Entre chocolates e mundos

Mundo mundo , já dizia Drumond , vasto mundo

Vasto mundo cheio de mundos , um em cada perna,

Um na branca, um na preta, na amarela.

Pra que tanto mundo meu deus ...

Se não fosse um mundo por perna , talvez o mundo fosse menor.

A esse mundo , não sei se é vasto

Só sei que é mundo.

Mas uma coisa não entendo ...

Se todo mundo tem seu mundo

para que o óculos e a barba?

Para quê, o bonde e o avião ?

Para quê tanta comunicação?

Pois é ... Sei não.

Só sei, que o quê eu sei ,

Todo mundo sabe,

Ao menos o meu, a sim , esse sabe.

A, sabe do chocolate que lambusa a menina,

É, aquela, a da tabacaria.

Aquela pequena.

Come , come, não para de comer.

Ah se da metafísica eu soubesse .

Mas não sei

Não sei nada.

Nunca saberei de nada.

Não posso saber de nada.

A parte isso , tenho todos os sonhos do meu mundo .

Fiz tanto de mim para que não soubessem .

Mas quem não sabe mais sou eu .

Esse mundo, tão vasto mundo .

Mas se é tão vasto porque são mundos?

Questões, questionamentos , perguntas, perguntas

E a realidade plausível cai de repente em cima de mim

E a pequena , continua a comer chocolates?

Quem sabe?

Sabe deus, todos eles, ou nenhum deles,

se a metafísica explicaria um mundo como esse

Como esses...

Eu não deveria dizer

Mas esses chocolates

Esses mundos

Botam a gente louco como imundos

Imundos perdidos neste deserto de mundos.

Mundo, mundo vasto mundo

Mais vasto é meu coração.

Mundo, mundo vasto mundo eis ai minha solução.

Alberto Falcão
Enviado por Alberto Falcão em 17/09/2013
Código do texto: T4485435
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