![k3553272.jpg](http://sr.photos2.fotosearch.com/bthumb/CSP/CSP355/k3553272.jpg)
Ode às vítimas de 'balas perdidas', especialmente a Caio Silva Costa, 8 anos, atingido dia 31 de outubro de 2013.
Tá, tá tá tá, tá ... !
O barulho foi aterrador
temeroso,
angustiante.
Eram tiros,
Deram tiros ...
Era uma bala perdida
E em segundos um corpo estirado no chão
Era um garoto que amava a vida.
Amava ...
... não ama mais
Só resta o choro
A incompreensão
A tristeza
da mãe que o conduzia pelas mãos
no caminho da igreja,
do catecismo
que lhe mostraria quais (bons) caminhos deveria seguir.
... Deveria,
mas não poderá mais seguir
Seu corpo inerte
aguardará horas e horas sob o sol escaldante
até que alguma ‘autoridade’ se digne permitir sua remoção
(pois a dignidade, pensam eles, somente a eles pertence)
para sua última visita à casa mater/paterna,
onde recebia carinho e amor.
Recebia ...
É ...
Foi uma bala perdida
diz a ‘autoridade’.
É ...
Não é a bala que é perdida.
Mas sim a vida em tenra idade.
Os sonhos.
As esperanças.
O amor que em vida lhe caberia.
O futuro ...
Ah ! o futuro ...
não mais virá.
Tudo acabou !
O corpo daquela criança continua ao chão.
Estirado e escaldado pelo sol
E a mãe (inconsolável) chorando
Num olhar vago
Mira o infinito,
sem nada compreender.
(nem mesmo pode compreender)
Nada mais lhe resta !
Chore sim Mãe, a perda que lhe é imposta por,
segundo diz a ‘autoridade’, uma bala perdida.
Chore Mãe, pois nada mais pode lhe consolar.
Chore para que sua dor se esvaia pelas lágrimas.
Chore !
Simplesmente !
Chore !
O barulho foi aterrador
temeroso,
angustiante.
Eram tiros,
Deram tiros ...
Era uma bala perdida
E em segundos um corpo estirado no chão
Era um garoto que amava a vida.
Amava ...
... não ama mais
Só resta o choro
A incompreensão
A tristeza
da mãe que o conduzia pelas mãos
no caminho da igreja,
do catecismo
que lhe mostraria quais (bons) caminhos deveria seguir.
... Deveria,
mas não poderá mais seguir
Seu corpo inerte
aguardará horas e horas sob o sol escaldante
até que alguma ‘autoridade’ se digne permitir sua remoção
(pois a dignidade, pensam eles, somente a eles pertence)
para sua última visita à casa mater/paterna,
onde recebia carinho e amor.
Recebia ...
É ...
Foi uma bala perdida
diz a ‘autoridade’.
É ...
Não é a bala que é perdida.
Mas sim a vida em tenra idade.
Os sonhos.
As esperanças.
O amor que em vida lhe caberia.
O futuro ...
Ah ! o futuro ...
não mais virá.
Tudo acabou !
O corpo daquela criança continua ao chão.
Estirado e escaldado pelo sol
E a mãe (inconsolável) chorando
Num olhar vago
Mira o infinito,
sem nada compreender.
(nem mesmo pode compreender)
Nada mais lhe resta !
Chore sim Mãe, a perda que lhe é imposta por,
segundo diz a ‘autoridade’, uma bala perdida.
Chore Mãe, pois nada mais pode lhe consolar.
Chore para que sua dor se esvaia pelas lágrimas.
Chore !
Simplesmente !
Chore !