A beleza tem seu preço
Desafagos, escarros, e infames discorriam
Na correria dos dias o desperdício de palavras
- Além de linda, inteligente, você ainda é divertida!
(Pacote completo pra ficar pra titia!)
- Você é demais!
(Um peso)
- Você vale a pena!
(Ou seja, nada! Pena não pesa)
Esses tais letrados
Buscam em mim uma fração
Do que neles nunca irá existir
Passei a optar pelos brutos
Homens sem estudo
Mãos rusticas
Que olhando em minha cara
Sorrindo, balbuciam: "E dai?"
Preferi por um tempo esses
Pois a mínima gentileza
Era para mim uma riqueza
O tempo passa e a sutileza camuflada na palavra acida
Já não mais afaga
Cartilha do absurdo
Cultos e incultos na mesma pegada