Interrogo-me
Quando se sabe o que não se deve fazer na mesma proporção que o que não se deve fazer é o que mais se quer fazer, e talvez até seja o que deva ser feito. Até porque se é o que se quer fazer, qual o mal há em se fazer o que deve ser feito? Pecar por excesso ou por negligenciar a si mesmo o direito de errar? Não que se deva tudo fazer ou nada negar. Mas as vezes ignorar para parecer "superior" quando, na verdade, aquele "assunto", aquela coisa está a se debater dentro de ti, querendo mesmo que o que se faça é extravasar num grito seco e demorado toda revolta que se sente por ter sido injustiçada. Será que vale mesmo ser superior? Será que vale mesmo agir como se não se importasse, quando pelo menos de alguma maneira, ou em algum sentido, em alguém envolvido aquilo te faz incomodar??? Pra quê fingir o que não é e o que não sente, sem pelo menos ter uma conversa séria a respeito, só para entender ou desabafar o que aconteceu?
Talvez porque existam pessoas que não valem a pena nem um segundo do nosso tempo ou da nossa atenção. Mas e quando envolve terceiras pessoas, que nos são queridas, e que podem nos ser afastadas de certa forma, por estarem no meio da confusão toda?
É mais inteligente e sensato fingir que não é nada. Mas não é tão fácil quando se tem um coração e uma imensa preocupação por quem está dentro dele... quando se tem sangue correndo nas veias... italiano... quente... que se exalta e ama quase na mesma proporção e intensidade e com imensa rapidez e alternância.