No silêncio das palavras
Quero um ombro amigo onde eu possa chorar estas lágrimas de dor. Desta dor que me corrói o peito calejado pelas intempéries da vida. Esta mesma vida da qual gostaria de desistir. Desistir de insistir nesta dor que não se transforma em amor. O tão esperado, almejado e desejado amor. Quantas vezes mais irá orvalhar este meu jardim de rosas de esperança? Quantas destas rosas ainda irei colher? Quantas delas verei perecer diante dos meus olhos lagrimados? Quanto mais meu peito será arranhado e o coração despedaçado? Não tenho por agora o ombro amigo esperado, porém neste momento o que me consola é o silêncio destas palavras escritas e lidas...e pensadas.