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Trecho do livro "Sobrenatural - os mistérios que cercam a origem da religião e da arte" - por Graham Hancock

 

 

 

 

(...) Uma segunda linguagem química da mesma antiguidade pode ser vista nos ácidos nucleicos, DNA e RNA. Classificados entre aquela ampla categoria de compostos sintéticos conhecidos como polímeros, eles são cadeias de moléculas gigantes, cada uma das quais caracterizada por padrões repetitivos - "bases" - de apenas quatro elementos químicos. Para o RNA eles são adenina, citosina, guanina e uracil (representados pelas letras iniciais A, C, G e U). para o DNA, as primeiras três bases são as mesmas - ou seja, adenina, citosina e guanina, enquanto que a quarta é timina (T), parente tão próxima da Uracil que não cria nenhuma incompatibilidade nas constantes interações que aparecem ao nível celular entre filamentos de DNA e filamentos de RNA.

 

Esses dois polímetros (com o DNA geralmente 'no comando' e o RNA fazendo as funções subalternas de 'mensageiro') carregam toda a informação genética exigida para construir organismos vivos, e são os gabaritos fundamentais da hereditariedade. Além do mais, o DNA e o RNA, com suas quatro bases, permanecem exatamente os mesmos e preenchem exatamente as mesmas funções em todas as coisas vivas, quer sejam bactéria ou elefante, mosca ou cachorro, água-viva ou acácia, repolho ou borboleta, peixinhos ou baleia, verme ou homem, 4 bilhões de anos atrás ou hoje. Tudo que muda é a ordem das letras, A, C, G e T no código genético escrito no DNA de cada organismo e, é claro, na quantidade de DNA que cada organismo possui. Assim, a bactéria intestinal E. coli consiste de apenas uma única célula dentro da qual está enroscada uma cinta de meio milímetro de polímero DNA; em contraste, como vimos, cada uma das milhares de bilhões de células que formam o corpo humano contém 2 metros do mesmo DNA - obviamente carregada com muitos mais parágrafos de código genético do que as insignificantes E. coli tem ensejo ou necessitam. Ainda assim, grande quantidade de informação é exigida para codificar mesmo as mais simples formas de vida. Mycolasma genitalium é a menor bactéria conhecida pela ciência, mas, apesar disso, exige bastante DNA para realizar seu código genético de 580 mil letras. O mais extenso código genético que especifica um ser humano consiste de aproximadamente 3 bilhões de letras, seguindo cada uma daquelas fitas de DNA de 2 metros de comprimento enroscadas dentro de cada uma de nossas células.  (...)

 

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Uma nota minha: assim sendo, se nosso código genético é formado da mesma matéria com a qual é formado o código genético de todas as criaturas vivas, sejam elas quais forem, até mesmo um coliforme fecal,onde podemos dizer que somos assim tão superiores / inferiores às outras criaturas, e uns aos outros?

 

 

Feliz Páscoa a todos.

 

 

Graham Hancock
Enviado por Ana Bailune em 30/03/2013
Reeditado em 14/07/2015
Código do texto: T4214786
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