EVOLUÇÃO
Olhando para eras priscas traçamos a evolução da humanidade em várias áreas. Neste sentido, começamos com a evolução instrumental, com ferramentas rústicas, a invenção da roda, a utilização do fogo até as naves espaciais de hoje. Em outra área a evolução social, de um grupo socialmente desorganizado, onde as pessoas só tinham conhecimento de quem era sua mãe e desconhecimento do seu pai, surge à célula familiar, pai, mãe e filhos. De tribos evolui para nações ...Na área jurídica, da lei do mais forte, fomos para as Constituições, leis atuais, antes passando pelo código de Talião, onde prevalecia o "dente por dente, olho por olho", depois as leis Moisacas, os 10 mandamentos, até o ordenamento jurídico de hoje.
Fazendo uma reflexão sobre a evolução social e ética, destacamos uma progressão espantosa, quase inimaginável, que há pouco mais de 100 anos ainda tínhamos a escravidão com base legal. Ela ainda existe com alguns disfarces em países poucos desenvolvidos socialmente. A liberação da mulher, ainda recente no ocidente, sofre fortes restrições em outras sociedades.
Para mim uma reflexão é recorrente: O que precisamos evoluir hoje? Para daqui a 50, 100 anos falarmos naquele tempo a coisa era feia, hoje evoluímos para tal situação...
Acho que um dos progressos mais recente tem sido a política de inclusão das pessoas com deficiências físicas, assim temos: Rampas de acesso para cadeiras de rodas, banheiros públicos específicos para eles, reserva de mercado em concurso. Estimulo a iniciativa privada para empregá-los...
Também aplaudo as tentativas, meio que atabalhoadas, das inclusões das classes menos favorecidas. Se olharmos as favelas, as cadeias, as crianças abandonadas nas ruas, encontramos nestes locais uma maioria racial de pessoas que tiveram sua raízes africanas, cujos antecedentes vieram para cá em decorrência da escravidão. Se encontram nestas situações em consequência não só da escravidão, mas da maneira como foi feita a abolição.
Ainda neste sentido, os índios antes do contato com os brancos, como viviam? A Natureza era farta para eles, não tinham grandes necessidades, queriam comer, tinham caça e pesca abundantes. Plantando mandioca, com pouco tinham farinha e a famosa bebida. Pouco frio...Chocam-se com a civilização branca, com doenças desconhecidas, entre elas a ambição desmedida. Nunca tiveram a necessidade de trabalhar. São dizimados, suas terras e mulheres vilependiadas. Não foram catequisados, educados ou preparados para uma convivência com uma cultura “dita superior”.
Debatendo com aqueles que discordam das cotas raciais, estes tem a receita certa: Ensino básico de qualidade para todos. Quanto tempo isto levará para acontecer? E o que acontecerá com aqueles que estão ingressos, atualmente, nas escolas secundárias de péssima qualidade?
A solução é dolorosa para os mais favorecidos, pois seus filhos terão que disputar menos vagas universitárias públicas e por consequência mais concorridas. A sociedade provavelmente terá por um tempo que conviver com profissionais menos especializados. O mercado corrigirá. Quem não se desenvolver ficará a margem. Algumas gerações depois estaremos melhor.
Se não se fizer nada agora a lesma continuará lerda.