Desgosto Profundo
Desgosto Profundo
Eu digo a mim mesmo que os anos são fugazes
E não importa quantos parecem ser
Eles sempre são fugazes
Parecem querer
Quando eu olhar para um carvalho solitário
Eu penso no patriarca da floresta.
Que sobreviveu aos grandes ataques
Velozes e furiosos
Numa volta do futuro
Cada dia, cada hora
Parece ser meu último
Se eu acariciar uma criança,
Imediatamente eu penso na despedida
E que seja, ver uma criança sofrendo me faz sofrer
Num desgosto inigualável
Essa jovem vida com a natureza indiferente
Eternamente estará brilhando como um cometa.
Nosso corpo é meio que sem sentido
Sabemos que ele apodrece
Como um gramado destruído
Preciso descansar
Pois estou num desgosto profundo
Não me contes entre os que procuram refúgio
Fecharemos estas contas mais tarde
Agora tenho de ir dormir
Não quero chegar atrasado ao meu desgosto
È Tantûra na manhã do dia do Juízo
Povoação perto de Haifa
Em 1948 o massacre perpetrado por tropas Israelitas
Nas suas veias bamboleiam-se sangue colorido
Esta mistura de cores significa o arco íris
Que tira esse rancor e agonia preso dentro de nós
Pois existe um Deus superior
Que nos tira esse desgosto profundo
Em todas as línguas
Pois ele está dentro de nós