EMPODERAMENTO POLÍTICO É UM MITO
Uma das características que mais nos chama a atenção aos olhos da sensibilidade política é que todo poder é um mito superlativo, esteja ele em que esfera estiver: na família, no trabalho, na comunidade, no Estado.
Ainda que, diante das maiores dificuldades, todos os poderes juntos se dêem as mãos num patamar de igualdade de consenso urgente que visa mantê-los mais poderosos, claro é que sempre há algum poder que se julga superlativo ao outro ainda que no mesmo limiar da fragilidade de liderança de todos os poderosos.
Interessante que o auto- empoderamento político, a despeito de vislumbrar seu poder cada vez maior, cai por terra quando se percebe enfraquecido por outros poderes supervenientes e emergenciais.
Desta vez o poder unido, que não é mito, emanou do povo e em nome do povo todos os demais poderes foram prontamente exercidos com certa urgência (como já deveria ter sido)...para provar que o superlativo do poder é tão frágil quanto o desgaste do seu pódium de "auto-empoderamento" desproporcionado, minado através do tempo.
Todo poder é mito quando superlativamente se apodera do direito do poder do outro, substimando a força do maior poder que gerou o seu próprio empoderamento.
A esse movimento legítimo de quebra de poderes- mitos se denomina exercício e empoderamento da DEMOCRACIA GENUÍNA.
Fica a lição do povo brasileiro aos seus representantes mitológicos.
O Brasil deu um exemplo milagroso ao mundo, o de que o superlativo dos poderes , sendo mito, pode tombar na fantasia que o fez ascender sem projetos sustentáveis.
Tempos holísticos do empoderamento do nosso povo.
Quem sabe recomeçamos uma nova História...com a vontade popular embasada no pódium das prioridades sociais.
Parabéns Brasil. Não é só nos campos do futebol que fazemos belos passes de ideias finalizados por belíssimos gols.
Porque cidadania não é mito...e vale abaixarmos o preço de todos os bilhetes que nos conduzam a ela, à mais legítima transformação do nosso tênue sonho em vitoriosa realidade.