AS LOJAS E SEUS RITOS
As Lojas
O termo Loja, tal qual é empregado na maçonaria, encerra uma variedade de significados. Tradicionalmente se refere ao conjunto de Irmãos reunidos em assembléia. Isso nos leva a distiguir Loja de Templo, pois enquanto este é o edifício onde os maçons se reúnem, a Loja é a própria reunião em si mesma. Destarte, esta pode ser realizada em qualquer lugar que ofereça condições para tanto, não precisando, obrigatóriamente, ser dentro de um Templo. Assim, o termo Loja assume um amplo leque de significados, que resumem a tradição que a assembléia de maçons pretende refletir.
São vários os títulos aplicáveis ás diversas Lojas dos maçons. Tradicionalmente elas se dividem em Lojas Simbólicas, Capitulares, Filosóficas e Admistrativas, os quais, por sua vez se dividem em blocos de ensinamentos específicos, e estes em graus, titulados conforme cada tema neles.
A Loja, portanto, é assembléia de maçons, reunidos para um determinado fim. Na chamada Loja Simbólica se pratica a cha-mada maçonaria básica, consagrada aos fundamentos comuns da tradição maçônica, que é o exercício da Fraternidade, fundamentada na igualdade entre os Irmãos e na mais perfeita Liberdade. Não cuida, a chamada Loja Simbólica, dos fundamentos mais profundos da doutrina maçônica, que se encontram em temas mais avançados da sabedoria arcana.
Nos Três graus que compõem sua estrutura, Aprendiz, Com-panheiro e Mestre, a proposta é a de divulgar os fundamentos da maçonaria, enquanto tradição herdada dos antigos pedreiros medievais. Conquanto os ensinamentos da Loja Simbolica sejam todos transmitidos de forma iniciática, o que se trata nas assembléias dos maçons que se reúnem nessa estrutura é, principalmente, os assuntos referentes á Irmandade, nas suas relações com a sociedade, os problemas de cada Loja, os assuntos internos, as questões de interesse corporativo que afetam o grupo e a Ordem com um todo. Não se exige que um iniciado maçom, ao colar os graus da Loja Simbólica, passe a freqüentar os graus superiores. Para que ele seja um maçom completo, basta que ele seja elevado ao grau de Mestre. Porém, se o Irmão quiser conhecer, de fato, a maçonaria, será preciso que ele suba todos os graus da chamada Escada de Jacó, alegoria que significa a passagem do maçom por todos os graus da Ordem.
Esses títulos, aplicáveis às diversas Lojas dos maçons, estão ligados, portanto, á tradição que cada rito representa. Os maçons do Arco Real, por exemplo, deram ás suas assembléias o título designativo de Capítulo, já que esse sistema pretende ter uma estrutura de universidade, onde cada grau é uma espécie de bloco de ensinamento, no qual o iniciando vai adquirindo a sabedoria necessária para galgar o grau imediatamente superior. Essa estrutura, embora seja aplicável a todos os demais sistemas de ensinamento maçônico, especialmente o Escocês (REAA), na maçonaria do Arco Real a divisão administrativa e o conteúdo doutrinário de cada bloco apresenta algumas diferenças.
Dentro das próprias estruturas sistêmicas dos ritos, são adotados títulos diferentes para as assembléias que se reunem nos mais variados graus. Assim é que os graus crípticos do Arco Real (Super Excelente Mestre, Mestre Escolhido e Mestre Real), no REAA correspondem aos graus Filosóficos (Kadosh) de nºs 25, 26, 27 (Cavaleiro da Serpente de Bronze, Principe das Mercês e Grande Comendador do Templo). Já os chamados graus de cavalaria no Arco Real, no REAA correspondem aos graus 28, 29, 30 do Kadosh.
Tanto nas assembléias dos graus filosóficos do REAA quanto nas dos graus crípticos de Arco Real, o local de reunião, ou seja, a Loja, é chamdo de Capítulos, ou tendas, conforme o ritual. Esses títulos, como se pode ver, têm a sua razão de ser, e correspondem ao simbolismo que cada rito desenvolve. Porém, uma análise mais profunda nas raízes de cada um deles irá verificar que todos se abeberam numa fonte comum, que é a tradição bíblica, veiculada pelos cinco livros da Torá, interpretada e teatralizada conforme a visão de cada grupo. Mesmo os chamados graus de Cavalaria, tanto no Rito de York quanto no Rito Escocês, que trabalham com tradições ligadas aos antigos cavaleiros cruzados, especialmente os Templários, Hospitalários e Teutônicos, em cada rito considerado, as lendas de fundo, que sedimentam a estrutura de cada grau, se referem principalmente á temas bíblicos. Assim é que iremos encontrar, tanto no Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA), quanto no de York, alegorias ligadas com a Arca da Aliança, a Reconstrução o Templo de Jerusalém, a Árvore da Vida, o Selo do Salomão e outros temas bíblicos, tratados de uma forma mística, própria do método iniciático.
A verdade é que a maçonaria é uma tradição cujas origens se perdem no tempo, mas as suas vinculações são visíveis em cada período vivido pela humanidade. Há um elo que liga as diferentes fases da civilização e esse elo é a necessidade da preservação das conquistas espirituais feitas pelo homem em sua aventura terrestre. Por isso ele se une aos seus “iguais” e procura, através do corporativismo, manter num círculo bem restritos, a chave dessa cripta misteriosa. Desde os mais antigos tempos das sociedades humanas essa estratégia é praticada e a maçonaria nada mais é do uma corruptela dessa idéia arquetípica que sempre impressionou os espíritos mais sensíveis.
Destarte, a idéia que está na base da maçonaria é a necessidade de os grupos preservarem as suas conquistas civilizatórias através de m sistema corporatico que lhes sirva de defesa. De outro lado, esse sistema permite aos seus membros o desenvolvimento de um sistema ético e moral que agrega sempre os novos valores que a sociedade elege como necessários á sua felicidade. E por fim tudo isso se organiza numa fórmula institucional que se conforma numa Organização. Então temos a maçonaria moderna.
Por isso é que, seja qual for a liturgia praticada pela Loja em que os maçons se reúnem, sempre se encontrará um elemento unificador no qual todo maçom, seja qual for o Rito a que pertença, se identificará. Nessa identificação está a força da maçonaria.
O quadro acima mostra uma comparação entre os doi ritos maçônicos mais populares em todo o mundo: o rito escocês (REAA) e o rito de York (o Arco Real). Embora exista alguma diferença nos títulos e na disposição dos temas dos graus, é possível verificar que todos tratam, no conjunto dos mesmos temas e contemplam os mesmos conteúdos programáticos. A gravura mostra a maçonaria americana. No Brasil, e em outros países, como a França, a Alemanha e outros países onde a maçonaria tem raízes muito profundas, há algumas diferenças na estrutura dos graus e nos títulos a eles atribuidos, mas na base, são os mesmos fundamentos que os suportam.
A disposição ritualística acima demonstrada é aplicada prin-cipalmente na maçonaria americana, mas no resto do mundo maçônico existem poucas difreenças de titulação. No Brasil, por exemplo, e em vários países da América do Sul e Europa, os graus mais altos do Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA) não são titulados como Graus Adoniramitas, como aparece na gravura acima, mas sim como Filosóficos ou Kadosh (do grau 19 ao 30) e graus administrativos (do 31 ao 33). Excetuadas essas diferenças, que são apenas de titulação, podemos observar que existem sensíveis semelhanças na organização de ambos os ritos, que contemplam cinco blocos de ensinamentos, divididos numa série de graus. Enquanto no Rito Escoces antigo e Aceito, disposição brasileira, temos as Lojas dedicadas aos graus Simbólicos (1º ao 3º), Inefáveis (4º a 14º), Capitulares (15º a 18º), Filosófico ou Kadosh (19º ao 30º), e Administrativos (31º a 33º), no Rito de York, também conhecido como Arco Real, temos os Graus Simbólicos, que corres-pondem, no REAA á Loja Simbólica, os Graus Capitulares, que correspondem no REAA aos Graus Inefáveis e Capitulares, os Graus Crípticos, que correspondem no Rito Escocês, aos Graus Filosóficos ou Kadosh e os graus de Cavalaria, que correspondemno REAA aos graus Adoniramitas, ou em se tratando da maçonaria brasileira, esse bloco integra partes do Kadosh e os últimos três graus chamados de administrativos.
Temos assim, para um bom entendimento do que significam as chamadas Lojas maçônicas, uma visão resumida dos diversos ritos praticados pelas diferentes assembléias de maçons. Embora cada rito empregue certos elementos de linguagem próprios de sua tradição, o ensinamento maçônico neles veiculado é o mesmo. E todos têm uma fonte comum, que é a Bíblia Sagrada.
Estas proposições são válidas em se tratando da maçonaria praticada na maior parte do mundo ocidental. Existem ritos que são abastecidos por fontes outras que não a Bíblia Sagrada, como a maçonaria egípcia de Cagliosto, que se diz fundamentada nos Antigos Mistérios Egípcios. Na verdade, são tantos os ritos maçônicos, e tão confusas suas origens e a ritualística praticada, que nenhuma autor, até hoje, conseguiu recenseá-los todos e colocá-los numa ordem lógica e inteligivel, de forma que se permita ao estudioso entender como funcionam e o que pretendem transmitir em termos de ensinamento. Para se ter uma idéia de quão confuso é esse assunto, Kenneth Mackensie, autor da famosa Royal Masonic Cyclopaedia, um dos mais completos trabalhos maçônicos já elaborados, listou, em fins do século dezenove (1875/ 1877) nada menos do que trinta e três ritos, esclarecendo que havia, já naquela época, muitos mais. Hoje, mais de cem anos depois, essa lista deve ter se multiplicado tanto que se torna impossível qualquer trabalho de compilação que se queira fazer nesse universo de diferentes ritos e suas fontes de abastecimento litúrgico. Importante é não perder de vista o objetivo da prática maçônica, que é a modelagem do caráter do homem e a sua utilização como ferramenta de aperfeiçoamento da sociedade.[1].
As Lojas
O termo Loja, tal qual é empregado na maçonaria, encerra uma variedade de significados. Tradicionalmente se refere ao conjunto de Irmãos reunidos em assembléia. Isso nos leva a distiguir Loja de Templo, pois enquanto este é o edifício onde os maçons se reúnem, a Loja é a própria reunião em si mesma. Destarte, esta pode ser realizada em qualquer lugar que ofereça condições para tanto, não precisando, obrigatóriamente, ser dentro de um Templo. Assim, o termo Loja assume um amplo leque de significados, que resumem a tradição que a assembléia de maçons pretende refletir.
São vários os títulos aplicáveis ás diversas Lojas dos maçons. Tradicionalmente elas se dividem em Lojas Simbólicas, Capitulares, Filosóficas e Admistrativas, os quais, por sua vez se dividem em blocos de ensinamentos específicos, e estes em graus, titulados conforme cada tema neles.
A Loja, portanto, é assembléia de maçons, reunidos para um determinado fim. Na chamada Loja Simbólica se pratica a cha-mada maçonaria básica, consagrada aos fundamentos comuns da tradição maçônica, que é o exercício da Fraternidade, fundamentada na igualdade entre os Irmãos e na mais perfeita Liberdade. Não cuida, a chamada Loja Simbólica, dos fundamentos mais profundos da doutrina maçônica, que se encontram em temas mais avançados da sabedoria arcana.
Nos Três graus que compõem sua estrutura, Aprendiz, Com-panheiro e Mestre, a proposta é a de divulgar os fundamentos da maçonaria, enquanto tradição herdada dos antigos pedreiros medievais. Conquanto os ensinamentos da Loja Simbolica sejam todos transmitidos de forma iniciática, o que se trata nas assembléias dos maçons que se reúnem nessa estrutura é, principalmente, os assuntos referentes á Irmandade, nas suas relações com a sociedade, os problemas de cada Loja, os assuntos internos, as questões de interesse corporativo que afetam o grupo e a Ordem com um todo. Não se exige que um iniciado maçom, ao colar os graus da Loja Simbólica, passe a freqüentar os graus superiores. Para que ele seja um maçom completo, basta que ele seja elevado ao grau de Mestre. Porém, se o Irmão quiser conhecer, de fato, a maçonaria, será preciso que ele suba todos os graus da chamada Escada de Jacó, alegoria que significa a passagem do maçom por todos os graus da Ordem.
Esses títulos, aplicáveis às diversas Lojas dos maçons, estão ligados, portanto, á tradição que cada rito representa. Os maçons do Arco Real, por exemplo, deram ás suas assembléias o título designativo de Capítulo, já que esse sistema pretende ter uma estrutura de universidade, onde cada grau é uma espécie de bloco de ensinamento, no qual o iniciando vai adquirindo a sabedoria necessária para galgar o grau imediatamente superior. Essa estrutura, embora seja aplicável a todos os demais sistemas de ensinamento maçônico, especialmente o Escocês (REAA), na maçonaria do Arco Real a divisão administrativa e o conteúdo doutrinário de cada bloco apresenta algumas diferenças.
Dentro das próprias estruturas sistêmicas dos ritos, são adotados títulos diferentes para as assembléias que se reunem nos mais variados graus. Assim é que os graus crípticos do Arco Real (Super Excelente Mestre, Mestre Escolhido e Mestre Real), no REAA correspondem aos graus Filosóficos (Kadosh) de nºs 25, 26, 27 (Cavaleiro da Serpente de Bronze, Principe das Mercês e Grande Comendador do Templo). Já os chamados graus de cavalaria no Arco Real, no REAA correspondem aos graus 28, 29, 30 do Kadosh.
Tanto nas assembléias dos graus filosóficos do REAA quanto nas dos graus crípticos de Arco Real, o local de reunião, ou seja, a Loja, é chamdo de Capítulos, ou tendas, conforme o ritual. Esses títulos, como se pode ver, têm a sua razão de ser, e correspondem ao simbolismo que cada rito desenvolve. Porém, uma análise mais profunda nas raízes de cada um deles irá verificar que todos se abeberam numa fonte comum, que é a tradição bíblica, veiculada pelos cinco livros da Torá, interpretada e teatralizada conforme a visão de cada grupo. Mesmo os chamados graus de Cavalaria, tanto no Rito de York quanto no Rito Escocês, que trabalham com tradições ligadas aos antigos cavaleiros cruzados, especialmente os Templários, Hospitalários e Teutônicos, em cada rito considerado, as lendas de fundo, que sedimentam a estrutura de cada grau, se referem principalmente á temas bíblicos. Assim é que iremos encontrar, tanto no Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA), quanto no de York, alegorias ligadas com a Arca da Aliança, a Reconstrução o Templo de Jerusalém, a Árvore da Vida, o Selo do Salomão e outros temas bíblicos, tratados de uma forma mística, própria do método iniciático.
A verdade é que a maçonaria é uma tradição cujas origens se perdem no tempo, mas as suas vinculações são visíveis em cada período vivido pela humanidade. Há um elo que liga as diferentes fases da civilização e esse elo é a necessidade da preservação das conquistas espirituais feitas pelo homem em sua aventura terrestre. Por isso ele se une aos seus “iguais” e procura, através do corporativismo, manter num círculo bem restritos, a chave dessa cripta misteriosa. Desde os mais antigos tempos das sociedades humanas essa estratégia é praticada e a maçonaria nada mais é do uma corruptela dessa idéia arquetípica que sempre impressionou os espíritos mais sensíveis.
Destarte, a idéia que está na base da maçonaria é a necessidade de os grupos preservarem as suas conquistas civilizatórias através de m sistema corporatico que lhes sirva de defesa. De outro lado, esse sistema permite aos seus membros o desenvolvimento de um sistema ético e moral que agrega sempre os novos valores que a sociedade elege como necessários á sua felicidade. E por fim tudo isso se organiza numa fórmula institucional que se conforma numa Organização. Então temos a maçonaria moderna.
Por isso é que, seja qual for a liturgia praticada pela Loja em que os maçons se reúnem, sempre se encontrará um elemento unificador no qual todo maçom, seja qual for o Rito a que pertença, se identificará. Nessa identificação está a força da maçonaria.
O quadro acima mostra uma comparação entre os doi ritos maçônicos mais populares em todo o mundo: o rito escocês (REAA) e o rito de York (o Arco Real). Embora exista alguma diferença nos títulos e na disposição dos temas dos graus, é possível verificar que todos tratam, no conjunto dos mesmos temas e contemplam os mesmos conteúdos programáticos. A gravura mostra a maçonaria americana. No Brasil, e em outros países, como a França, a Alemanha e outros países onde a maçonaria tem raízes muito profundas, há algumas diferenças na estrutura dos graus e nos títulos a eles atribuidos, mas na base, são os mesmos fundamentos que os suportam.
A disposição ritualística acima demonstrada é aplicada prin-cipalmente na maçonaria americana, mas no resto do mundo maçônico existem poucas difreenças de titulação. No Brasil, por exemplo, e em vários países da América do Sul e Europa, os graus mais altos do Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA) não são titulados como Graus Adoniramitas, como aparece na gravura acima, mas sim como Filosóficos ou Kadosh (do grau 19 ao 30) e graus administrativos (do 31 ao 33). Excetuadas essas diferenças, que são apenas de titulação, podemos observar que existem sensíveis semelhanças na organização de ambos os ritos, que contemplam cinco blocos de ensinamentos, divididos numa série de graus. Enquanto no Rito Escoces antigo e Aceito, disposição brasileira, temos as Lojas dedicadas aos graus Simbólicos (1º ao 3º), Inefáveis (4º a 14º), Capitulares (15º a 18º), Filosófico ou Kadosh (19º ao 30º), e Administrativos (31º a 33º), no Rito de York, também conhecido como Arco Real, temos os Graus Simbólicos, que corres-pondem, no REAA á Loja Simbólica, os Graus Capitulares, que correspondem no REAA aos Graus Inefáveis e Capitulares, os Graus Crípticos, que correspondem no Rito Escocês, aos Graus Filosóficos ou Kadosh e os graus de Cavalaria, que correspondemno REAA aos graus Adoniramitas, ou em se tratando da maçonaria brasileira, esse bloco integra partes do Kadosh e os últimos três graus chamados de administrativos.
Temos assim, para um bom entendimento do que significam as chamadas Lojas maçônicas, uma visão resumida dos diversos ritos praticados pelas diferentes assembléias de maçons. Embora cada rito empregue certos elementos de linguagem próprios de sua tradição, o ensinamento maçônico neles veiculado é o mesmo. E todos têm uma fonte comum, que é a Bíblia Sagrada.
Estas proposições são válidas em se tratando da maçonaria praticada na maior parte do mundo ocidental. Existem ritos que são abastecidos por fontes outras que não a Bíblia Sagrada, como a maçonaria egípcia de Cagliosto, que se diz fundamentada nos Antigos Mistérios Egípcios. Na verdade, são tantos os ritos maçônicos, e tão confusas suas origens e a ritualística praticada, que nenhuma autor, até hoje, conseguiu recenseá-los todos e colocá-los numa ordem lógica e inteligivel, de forma que se permita ao estudioso entender como funcionam e o que pretendem transmitir em termos de ensinamento. Para se ter uma idéia de quão confuso é esse assunto, Kenneth Mackensie, autor da famosa Royal Masonic Cyclopaedia, um dos mais completos trabalhos maçônicos já elaborados, listou, em fins do século dezenove (1875/ 1877) nada menos do que trinta e três ritos, esclarecendo que havia, já naquela época, muitos mais. Hoje, mais de cem anos depois, essa lista deve ter se multiplicado tanto que se torna impossível qualquer trabalho de compilação que se queira fazer nesse universo de diferentes ritos e suas fontes de abastecimento litúrgico. Importante é não perder de vista o objetivo da prática maçônica, que é a modelagem do caráter do homem e a sua utilização como ferramenta de aperfeiçoamento da sociedade.[1].
[1]A página da Wikpédia informa que os principais ritos hoje praticados são o Rito Escocês Antigo e Aceito, o Rito de York, que é dividido em inglê e americano, o rito Schoder, o Rito Moderno, e os ritos Adorhiramita e o Escocês Retificado, e que já existiram mais de duzentos ritos, porém hoje pouco mais de cinquenta são praticados, sendo o Rito de York, o Rito de Emulação, o Rito Escocês Antigo e Aceito e o Rito Moderno (também chamado de Rito Francês ou Moderno na Europa), os mais comuns. Juntos, estes três ritos congregam cerca de 99% dos maçons em todo o mundo. Essas informações, todavia carecem de confirmação, já que tais ritos e Lojas estão muito dispersos e dificultam a pesquisa.