Sensações

Tempos de largar estruturas arcaicas, peles velhas e vestir o novo

Conservar sonhos antigos e forjar no aço vontades latentes

Consumir a tristeza na rotina do dia, realizando alegrias

Esperanças contidas no tempo de espera desabrochando pra vida

Pequena sensação de leveza que cresce com as horas

Fim do dia ao encontro da noite no descanso

Sorrio para você em direção aos meus braços

Desejando sossego nas caricias de suas mãos

Momentos incertos, imprecisos, vontades concretas

Querendo paz na solidão, corpo cansado e sozinho

Ao leve toque de seus lábios, arrepios de prazer...

Sou busca de sensações consumidas pelo cansaço

Castelo que se constrói nos elaborados da alma

E sonha, com medo de realidade...

Sonhos desfeitos nas fendas do dia

Sou um tanto do nada, sou fins suplicando começos

Sou crença abarrotada de dúvidas no tempo que passa e não espera

Sou a água que jorra da fonte procurando caminhos; vertendo saídas

Conclusões indecisas na memória cansada

Pedaços de sonhos entrelaçados nos dedos da vida

Máscaras tortas adaptadas na pele rejeitando começos

Preguiça do novo abandonando o velho conhecido

Movimentos constantes da alma aturdida, cansada, voando pra vida

Desejo tempos de paz, dias de sossego, alma tranquila

Pedaços de felicidade ao longo do dia

Penso em você e dou a mão aos sonhos.

Sou pedaços do hoje costurados no ontem alcançando o amanhã

Costuras no aço com fios de ouro rompendo abandonos

Vontades latentes na alma acordando pra vida

SOLANGE OLIVEIRA
Enviado por SOLANGE OLIVEIRA em 04/06/2013
Reeditado em 06/06/2013
Código do texto: T4324681
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