Murmúrios
Na penumbra do dia que se esvai e escorre pela janela da minha alma o delírio e a esperança de um novo começo se definha.
Como a chama da luz que cintila entre o dia findo e a noite que começa e renasce a esperança no topo do universo.
Sussurra o tempo e desliza sobre a pele irisando os pelos num murmúrio de amor pelo dia.
Minha alma chora, e a espera clama e acalanta e Espera!... Espera!... Espera!...
Gosto da luz que salta pela fresta da minha vida anunciando uma nova esperança que brilha na minha alma...
Meus pensamentos alçam vôos atados no chão da minha razão.
Os sins e os nãos desvelados.
Cores púrpuras nas cortinas do inconsciente.
Sono manso do cansaço aturdido pela espera.
Confiança nas horas que passam e na solução que se anuncia.
Solange Oliveira