DE PENSAMENTOS FORTUITOS A SÉRIAS CONCLUSÕES

     De forma constante e ininterrupta nossa mente trabalha, frente ao mundo que se descortina por todos os lados de nossa existência.  Seres pensantes, dedutivos, dentro de uma doutrina firmada desde remota juventude, após muito caminhar na estrada, no sentido de extrair a essência das coisas, digerir quase que biologicamente  a vida, antropofagicamente as leituras, quer da literatura, ou de todas as leituras midiáticas. Tiramos algumas conclusões.
    A maioria de nós sabe que o peso das certezas é sempre mais forte que o das dúvidas. Contudo sabemos que as dúvidas são o ponto de partida para a busca das perspectivas, linhas de fuga e pontos de vista do horizonte a ser buscado, ou quando não delineado para num futuro ser erigido. Pelo caminho louvarmos as iniciativas, que pessoas ou grupos de pessoas que visam o bem comum, ao sensibilizarem-se, façam sensibilizar outras pessoas para que os pilares da terra, não sofram abalos artificiais e estes detonem a revolta da natureza e as coisas mais fundamentais para a sustentação da vida neste planeta.
    Certa vez, em uma roda de amigos de formações, crenças e idiologias diversas, recebi não uma pergunta, mas uma crítica levemente velada: - "Que importância pode ter isso para nós? Nós que temos a resolver um problema muito mais prioritário e urgente, o da miséria e da fome? Referindo-se ao calhar um assunto, com revestimento não  religioso - mas sobre as Missivas de Paulo. 
      Trouxe à tona o assunto por causa de serem missivas e um gênero literário já deixado de lado, mas que contém altas doses de sentimentos.
     Quem já não teve um nó na garganta ao ler Cartas de Guerra, quando jovens escreveram às suas namoradas, noivas,  jovens esposas grávidas, já condenados por gangrena, ou antes de uma missão impossível de voltarem vivos?
     A intenção na roda de assunto literário era colocar as missivas como um genero que fora extremamente usado (não nascemos junto com a informática) e altamente eclético, passou por todas as escolas literárias, todas as nuances da língua eivada de amor romântico, platônico, místico, as de pano de fundo distendido na realidade, na exortação, ânimo, felicitações, mensagens, advertências. Muitos livros foram escritos a partir de missivas, quando o missivista em degredo, em prisões, em campos de concentração. Muito a literatura deve às missivas.
      Há duas espécies conhecidas de fome  que as diviso: a do corpo em miséria, que se faz fundamental, animal, determinante de qualquer outro sentimento por tolhê-los a todos. Chega a transformar o homem em canibal de seu irmão! A fome intercepta qualquer outra manifestação de sentimento, função, necessidade ou realização humana. Mas há um outro tipo de fome, se não tão drástico visto de um prisma muito individual, que  é verdadeiro e tremendamente avassalador, quando um completo ignorante detém poderes ilimitados: "O mau no poder é péssimo", porque há os que se lucupretam de sua sede de sangue e poder, como pragas de ratos, lagartas e gafanhotos. O mal nunca vem só. A ignorância é comparável a uma doença contagiosa, na medida que vai matando os que vivem sob si.
     Nossa luta tem que ser travada sempre simultâneamente em ambas as direções. O conhecimento dos perigos, da destruição do planeta não é ficção científica. Se nossos ancestrais eram perigosos com a lança e a espada, nossos conhecidos governantes são muito mais com a bomba atômica a um botão de distância de seus dedos. Alguém não sabe ou já se esqueceu de Hiroxima e Nagazaki no Japão, onde anos após haviam pessoas que tinham seus rostos derretidos pelos efeitos mais do que cancerígenos da poeira attômica, eram desestruturadores de quaisquer moléculas vivas. Muitos e muitos anos se passaram, e hortaliças: repolhos, abóboras, nasciam gigantes e pretos pelo efeito atômico.
     O mundo tem tanta bomba atômica recheando a terra, que se usadas dão para acabar com a Terra quatro vezes! Mas...bastará uma só! Seremos poeira cósmica, mas antes todos sofrerão a revolta da natureza. O mar invadindo continentes em gigantescos tsunamis com ondas maiores que prédios de vinte andares. fogo por todos os lados, tudo que for comburente estará queimando. O ar não existirá. Os seres morrerão de todas as formas. Caindo nos abismos das terras rachadas e afundadas no oceano. O eixo da terra tombará e o que era terra será água, onde era água abismos de 11.000 13.000 metros de profundidade. Não haverá para onde correr. Não haverá abrigo. Não haverá maneira de reunir entes queridos. Será o fim dos Fins. Porque o homem quis, porque o homem buscou desenfreadamente para que isto acontecesse. Pela ganância sem limites! 
     Não lhe basta retirar a seiva da terra, o sangue das artérias da terra; o petróleo. Retirem todo o sangue de um corpo: é a morte.  De onde  sai o petroleo à exaustão só restam tuneis ocos. O petróleo não dá segunda safra! Agora a Rússia, está buscando  petróleo no Ártico. Irão acelerar rapidamente o degelo e a subida dos mares e a morte de centenas de espécimes, que estavam pela situação inóspita um tanto fora de extinção, não estão mais. O dano será irreversível. Como os danos já visíveis em todo o planeta.
     Se assim não fosse o que vem abaixo é uma mentirosa quimera. Não para uma cientista, não para uma vida dedicada ao estudo da biologia, a ponto de sofrer o que os mártires sofreram para defender suas convicções.
     A nossa corajosa irmã brasileira, a bióloga Ana Paula Maciel, aos seus apenas 31 anos, está se doando por toda essa luta acima exposta. Ela entende que esta causa e seu conhecimento, está 
rapidamente se desenvolvendo em todas as partes do mundo entre os cientistas de todas as áreas ligadas à vida e a manutenção da existência humana e animal, e, do próprio planeta em todas as áreas, exceto na classe política do mundo e empresariado multinacional,  em específico as de extrativismo mineral, vegetal, as voltadas à criação para abate animal, as químicas de todo o gênero as papeleiras, uma das mais poluentes que existem e sobretudo as petroleiras. E muitas outras.
     Ana Paula e seus companheiros do Greenpeace se fazem entender que não têm a utopia de impedir a extração do petróleo no mundo, mas que existem pontos no globo mais frágeis e de dilapidação mais rápida. Por isso estão presos, como criminosos perigosos, inimigos da humanidade, piratas, predadores, baderneiros. Nossa irmã gaúcha ESTÁ PRESA NO NORTE DA RÚSSIA, COMO FAZIAM COM OS CRIMINOSOS DE GUERRA LÁ NO NORTE RUSSO, ONDE É GELO ETERNO, EM UM QUARTO SEM CALAFETAÇÃO. 
     Por isso começamos falando em missivas, as missivas de PAULO. Falemos das missivas de Ana PAULA: - Ana Paula Maciel, lançou na sexta feira dia 1º de novembro de 2013, uma carta comovente, nada pedindo para si, somente pela causa que abraçaram, com uma crença digna dos mártires que morreram pela sua verdade, e a da humanidade. Na carta ela apela pela preservação do Ártico, a mesma causa pela qual ela está presa na Rússia. O pedido feito por uma carta aberta foi datata em 23 de outubro. A gaúcha de forma comovente pede para que as pessoas façam o esforço de usar menos derivados de petróleo. Diz:
- " Acho que não estariam indo procurar petróleo no Ártico se não tivesse quem comprasse". Promete: - "Vou tentar isso junto a quem ler, e aí vou saber que minha prisão não foi em vão".
O Greenpeace informou que as autoridades russas oficializaram a acusação de vandalismo, contra os 30 ativistas presos desde setembro, mas ainda não anularam a de pirataria. Na semana que passou a Justiça russa disse que trocaria  o delito de pirataria para vandalismo. Se essa decisão se confirmar (o que não pode ficar só por conta dos russos) será um alento porque lá a pirataria resultaria em l5 anos de prisão e se ficar assim com prevêem os russos a pena será de 7 anos. ( Penso comigo, o Brasil é um paraízo para ladrões, assassinos, mensaleiros, ladrões dos cofres públicos), enquanto nossa irmã gaúcha luta por uma causa: salvar o planeta. Que diferença, que disparate, que falta de discernimento do poder vigente!!
     O temor de Ana Paula e seus companheiros é que ambas as penas sejam somadas (quem no Brasil está vendo isso?) Ana Paula foi presa junto a mais 30 em 19 setembro, até agora presos, no gelo do norte da Rússia. Esperam que seus pedidos de serem transferidos de Murmansk para São Petersburgo, onde o inverno é menos rigoroso. Quanto sofrimento por querer o melhor para a humanidade! Ana Paula agradece os apoios que chegaram do povo brasileiro!

TIREM TODOS AS SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES!










 
Mauro Martins Santos
Enviado por Mauro Martins Santos em 05/11/2013
Código do texto: T4558030
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