Lixo Hospitalar

Quando se fala a palavra “lixo” todo mundo tem uma noção clara, pois desde a infância aprendemos sobre os prejuízos que ele pode causar. Assim, no primeiro momento qualquer um sabe falar facilmente dos prejuízos que o lixo pode causar e o que cada um de nós deve fazer para resolver seus problemas.

Entretanto, a problemática envolvendo o lixo não se limita somente àqueles restos de comida e sobras de materiais que geramos em casa, na escola, nas lojas ou em áreas públicas (como ruas e praças). Existem outros tipos de lixo mais perigosos que, em geral, nem nos damos conta, como é o caso do lixo hospitalar.

Pouca gente sabe, mas quando se fala em lixo hospitalar não estamos nos referindo apenas aos restos que são produzidos nos hospitais, pois na verdade ele envolve todo o lixo que é produzido nos diversos tipos de estabelecimentos de serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo. De acordo com essa visão o termo técnico mais adequado para se referir ao lixo hospitalar é “Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS)”.

Além dos hospitais propriamente ditos, os “Resíduos dos Serviços de Saúde” são provenientes de clínicas médicas e odontológicas, postos de saúde, laboratórios, necrotérios, funerárias, farmácias, drogarias, Escolas Técnicas, Universidades e Centros de Pesquisa na área de saúde, Instituto Médico Legal (IML), Serviço de Atendimento Médico Urgente (SAMU), Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), zoológicos, biotérios, clinicas veterinárias, serviços de acupuntura e tatuagem, dentre outros similares.

Os “Resíduos dos Serviços de Saúde” são compostos de uma variedade enorme de itens, como por exemplo: restos de alimentos de enfermos, restos de limpeza de salas de cirurgia, luvas, curativos, gazes, ataduras, agulhas, seringas, bisturis, fraudas, sondas, cateteres, peças anatômicas etc.

Esses itens representam um enorme perigo à saúde e ao meio ambiente, pois podem estar contaminados com microrganismos causadores de doenças.

Pensando em resolver todos os possíveis problemas que o lixo hospitalar pode causar, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou um Regulamento Técnico, através da Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004, determinando critérios técnicos relativos ao gerenciamento dos Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS), com vistas a prevenir acidentes, preservando a saúde pública e o meio ambiente.

Os Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) devem ser embalados com bastante cuidado em sacos plásticos resistentes e colocados em vasilhames bem vedados fora do alcance de pessoas e animais até a chegada do carro próprio para a coleta. A melhor forma de destruir o lixo hospitalar é a incineração, desde que os incineradores possuam tecnologia adequada e estejam em locais que não causem incômodos à população.

Já se passaram vários anos que a ANVISA determinou esses critérios e procedimentos, mas infelizmente em muitos lugares essas normas ainda não saíram do papel. Tristemente o que se observa em diversas cidades do Brasil é a pior situação possível, com prevalência do total desrespeito por parte das autoridades que nada fazem para que o lixo hospitalar receba correta destinação e tratamento adequado.

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Publicado no Jornal Mesa de Bar News, edição n. 504, p. 15, de 15/08/2013. Gurupi - Estado do Tocantins.

Giovanni Salera Júnior

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Giovanni Salera Júnior
Enviado por Giovanni Salera Júnior em 13/07/2013
Reeditado em 28/08/2013
Código do texto: T4385339
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