Bases de uma relação saudável

BASES DE UMA RELAÇÃO SAUDÁVEL

Mini-ensaio sobre relações humanas em pares para viverem uma vida e/ou um projeto de vida em comum independente de religião, gênero, opção sexual,grau de escolaridade, nível de ingresso ou renda. Sabemos: difícil, mas possível e acontece;
1. Respeito mútuo;
2. Não confundir amor com sentimento de propriedade;
3. Transparência recíproca, ou seja, verdade como melhor alternativa;
4. Saber que o importante é não se considerar importante;
5. Saber que o amor não permite generalizações. É sentimento, emoção,
desejo único e indivisível.
Nota: Saber, ter conhecimento, está a um passo da conscientização. Porque complicar com objetivos por vezes idealistas, mas inviáveis.

1. Respeito Mútuo
Simples: “não faça ao próximo aquilo que você não quer para si mesmo.”
Esta, a base de toda e qualquer relação que abrange um todo universal.
É seguramente a postura mais adequada para tudo.
2. Não confundir Amor com Sentimento de Propriedade.
Respeitar as características, a individualidade, singularidades e nunca
se imaginar proprietário das aspirações, desejos, sonhos, fantasias e,
acima de tudo, do corpo de outrem, parceiro (a) ou não.
O corpo é o maior patrimônio de cada um. É incomensurável porque é
nele que se transporta a vida.
Nota: Este, o fato menos aceito culturalmente. A sociedade evoluiu, mas ainda há muito que progredir.

3. Transparência recíproca. A verdade como melhor alternativa.
A transparência pode ser uma qualidade e pode ser um desvio, anomalia.
Nem tudo pode ser abruptamente revelado, dito. Contudo, bem dosada,
Deve ser um habito do cotidiano, claro que sem cair no exagero e
invadir o âmbito da indiscrição e grosseria tipo
“sou franco e estamos conversados”.
Bom senso e moderação são também os requisitos essências do conviver
cotidiano.

4. Saber que o importante é não se considerar importante.
Simples: mesmo que havendo e sempre haverá escalas hierárquicas no percurso
do viver, provou-se de sobejo que ninguém é mais do que ninguém. Sim, há
diferenças e há que as respeitar. Contudo, vivemos um ciclo que ao se concluir
o retorno à mãe terra torna todos iguais.
Nada de radicalismos, cada um, cada um, e pronto. Na base do respeito mútuo
conviverão o proprietário e o porteiro do prédio mais alto do mundo. E o mesmo
vale para um par que decide viver junto por curto ou longo prazo numa relação
duradoura.
Nota: Por certo que isto não tem como premissa a inexistência de classes porque sempre as haverá pela própria necessidade de sobrivência do ser vivo e, no caso, humano. O que tentamos destacar é uma questão de postura moral, ética no administrar o viver.
5. Saber que o amor é indefinível e não permite generalizações. É sentimento,
emoção, desejo único e indivisível.

Simples: ninguém, mas ninguém mesmo pode exigir do outrem identidades inviáveis. O parceiro ou parceira querer alguém à sua imagem. Impossível.
Estamos vivos porque não existe nada idêntico, pois é a diversidade que
gera a vida.
Em relações humanas saudáveis é melhor se portar como Darwin (a origem das espécies) ou querer ser Deus (tudo a vossa imagem).