Desassossegos

Há uma alegria contente florescendo desajeitada na alma carente.

Desassossegos aparentes fluindo das trevas da alma;

Sentimentos descontentes, desgastados, adquirindo certezas.

Caminhos lerdos andados por pés descalços feridos pelo tempo;

Solados de sapatos desintegrados por incontáveis desassossegos;

Passos surrados, doloridos, esfolados pelas pedras brutas sangrando a carne;

Trazendo esperanças nas bolhas feitas;

Adquirindo experiências no caminho da escolha.

Leve alegria sorrateira contagia e emerge dos meus sentidos.

Cheiro doce de pele de criança inocente e fresca.

Pura sutileza de água cristalina;

Sorriso matreiro de açucena em flor.

Sombras cambaleantes emergem com leveza;

Como traquinagem de criança com arapucas lotadas de doces;

Embolorando sonhos e encarcerando vidas.

Sentimentos verdadeiros e contraditórios;

Paradoxo no meu dia feliz.

Ouço minha razão e escuto meu coração.

Rotina de intuição mórbida dos tempos abandonados pelos sonhos;

Verdades escritas na carne e tatuadas na alma.

Mãos abertas à procura dos seus dedos.

Meus olhos febris suplicando seus desejos.

Vontades emergindo, rasgando e regando terras secas.

Semeando campos de sonhos colhendo sementes de vida.

Saudades de minha criança querida;

Sentada no banco da varanda olhando as estrelas colorindo o dia;

Sonhos de sonhos voltando pra casa;

Faço pacto de paz com minha dor e sorrio com gratidão.

E num lampejo de SANIDADE...

Um sorriso de amor surge! Sorrateiro no ventre de minha alma;

Acordando vontades felizes; trancadas...

Destravo cadeados...

Voo livre...

E vou ver o Sol.

SOLANGE OLIVEIRA
Enviado por SOLANGE OLIVEIRA em 26/06/2013
Reeditado em 02/03/2023
Código do texto: T4359239
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