como obter serenidade

Qual o segredo da vida simples? Por que os estultos não se inquietam com a efemeridade da vida?

Olhe em volta, procure em um animal alguma ansiedade, observe que eles não são guiados por nenhum objetivo, apenas respondem aos estímulos recebidos do mundo exterior. O instinto vulgar que os dirigem, estão ali apenas por um capricho natural, qual é, de fato, a importância deles, ou de tantas espécies? E quantas já foram extintas sem nenhum prejuízo ao todo, ao invariável circulo universal?

É na minha magnífica tese, que encontro cada dia mais convicção de uma verdade inescusável, inegavelmente irrefutável: o universo não tem nenhum objetivo nobre, ou superior. Estamos dentro de um malévolo acaso. Não digo da insanidade cientifica da origem do universo pelo inconseqüente Big Bang de Edwin Hubble, ou de qualquer outro maluco cosmonauta, ou de qualquer discípulo de Einstein. Prefiro ratificar a filosofia Demócritiana, e seu belo sonho àtomal, divisível ou não somos eternos, alienados de céu e inferno, de bem e de mal.

Voltemos ao nosso proémio existencial. Para ser tranqüilo e sereno, para respirar em qualquer nível de relação humana ou desumana, basta-nos aprazer com o prazer natural, aceitar sem nenhuma reserva as contradições físicas, as congênitas anomalias de um gen imperfeito, em desenvolvimento.

Eis aí todo segredo que perturba as mentes mais brilhantes desse inconstante mundo do filosofar...

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 16/03/2007
Reeditado em 18/03/2007
Código do texto: T414562