O brasileiro se aposenta jovem?
Em apenas alguns segundos, em horário nobre, o “Jornal Nacional” prestou um desserviço de anos de luta do trabalhador brasileiro. Questionou de forma inabalável a lei da previdência social, que estipula o tempo de trabalho para cada categoria profissional se aposentar. Para sustentar o malfeito, informou que apenas o Brasil e mais três países citados, não possuíam idade mínima para aposentadoria; entrevistou pessoas que optaram por continuar trabalhando, embora com tempo de contribuição para se aposentar; e apresentou pesquisa que mostra que o brasileiro se aposenta muito jovem, com idade média de cinquenta e três anos.
Perguntas nos vêm: “Se sempre foi assim em nossa história, se importamos as leis de outros países, por que deveríamos mudar isso agora?” “Se na França e na maioria de outros países existe idade mínima para aposentadoria, por que sermos diferentes?” E pesamos: “Afinal existem promessas de igualdade de oportunidade e cidadania para a população, e como vimos na tevê, a senhora de quase oitenta anos representa a criatividade do brasileiro, que mesmo fora do mercado de trabalho, é constantemente convocada”.
Quantos pensamentos perpassaram pelo trabalhador nesse momento, trabalhador que se submete ao autoritarismo do patrão, que teme perder o emprego, que recebe salário insuficiente para pagar as contas, que faz horas extras para sobreviver, que não pode adoecer porque não há médico, que enfrenta transporte sem qualidade para ir e voltar do trabalho, que chega a casa e precisa descansar para o dia seguinte, que não tem tempo para a esposa e filhos, que não encontra em casa água pra se banhar, dorme alerta sem segurança. e sente o mau cheiro de esgotos ao céu aberto. Que já não sorri, porque perdeu a graça.
No entanto, noutros momentos, a mídia também mostra as péssimas condições em que vive o brasileiro, porém, sem fazer relações. Por exemplo, enquanto o trabalhador da França volta do trabalho feliz, o do Brasil retorna imprensado no ônibus ou metrô, preocupado em chegar para restabelecer o corpo para a jornada do dia seguinte, e se guarda para ser feliz na aposentadoria.
Contudo, resistimos até agora, e não podemos aderir à idade mínima para aposentadoria, somente porque a maioria dos países se subjugou a essa conformidade. Temos que refletir e garantir os nossos direitos, porque enquanto não tivermos a qualidade de vida dos países mais ricos, não podemos ceder, e ser mais escravizados.
Em apenas alguns segundos, em horário nobre, o “Jornal Nacional” prestou um desserviço de anos de luta do trabalhador brasileiro. Questionou de forma inabalável a lei da previdência social, que estipula o tempo de trabalho para cada categoria profissional se aposentar. Para sustentar o malfeito, informou que apenas o Brasil e mais três países citados, não possuíam idade mínima para aposentadoria; entrevistou pessoas que optaram por continuar trabalhando, embora com tempo de contribuição para se aposentar; e apresentou pesquisa que mostra que o brasileiro se aposenta muito jovem, com idade média de cinquenta e três anos.
Perguntas nos vêm: “Se sempre foi assim em nossa história, se importamos as leis de outros países, por que deveríamos mudar isso agora?” “Se na França e na maioria de outros países existe idade mínima para aposentadoria, por que sermos diferentes?” E pesamos: “Afinal existem promessas de igualdade de oportunidade e cidadania para a população, e como vimos na tevê, a senhora de quase oitenta anos representa a criatividade do brasileiro, que mesmo fora do mercado de trabalho, é constantemente convocada”.
Quantos pensamentos perpassaram pelo trabalhador nesse momento, trabalhador que se submete ao autoritarismo do patrão, que teme perder o emprego, que recebe salário insuficiente para pagar as contas, que faz horas extras para sobreviver, que não pode adoecer porque não há médico, que enfrenta transporte sem qualidade para ir e voltar do trabalho, que chega a casa e precisa descansar para o dia seguinte, que não tem tempo para a esposa e filhos, que não encontra em casa água pra se banhar, dorme alerta sem segurança. e sente o mau cheiro de esgotos ao céu aberto. Que já não sorri, porque perdeu a graça.
No entanto, noutros momentos, a mídia também mostra as péssimas condições em que vive o brasileiro, porém, sem fazer relações. Por exemplo, enquanto o trabalhador da França volta do trabalho feliz, o do Brasil retorna imprensado no ônibus ou metrô, preocupado em chegar para restabelecer o corpo para a jornada do dia seguinte, e se guarda para ser feliz na aposentadoria.
Contudo, resistimos até agora, e não podemos aderir à idade mínima para aposentadoria, somente porque a maioria dos países se subjugou a essa conformidade. Temos que refletir e garantir os nossos direitos, porque enquanto não tivermos a qualidade de vida dos países mais ricos, não podemos ceder, e ser mais escravizados.