Dias de Sol
Nasci no tempo da esperança, avesso da vida pela discórdia que reinava na memória do tempo,
Estive perdida no esquecimento da alma aturdida pelo cansaço da espera.
Busco entendimento na rotina do dia.
O corpo cansado pela labuta diária envia ao cérebro uma mensagem de descanso pelo acaso do descaso...
Aguardo ansiosa o momento de desvestir minha pele velha e deixar nascerem novas esperanças, cor de sol com frescor de brisa e assim contar minha história com cores de alegrias.
Nada fenomenal, mas com gosto de prazer e felicidade teço minhas fantasias aguardando realidades...
Preciso de você no contexto de minha história para que faça sentido; Nada inalcançável, mas pouco desejado pelo simples prazer da demora.
Busco nas fantasias elaboradas com cuidado de um artista na reprodução de um premier na tela do destino.
Coisa pouca para um ícone das artes, mas não para mim!
Sutil e desajeitada nos sentimentos e nada parceira das fantasias! Sofisticações para escritores de Bestes Sellers nos contos da vida transformados em sonhos.
Vejo ao longe meus pequenos sonhos e devaneios sugados pelas minhas realidades no dia findo.
A vida escorre por entre os dedos, qualquer desejo tem gosto de sonhos nas mãos da esperança.
Meus pensamentos vagueiam pelas artérias num curto espaço de tempo, sussurrando vontades não ditas com medo de realidade.
A cada dia o sol desperta e se põe no horizonte e me convida para ver a lua;
Coragem que chega de mansinho com preguiça de realidade, acaricia a pele e eriça meus pelos quando na lembrança você rouba meus devaneios acenando desejos idealizados na razão.
Desprendo-me de laços e amarras antigas tecidas na pele com fios de ouro, imagens impregnadas pelo tempo real desgastados pelas máscaras...
Criança aturdida pelo passado alimentando velhas feridas que se desintegram pelo mofo da letargia, guardadas pelas inutilidades da ignorância.
Prolongamentos dos dedos à procura das mãos.
Sou pequena flor amarela brilhando na escuridão dos sonhos.
Solange Oliveira