Teias

Noites solitárias...Pensamentos...Asas.

Vontades desfeitas em sonhos vagos;

Camadas sobrepostas de caminhos roubados;

Realidades sangrando nas noites escuras;

Luzes indiretas desfeitas na realidade do dia.

Desfaço dos sapatos na soleira da porta

e com pedaços de alegrias costuradas a alma,

voo descalço nas fantasias dos sonhos.

Busco na liberdade dos pensamentos;

sonhos concretizados na retina dos olhos cansados de olhar o horizonte.

Vejo sua chegada exausto dos caminhos para descansar em meus braços.

Acolho você em meus sonhos, acaricio seus cabelos e embalo seu corpo

buscando alcançar minha própria alma.

Amo como um anjo que chega para descansar suas asas

e num murmúrio de saudade vejo pela fresta da lembrança

uma paz na alma feliz pela jornada alcançada.

Desfaço solidão e me faço feliz, vislumbro delicadeza, alegria

e uma sensação de acalanto me embala;

Uma lágrima salta escorrendo pelo tempo a jogar-se no infinito

em um momento único de gratidão intensa,

como a certificar a vida vivida na retina da obscuridade

na luta diária pela perfeição da beleza atenta.

Na sofisticação do tecer da teia,

a aranha vislumbra o acordar da vida no sereno despertar do sol;

E em um único reflexo de sanidade recupero minha razão e volto a soleira da porta, calço meus sapatos recupero a razão, visto meu dia

e vou para um breve momento flertar com a vida.

SOLANGE OLIVEIRA
Enviado por SOLANGE OLIVEIRA em 19/10/2013
Código do texto: T4532660
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