![](https://fbcdn-sphotos-b-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn2/1467473_491210600994130_1947173397_n.jpg)
![](https://fbcdn-sphotos-h-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn1/p480x480/994653_491207240994466_1383052039_n.jpg)
Sempre tive vontade de morar numa ilha deserta. Viajar por mares calmos, na companhia de poucas pessoas. (Duas ou três, no máximo). Construir uma cabana, sobreviver da pesca e do que a mãe natureza oferecesse. Morar numa ilha, para mim, era um desejo tão forte como do homem de ter asas para voar. Então, aconteceu que o homem inventou o avião; SOUTO, Marluce criou “Os Rochedos de Morresal” e eu viajei num navio fantasma sob o nevoeiro.
"As ondas batiam fortemente entre os grutescos rochedos de Morresal. Olhei o mar e senti a maré subir lentamente,tampando embaixo de si todo o mistério... Comecei a imaginar-me naquele barco, batendo bravamente nas ondas...olhei com ar de desprezo e revolta para os rochedos. Mas eles estavam ali, indiferentes e imóveis. Permaneciam fincados no mar, orgulhosos pela sua beleza natural. A nada reagiam. As ondas batiam violentamente contra as pedras, erguendo aos céus uma imensa quantidade de água."
Continuei a leitura do livro: cento e duas páginas de aventuras, estórias de pescadores, piratas e sereia. Desejei ser um rochedo para estar fincado no mar, quebrando as ondas, e tive medo de que um navio viesse a chocar-se em minhas muralhas. Então, “Eu não mais queria ser um deles, apenas olhava com admiração para Os Rochedos de Morresal."