Instituto Brookfield. São Paulo, p. 06, em 2012. Disponível em: http://www.institutobrookfield.org.br/uploads/arquivos/lixo.pdf

Giovanni Salera Júnior

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Giovanni Salera Júnior
Enviado por Giovanni Salera Júnior em 25/04/2007
Reeditado em 22/10/2012
Código do texto: T463899
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