Os registros cerebrais e a dependência quínica
(ensaio produto de uma reflexão de leigo RCF em 1998)
Os registros cerebrais se dividem em duas categorias: 1) instintivos; 2) cultivados.
1.Registros Instintivos
Os registros instintivos estão na programação genética de qualquer ser vivo. Dividem-se em registros instintivos de sobrevivência e registros instintivos de reprodução. Duas funções: assegurar a materialização do ciclo vital e garantir a perpetuação da espécie.
Já nestas duas grandes categorias observa-se a repetição como uma constante no fenômeno da vida. Cumpre um ciclo e se reproduz. Cumpre um ciclo e se reproduz. Cumpre um ciclo e se reproduz. E assim infinitamente, caracterizando o grande pulsar, o movimento absoluto, o ir e vir eterno da natureza. Guardemos a palavra e o significado da repetição como imanente à essência do ciclo vital.
Com efeito, o animal homem quando nasce, instintivamente procura o seio materno para se alimentar. E repete a ação até que a mãe o obrigue a procurar outra alternativa. Ele deve se alimentar. E continua repetindo o ato varias vezes por dia desde o nascimento até a morte.
Sua relação com a mãe exige um código de comunicação cujas bases ele já traz geneticamente. Ele chora e repete a ação para comunicar suas necessidades básicas até poder emitir outros sons ou sinais que ele apreende pela observação e o exercício repetido periodicamente.
Ele cresce e a programação genética faz com que ele sinta uma vontade irreprimível de se acasalar com outro ser com vistas a se reproduzir. Ele acaricia seus órgãos sexuais, sente prazer nisto e repete o ritual solitário sempre que os hormônios o empurrem à ação. Se ele consegue a parceira ele se acasala e repete o ato sempre que hormônios e circunstâncias contribuam para sua materialização.
Os sentidos: audição, tato, paladar, olfato - são os sensores dos dois registros instintivos básicos. A repetição é um fenômeno imanente ao movimento e uma característica essencial do processo vital. A repetição do impulso à uma determinada ação provocada pelo registro instintivo. A repetição do impulso à uma determinada ação provocada pelo registro cultivado, a dependência química..
Repetição e pulsão. Pulsão e repetição. A gênese da dependência química. O que é pulsão? O Holanda nos diz que é a tendência permanente, e em geral inconsciente, que dirige e incita a atividade do indivíduo. E a compulsão é o ato de compelir, a tendência à repetição.

Conclusões intermediárias

1) os registros instintivos - reproduzir e perpetuar - fazem parte do movimento como atributo essencial da matéria; 2) o movimento se manifesta nos seres vivos - matéria organizada - como registros genéticos que induzem à ações repetitivas para assegurar a reprodução e a perpetuação; 3) a repetição o voltar a fazer é algo imanente ao fenômeno da vida;. 4) para que algo se repita é necessário um ponto de referência, um registro; 5) o registro é a memória; 6) a memória é irremovível pode ser substituída por outros interesses, anulada, desprezada mas jamais eliminada. 7) o registro só é eliminado com a eliminação do instrumento de arquivo; 8) por ser irremovível, o registro que resulte em disfunção cerebral grave fará com que a disfunção (doença) seja crônica.
Como a maioria dos animais o homem um ser gregário. O que o faz diferente de outros seres vivos é a capacidade de cultivar registros cumulativamente - acumular conhecimento e com ele se transformar e transformar outros animais e o próprio habitat.

2. Registros Cultivados

Os registros cultivados são o resultado da acumulação de experiências condicionadas pelo habitat natural - adaptação para sobreviver e se perpetuar - e da acumulação programada de experiências (educação formal e informal) individuais, coletivas e pregressas que se traduz em acumulação de conhecimento e ciência em todas as suas manifestações pessoais e de grupo. Registros instintivos + registros cultivados = memória pessoal e coletiva. Assim como os arquivos que guardam a memória coletiva, a memória individual só se apaga, elimina, se exclui se forem destruídos os meios de arquivamento.

Por outro lado, por mais que você cuide o cultivo de rosas elas jamais deixarão de ser rosas. O mesmo ocorre com o animal homem. Por mais que tenha interferido em si mesmo como indivíduo e como membro de uma organização social, por mais que tenha interferido na existência de outros seres vivos, jamais deixará de ser um mamífero da espécie animal.

E enquanto for um mamífero da espécie animal seus registros instintivos serão exatamente iguais aos do primeiro mutante de sua linhagem genética.

Um fato importante a destacar é que igualdade não é identidade. O movimento produz igualdades, semelhanças em constante mutação mas não produz identidade. A identidade não existe por ser imanente à lógica do próprio movimento. Isto explica porque nenhum ser vivo é idêntico a outro nem mesmo os clonados. Explica também porque num mesmo grupo de descendentes diretos há diferenças de forma e conteúdo, aparência e comportamento, físico e registros. E explica também porque numa mesma família um membro é equilibrado e outro é desequilibrado.

Na essência, o homem se organiza em sociedade para dar curso às necessidades de sobrevivência e perpetuação da espécie. Não se trata de um processo volitivo, consciente, tipo eu quero sobreviver e quero me reproduzir. Não. É uma imposição do movimento absoluto que é causa e não efeito do processo vital. Por isto, convencionou-se tratar tais registros e conseqüentes pulsões como instintivas, inconscientes.

O tratamento consciente dos sentidos e seus correspondentes registros sensoriais - que produzem as sensações de medo, paz, serenidade, angústia, dor, ansiedade, prazer, bem estar, ternura, amor, carinho, ódio, raiva, inveja - não mudam a função e forma de manifestação dos registros instintivos. Por mais intelectualizado e refinado que seja um ser humano sua sensação de fome não é diferente do menos refinado e ignorante indivíduo de sua espécie.

Assim, : um homem na idade da pedra mata um outro animal (de outra espécie ou não) para se alimentar e alimentar seu grupo. O descendente dele, que acumulou conhecimento e bens de produção e consumo, sacrifica outro animal criado em cativeiro e tratado especialmente para este fim. Para ingerir outro animal o descendente civilizado participa de outro tipo de organização social etc. etc. mas a única diferença no ato instintivo de sobreviver são as circunstâncias - um come a carne in natura e com as mãos, outro ingere a carne industrializada e num ambiente que é resultado de uma transformação multimilenar do habitar natural.

Em ambos casos, a sensação de fome provocada pela pulsão (impulso numa determinada direção) do instinto de sobrevivência é a mesma. O que se observa no processo histórico é a diferenciação gradativa nos refinamentos dos registros sensoriais (os sentidos) para obter a satisfação das exigências da pulsão ( o impulso instintivo básico). O homem da idade da pedra necessita de uma caverna para se proteger e dormir em paz. O homem civilizado, alem de casa, grades, cachorros enfurecidos, seguranças, pode necessitar de uma droga que o induza ao sono e uma sensação de paz.

O que ocorre com o instinto de conservação ocorre com o instinto de reprodução. O homem da idade da pedra exercita a relação sexual obtendo uma natural sensação de satisfação do instinto. Já para o homem cultivado, o homem cultural, o animal civilizado, a relação sexual é predominantemente um ato de prazer que nasce de refinamentos estudados pornograficamente e que, em níveis intelectualizados, não tem mais nada a ver com o ato de reprodução. É o instinto cultivado pela refinamento dos sensores, por sempre maiores exigências para satisfação dos sentidos.. Um sofre uma ereção pelo olfato que o informa que a fêmea está ovulando. Outro está excitado porque ingeriu um estupefaciente qualquer. Nenhum sentido atuou diretamente, os registros sensoriais são afetados diretamente pela substância tóxica. Mas em ambos pulsão instintiva está sujeito à compulsão ou tendência à repetição. O primeiro repete o ato cada vez que a fêmea exalar o odor da ovulação. O outro repete a ingestão da substância tóxica para sentir o prazer causado pela simples excitação. Em ambos os casos a repetição passa a ser um ato de prazer inconsciente e inevitável.

E ai temos a chave para o grande mistério que integra a arte do cultivo dos registros instintivos para sua transformação em registros cultivados: o prazer, a satisfação, o império dos sentidos reeducados constantemente com refinamentos cada vez mais exigentes e complexos. Os mecanismos de formação da opinião pública sabem disto e não perdem tempo para utilizá-los em proveito dos que se beneficiam com registros cultivados negativos. Registro cultivado negativo = fumar, aspirar monóxido de carbono, intoxicar-se, associando tal inalação à força ( o vaqueiro e o cavalo) e à liberdade (o vaqueiro, o cavalo e o mar).

Ora qualquer um sabe que não existe quem se negue a repetir a ação que lhe dá prazer. E, desta repetição do ato de prazer - na base, um ato instintivo; circunstancialmente um ato cultivado - temos a chave para entender os desvios compulsivos. Estes, por seu turno, explicitam registros cerebrais negativos, a base orgânica da dependência química.

Os desvios compulsivos

O desvio é o ato ou efeito de desviar-se da norma. A norma, por exemplo, é seguir pela estrada asfaltada e em linha reta. O desvio é um afastamento da estrada por uma sinuosidade precária, perigosa e que necessariamente deve ter um caráter transitório e circunstancial (condição momentânea). Permanecer no desvio é um ato falho e perigoso.

Compulsivo o que tende a se repetir (continuamente, repetido, seguido, permanente).

Desvio compulsivo é um afastamento da norma que transita do transitório para o permanente. Seria como um carro que se afastasse da estrada e o motorista não conseguisse mais fazê-lo retornar ao caminho normal. Fica lá abandonado e perdido. Só retorna com ajuda de guinchos ou se o motorista se conscientiza do erro e, com singular determinação, corrige-o, empurrando o veículo a partir de um esforço individual cuja dimensão depende do grau e do tempo de afastamento da norma.

A dependência química é produto de registro cerebral cultivado que compete, minimiza o mesmo anula o registro cerebral instintivo. Um fumador de crack perde a consciência da sobrevivência e da perpetuação da espécie ? Sim. O registro instintivo continua no cérebro dele mas o registro cultivado pela sensação inicial e efêmera de prazer provocada pela droga, o faz optar pela autodestruição. Na prática, anula o registro instintivo. Uma disfunção cerebral crônica, permanente. Tão permanente como o registro cultivado negativo que foi implantado pelos que ganham dinheiro (prazer) vendendo a droga.

Multiplicidade de desvios compulsivos

São inúmeros os desvios compulsivos resultantes da heterogeneidade natural que caracteriza os indivíduos de uma mesma espécie e da variedade de cultivos conscientes de registros cerebrais negativos. Os exemplos mais fáceis de identificar estão inseridos na categoria geral de toxicomania, onde se destaca o alcoolismo, o tabagismo, outras drogas lícitas e ilícitas que provocam sensações momentâneas de prazer, bem estar, serenidade e alienação (fuga total).

Por que toxicomania ou mania de se intoxicar? Simples. Uns têm a mania de lavar as mãos, outros de coçar o escroto, outro ainda de arrumar uma peça do vestuário - pequenos hábitos, compulsões benignas sem maiores conseqüências. Mas quando o indivíduo tem mania de ser infeliz? maníaco depressivo A coisa se complica porque o indivíduo passa a ser um garimpeiro da infelicidade. Ou quando simultaneamente tem mania de ingerir um estupefaciente determinado para sentir uma sensação alheia aos sentidos: ver a realidade deformada; sentir-se eufórico e desinibido; calmo e sereno? Toxicomania. O alheamento dos sentidos é a porta para alienação total, o perder-se de si mesmo. Os retornos à realidade são cada vez mais dolorosos e a necessidade de alheamento cada vez mais intensa e em intervalos de tempo menores. Aumento progressivo da dose da substância tóxica. O desvio compulsivo, a dependência química ativa, a autodestruição em marcha. Maníaco depressivo e toxicomaníaco dois desequilíbrios que de um modo geral se instalam em seqüência no cérebro avariado.

A busca do prazer, da satisfação momentânea da alienação. remonta milênios desde alucinógenos para oferecer força aos guerreiros do grupo até os entorpecentes para reduzir as tensões do medo do dia a dia. O fato de o homem ter buscado tais alienantes em épocas pretéritas explica mas não justifica a industrialização da alienação nos dias atuais.

A verdade é que as substâncias tóxicas que produzem a alienação de momento minimiza os registros cerebrais instintivos e entrega o comando para registros cerebrais cultivados negativos. De modo que - insistimos - os registros cerebrais cultivados negativos praticamente substituem os registros cerebrais instintivos de conservação e reprodução. Por isto, o indivíduo afetado é um doente e deve ser tratado como tal. É um doente mental que sofre uma doença crônica, progressiva, irreversível e fatal.

Crônica porque o registro cerebral uma vez implantado nunca é eliminado.

Progressivo porque o desvio é provocado por um prazer transitório que para se repetir exige doses cada vez maiores da substância tóxica (daí, as overdoses) e conseqüentemente dos efeitos colaterais que a mesma provoca.

Irreversível porque a destruição provocada é impossível de ser desfeita. É como uma vela que se apaga num determinado momento - nunca mais terá o tamanho original. Se for acesa de novo (caso de recaídas) começa a se consumir do ponto em ficou inativa.

Fatal porque o toxicômano inevitavelmente morrerá ou ficará completamente alienado.

O custo social da minimização ou anulação consciente dos registros cerebrais instintivos por registros cerebrais cultivados negativos é incalculável. A sociedade e os interesses em jogo nunca calcularam nem vão calcular a verdadeira dimensão do problema. Ele é tratado apenas como uma guerra entre o bem e o mal. Só. E tangencialmente.

Qual é a saída, como enfrentar o problema?

Não é verdade que o toxicômano se considere eterno e agrida seu corpo até atingir o suicídio lento ou precipitado pela própria carência ou excesso da substância. Ele simplesmente por não se constituir mais em um ser natural - é um ser cultural (produto de um cultivo, de uma cultura|) com um desvio compulsivo - passa a desconhecer tudo isto. É um ser desarvorado, perdido, sem identidade porque carece de registros cerebrais de auto preservação e se transformou num ser artificial um joguete do próprio vício e daqueles que se beneficiam com o mesmo. Desconhecendo-se passa a ser desconhecido. É como um automóvel que se desviou da rota e está perdido no deserto ou dentro de uma floresta sufocante. Mas está com o motor bom e tem combustível. A volta é fácil: depende somente do motorista reaprender o caminho.

Qual é a saída?

A única saída é seguir o caminho inverso ao do afastamento dos registros instintivos. E isto é difícil, muito difícil. Mas não é impossível. Milhares, milhões conseguiriam e muitos milhares e milhões ainda conseguirão. É uma questão de implantar conscientemente registros cultivados positivos que tenham o poder de afastar os registros cultivados negativos.

Por outro lado, devemos estar com os pés no chão e nunca esquecer que o tóxico está dentro das três coisas que jamais serão eliminadas nas sociedades humanas: tráfico de estupefacientes; tráfico de influências; prostituição. A fuga da realidade, a participação no poder e o prazer dos prazeres: o sexo.

A luta está no plano da manutenção dos registros positivos e da minimização dos registros negativos. Prevenir, é a palavra chave. No caso de falhas, retomar os registros positivos é a grande tarefa.

O retorno do desvio para a rota normal

Primeiro, o motorista tem que se dar conta e estar consciente que se desviou da rota. Que prosseguir ignorando esta realidade vai levá-lo a situações cada vez piores. Que está com um registro de rota completamente errado. Que tem de voltar a examinar e utilizar o registro certo. Que é muito mais prazeroso voltar para a rota.
O primeiro passo da independência é aceitar que é dependente e que a dependência é o pior que lhe podia ter acontecido. Que a independência dá muito mais prazer que a dependência.
Se não houver o primeiro passo obviamente não haverão outros.
E isto é algo muito pessoal que dificilmente tem lugar num spa ou num hotel cinco estrelas. A doença da dependência química curiosamente é a doença em que o doente não pode ser tratado com muito desvelo e carinho. Respeito, sim; carinho e bajulação nunca. Convém lembrar que ele é um alienado, que está fora da realidade. Portanto, deve ser trazido para a realidade à custa de seus próprios meios. Ele tem de empurrar o carro de volta para a estrada e despender esforço e sofrer com isto (se o retorno não é traumático é porque não havia problema nenhum). Tem que ser forçado a rememorar toda sua existência reescrevendo ou descrevendo verbalmente até a exaustão sua biografia de vida - forma de ele se conscientizar de sua alienação e subordinação total aos ditames do vício. Tem de assumir responsabilidades por sua sobrevivência no dia a dia. Tem que se transformar no que era antes ou se transformar numa outra personalidade. O dependente que continua com a mesma personalidade simplesmente guardou o pó, afastou a seringa ou tapou a garrafa; é um gambá seco, um drogado sem droga.
Assim, a recuperação inicial (ela é tão permanente como são irremovíveis os registros) só pode ter lugar num espaço singularmente dotado da carência de sofisticações de consumo e de uma coordenação executiva de primeira linha que gere as condições para o doente se assenhorear de sua própria existência. Pessoalmente, não acreditamos que isto seja possível numa clinica de luxo. Na clinica de luxo o desequilíbrio é exaltado, premiado em vez de ser execrado e punido. Os dependentes são televisionados como heróis ou pobrezinhos. E a pior coisa que se pode fazer para um desequilibrado é premiar ou incentivar seu desequilíbrio, protegendo-o e o considerando uma vítima da fatalidade. Bom não deixar de lembrar que ninguém é desinformado, é inconsciente. O passo entre a inconsciência e o egoísmo irresponsável é muito pequeno. Nunca esquecer que a enfermidade dele é de registros cerebrais alienantes e não de um processo inflamatório ou degenerativo de outra naturezas. Um registro negativo só se anula com um registro positivo de maior porte. Isto exige reflexão e diálogo de grupo no várias horas diárias durante períodos prolongados. É como aprender a ler ou falar outro idioma. Posteriormente, exige por tempo indeterminado (a doença é crônica) praticar exercícios diários para reforçar os registros positivos o que só se consegue com auxilio externo em reuniões de terapia de grupo, como os anônimos. Terapia individual é discutível porque o terapeuta conhece o problema mas nunca viveu o problema. Falta o elo da solidariedade na dor e a mística de vitória de equipe o que só é possível de se concretizar em grupo.
De qualquer forma, sem o primeiro passo - a aceitação da dependência como uma desgraça - é possível afirmar sem erro que é inviável a retomada da normalidade.
Por último, um aspecto importante a destacar. A normalidade não se alcança nunca. Uma vez dependente, sempre dependente - o registro cerebral é irremovível. O dependente poderá desfrutar de uma aparente normalidade - com recaídas em seco - mas deverá aceitar o apoio externo e/ou se auto-policiar até o fim de seus dias, reforçando os registros positivos a cada 24 horas como fazem os Alcoólicos Anônimos há 63 anos (estamos em 1998) e tem dado certo para milhões de pessoas em todo o mundo. Está provado que não ha outro caminho.
Romeufag
Enviado por Romeufag em 14/10/2013
Reeditado em 15/10/2013
Código do texto: T4525116
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