Devaneios

Retenho na mente saudades que não sei de onde vem!

Lembranças esfumaçadas de sentimentos ainda por viver...

Alma em conflito saturada de desejos vividos... E bons!!!

A espera do prazer a ser dividido e saboreado na ânsia de um sacio esplêndido a evaporar-se no Dia que começa a desvanecer-se em lembranças...

Minha alegria duvidosa busca auxilio nos delírios da alma inquieta... que teimosa procura lugar na razão dos poetas mortos de amor pela Lua...paixão esta! Insana, fria e solitária.

Mas, saudades! Desejos! Não são arrancados no calor dos desafios!... Saboreados pelo prazer da escolha, da sonoridade dos sons em palavras ditas bem perto do ouvido! Para serem escutados e compartilhados com a alma.

Desejos são para serem absorvidos com toques de magias, sobre pele sensível e efêmera! Que quando sentido ressoa como vento em corda de cítara, disposta a entoar o mais puro som da melodia improvisada...

Triangulo amoroso entre eu, você e os dedos do artista que toca as cordas da vida, como as que tecem a roda do destino, findando o tempo que resta pelo simples prazer da escolha finda.

Constância!... Sou eu que toco á sua porta e grita para que saia e corajosamente venha em minha direção... Peço-te simplesmente abrigo no seu caminho, no seu cotidiano, e quem sabe ainda tenha lugar pra mim em seu coração, e em um ato de extrema gentileza me dê suas mãos e caminhamos...

Somente! Um em direção ao outro.

Sou apenas passos marcados na areia do tempo...

Laços fragmentados, idéias e pensamentos registrados no vão do tempo a espera de um milagre... Você!

Sou como vaga-lume! Sinalizo com luzes de esperanças a vagar pela noite escura e como em um sonho o manto da noite solicita tempo. Tempo! Mas, Já não me resta tanto tempo!

Sou terra batida com o suor da chuva...

Sou vento a esmigalhar os desejos não cumpridos como forma de esquecimento.

Sou um ato de misericórdia na fenda dos sonhos...

Sutileza harmoniosa de esperanças moldada a fogo e água. Solicitando perdão pela falta de nobreza da alma!... Ainda criança.

Não sou razão, sou poeira cósmica! Imperfeição nítida de tempos infinitos, construções e desconstruções de emoções, de corpos, de sensações, de buscas constantes pela evolução contínua da alma.

SOLANGE OLIVEIRA
Enviado por SOLANGE OLIVEIRA em 19/05/2013
Reeditado em 09/03/2023
Código do texto: T4298661
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