Manifesto
Pinto em cores vibrantes meus desejos e sonhos
Registro fragmentos do meu dia em tela fria
Transfiro meus sentimentos num tocante manifesto
Lamentos encarcerados na mente embolorados pelo cansaço do dia
Busco sossegos e acho descuidos
Amores diluindo desejos
Vontades admitindo saudades
Cores, perfumes...
Desejos sufocando minha alma em desalinho com a razão
Delírio suplicando satisfação
Cotovia surgindo na noite acordando o dia
Desço aos meus infernos e questiono “Deus”
Toco minhas trevas e vejo luz
No universo infinito sinto estrelas entrelaçadas com o divino
Mistério apoiado no equilíbrio sem sustentação
Gosto da luz que me alumia protegendo-me da noite
Me afastando da solidão da matéria escura
Sensações indecisas em ventres de trevas
Coisa efêmera! em alma errante.
Tormentos distintos nos afazeres dos dias
E no estalar dos meus dedos ressurjo das cinzas
E assim faz-se a magia no limiar do meu dia