Prumo
Quero tempo! Tempo de espera.
Mas nada sei de como enfrentar os sentimentos;
Como lidar com esta angústia que me dói a alma;
Estrangula a respiração, tira o sustento dos pés.
Tira o prumo do corpo, desequilibra o raciocínio.
Burla a consciência e me faz continuar a esperar;
Jogos de sofrimento procurando ter-me em suas mãos;
Coisa pouco perspicaz da alma humana insegura;
Que aniquila o amor e faz doer à razão
Coração procurando sossego no desassossego;
Alma inquieta a procura de amor.
Mas, amor é sentimento puro, livre, maduro...
Amor é certeza de coração aberto e alma tranquila;
Angústia da espera, da procura...
Necessidade de seus braços nos meus braços;
Desejo de seus beijos em meus beijos
Paixão e sedução...
Busca de meus olhos na sua alma sedenta de amor;
Assim me perdo nos desejos! Procurando alívio nas carências da alma!
Sou flor despetalando com ventos fortes vindos norte;
Sou suplicio de desejo me contorcendo de amor;
Puro sentimento de mulher a procura de paz.
Nada peço! Apenas sinto.
Batalha travada na alma;
Sussurro seu nome...
Mas você não ouve!
Junto pedaços de sentimentos tecendo abandonos...
E construo esperanças.