ESCOLHAS EXISTENCIAIS

“A fonte da Poética é a vida, a realidade tal como ela é. A partir do real, o poema – com Poesia e não somente meros versos – é a resultante de um tanto de sonho e um tanto deste equilibrar-se sobre o fio trapezista com que o poeta se apresenta ao público (como pessoalidade), combinado com o talento de sua arte. Mas os seus versos necessitam vir a ser, fundamentalmente, a criação subjetiva que sugere e possibilita o Novo, a recriação e/ou a transfiguração da árida matéria da vida, para lograr vencer a hostilidade permanente ou momentânea que instiga e/ou oprime o ser individual. Tudo isto feito com graça e gosto fora do lugar comum da vida, com alguma bonomia e estranhamento. O poema como peça estética é seiva do bálsamo provindo da Poesia e fruto do mistério ofertado pela graça do sentir estando vivo – sua voz doce e fraterna.". Joaquim Moncks, in A FONTE E O FRUTO.

– Do livro A FABRICAÇÃO DO REAL, 2013.

http://www.recantodasletras.com.br/ensaios/4452160

– Marilú Duarte, via e-mail, em 26/08/2013:

Somos uma fonte de vivências conscientes e significativas, de emoções legítimas e de sentimentos diversificados. Tornamo-nos livres quando nos libertamos dos acúmulos de tensões reprimidas ou quando sofremos sucessivas transformações através de insights que nos fazem vivenciar visão nova da realidade dos fatos, libertando-nos das ilusões e ideias totalmente distorcidas que, na maioria das vezes, insistimos em reter. Em nossa subjetividade os sentimentos, emoções e pensamentos muitas vezes não pactuam entre si, tecendo inúmeros conflitos nas decisões e escolhas existenciais. Do ponto de vista da sociologia, a subjetividade se refere ao campo de ação e representação dos sujeitos, sempre condicionados a circunstâncias históricas, políticas e culturais. A realidade nos ensina a lidar com as diferenças, a entender que nem sempre estamos certos, e que nos interrelacionamentos, o essencial é respeitar o outro. É desta forma que podemos promover ressignificações e des/identificações, obtendo novos significados aos fatos e fantasias passadas. Todos nós possuímos um potencial latente para recriar e transfigurar o nosso eu interior. O fruto de nossa caminhada está em saber compreender o outro. Possuir o sentimento de alteralidade é uma arte que se adquire quando o crescimento mental se torna significativo, fortalecendo o ego e o tornando suficientemente equipado para enfrentar situações naturais no desenrolar da vida. Marilú.

– Do livro O IMORTAL ALÉM DA PALAVRA. Joaquim Moncks / Marilú Duarte, 2013.

http://www.recantodasletras.com.br/ensaios/4461269