LINGUAGEM DA SABEDORIA

A mão da Providência percebe quem é útil aos semelhantes. E porque os de valia comunitária se oferecem graciosamente em utilidade e intentam em saber viver, não se maldizem ao alcance dos ouvidos dos próximos e aos dos nem tão próximos. Estes – os que merecem viver – ficam muito mais tempo maturando o seu precário conteúdo... Sim, tu estás aqui a me convidar à comunhão da palavra, atos e gestos? E me aceitas em precariedade de pensamento e justiça. Valha-me a paciência de princípios... Joaquim Moncks, in COMUNHÃO DA PALAVRA.

– Do livro A FABRICAÇÃO DO REAL, 2013.

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Dar, doar-se, entregar o que ainda não se tem, pensando ter; esvaziar-se de sentimentos que ainda não foram preenchidos, que permanecem invertidos e totalmente sem sentido, é resultado da unidade indivisível entre corpo-mente e emoção que se integram, se confundem, se misturam num toque mágico do pensamento. Nem sempre o que vem, vai, ou que vai poderá retornar. É preciso estar preparado para não ter, receber ou possuir. No entanto, é preciso ressignificar-se para pertencer, crescer... Enfim, renascer no amor. É no mistério instigante da vida que o segredo do doar se esconde. É na palavra silenciada, encolhida e por vezes mutilada, que a mensagem se encontra. Precário conteúdo? A linguagem da sabedoria, por sua vez, é um dom negado aos soberbos e reservado aos humildes. Na simbiose de sentimentos e pensamentos, a faculdade emocional guia nossas palavras, integrando-se com a mente racional, e então é por vezes, que sutilmente de onde não se espera, provém! Marilú Duarte, in “SIMBIOSE”.

– Do livro O IMORTAL ALÉM DE SI PRÓPRIO. Joaquim Moncks / Marilú Duarte, 2013.

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