Dias iguais.
Aqueles dias jamais seriam iguais.
Tudo passou ser diferente.
Os iguais eram sempre distantes.
Os diferentes sempre presentes.
Os normais todos os dias mais diferentes.
Os diferentes cada dia mais anormais.
As diferenças cada dia, mas presente.
Os anormais cada dia mais fatais.
Nas ruas todos pareciam iguais.
Nos tribunais todos os elementos diferentes.
Diziam-se sempre iguais perante leis diferentes.
E os anormais se diziam normais diante de leis presentes.
Diante de tanta fatalidade os heróis diziam:
Quem vai vencer um combate vencido?
São heróis, somos- nos, quem afinal?
Diante de tanto horror e covardia que tudo anuncia.
Os noticiários informam tudo dia-a-dia.
As leis funcionam, navalha na carne crua.
Os diferentes deixam a caca na rua.
Os normais enfeitam mesas dos tribunais.
Os dias jamais foram iguais na terra tupiniquim
Os poderosos não tão iguais
Os tribunais não tão desiguais.
Os bacanas diante leis federais.
Os anormais diante de todos os tribunais.
Impunidade sem dias finais.
Os mortos por falta de hospitais.
O quase matar na ciclovia.
O policia que a máfia alicia.
Os dias jamais seriam iguais.
Os normais cada dia mais... Cada dia mais..
Os anormais, anormais, anormais.
As leis federais, federais...
Os tribunais, tribunais... Tribunais...