A marquise desabou erro humano ou vontade de Deus?
Hoje o noticiário abalou o coração dos belorizontinos, deixando nublada de lágrimas a linda manhã que iluminava o dia. Uma jovem mãe, que se protegia do tempo sob uma marquise, à espera do ônibus que a levaria para o trabalho, fora atingida pelo desabamento repentino da referida cobertura. Esta notícia me angustiou, me provocando a escrever essas linhas, porque talvez fique sendo apenas mais uma notícia que o tempo se incumbe de apagar deixando livres os verdadeiros motivos ocultos de tragédias que continuam perpetuando no Brasil, e quero oferecer esta semente. Espero obter o compartilhamento de pessoas que se solidarizarem com o que vou tentar expor desse apertado sentimento.
Recentemente sofremos com a tragédia em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, senti a mesma amargura, porém não coloquei em palavras já que a repercussão do volumoso número de vítimas se incumbiu de provocar medidas imediatas dos responsáveis pela vigilância no país. Várias outras casas de show foram imediatamente fiscalizadas e autuadas, e a maioria fechadas, até regularização das infrações constatadas pelos fiscais. Este ignóbil acidente que ocorreu hoje em Belo Horizonte pode parecer um fato isolado, mas no nosso cotidiano ocorre o tempo todo fatos bastante semelhantes, invisíveis aos nossos olhos de leigos, entretanto, que aos sentidos dos responsáveis pela vigilância de nossa segurança e saúde não deveriam ser.
Nossa cultura se acostumou a burlar as normas de segurança, e os fiscais que levam a sério e trabalham com ética, e respeitam as respectivas orientações técnicas quase sempre são malvistos pela atuação rigorosa e correta. Contudo alguns se cegam inconscientes ou conscientes, sem se preocupar com as consequências de seus atos, que poderiam inclusive causar vítimas fatais, infortúnio a si mesmo, familiares, ou uma trabalhadora que aguarda sob a marquise, sem saber que pela última vez, o ônibus que a levaria ao ganho do seu pão, aos seus colegas de trabalho, ou quem sabe ao seu ideal. Não podemos cruzar os braços para um assunto tão sério. Acho que todos os setores da nossa economia envolvem os mesmos riscos, como por exemplo, o trabalho insalubre, os alimentos que compramos, os remédios que nos são receitados e a qualidade destes, os silicones que são implantados, a casa que arduamente pagamos para nos habitar, enfim, não caberia neste pequeno ensaio listar os riscos que corremos por negligência da vigilância pública. Porquanto, não podemos esquecer que apenas acidentes volumosos interessam à imprensa, porque este produz nossa audiência. Portanto cabe a nos a demanda de melhores políticas públicas de vigilância sanitária, em todos os setores, porque seremos os consumidores e vítimas finais.
Não irão escapar ao desabamento, a intoxicação, ao incêndio, ao efeito placebo de um remédio, e outros malefícios, nenhum brasileiro, fiscal da prefeitura, bombeiro, autoridades, empresários, pedreiros, eletricistas, profissionais da saúde, enfim todos os trabalhadores que participam do processo produtivo brasileiro.
Mas a nossa conscientização e cobrança de responsabilidades aos órgãos fiscalizadores, é a força motriz para mudar esse pérfido cenário de descaso que sempre nos ameaçou impune. E não podemos culpar a Deus os acidentes cometidos pelos erros humanos, assim deixando eternamente livres os verdadeiros culpados, porque um pai mesmo sem glória somente bem quer ao filho.
Hoje o noticiário abalou o coração dos belorizontinos, deixando nublada de lágrimas a linda manhã que iluminava o dia. Uma jovem mãe, que se protegia do tempo sob uma marquise, à espera do ônibus que a levaria para o trabalho, fora atingida pelo desabamento repentino da referida cobertura. Esta notícia me angustiou, me provocando a escrever essas linhas, porque talvez fique sendo apenas mais uma notícia que o tempo se incumbe de apagar deixando livres os verdadeiros motivos ocultos de tragédias que continuam perpetuando no Brasil, e quero oferecer esta semente. Espero obter o compartilhamento de pessoas que se solidarizarem com o que vou tentar expor desse apertado sentimento.
Recentemente sofremos com a tragédia em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, senti a mesma amargura, porém não coloquei em palavras já que a repercussão do volumoso número de vítimas se incumbiu de provocar medidas imediatas dos responsáveis pela vigilância no país. Várias outras casas de show foram imediatamente fiscalizadas e autuadas, e a maioria fechadas, até regularização das infrações constatadas pelos fiscais. Este ignóbil acidente que ocorreu hoje em Belo Horizonte pode parecer um fato isolado, mas no nosso cotidiano ocorre o tempo todo fatos bastante semelhantes, invisíveis aos nossos olhos de leigos, entretanto, que aos sentidos dos responsáveis pela vigilância de nossa segurança e saúde não deveriam ser.
Nossa cultura se acostumou a burlar as normas de segurança, e os fiscais que levam a sério e trabalham com ética, e respeitam as respectivas orientações técnicas quase sempre são malvistos pela atuação rigorosa e correta. Contudo alguns se cegam inconscientes ou conscientes, sem se preocupar com as consequências de seus atos, que poderiam inclusive causar vítimas fatais, infortúnio a si mesmo, familiares, ou uma trabalhadora que aguarda sob a marquise, sem saber que pela última vez, o ônibus que a levaria ao ganho do seu pão, aos seus colegas de trabalho, ou quem sabe ao seu ideal. Não podemos cruzar os braços para um assunto tão sério. Acho que todos os setores da nossa economia envolvem os mesmos riscos, como por exemplo, o trabalho insalubre, os alimentos que compramos, os remédios que nos são receitados e a qualidade destes, os silicones que são implantados, a casa que arduamente pagamos para nos habitar, enfim, não caberia neste pequeno ensaio listar os riscos que corremos por negligência da vigilância pública. Porquanto, não podemos esquecer que apenas acidentes volumosos interessam à imprensa, porque este produz nossa audiência. Portanto cabe a nos a demanda de melhores políticas públicas de vigilância sanitária, em todos os setores, porque seremos os consumidores e vítimas finais.
Não irão escapar ao desabamento, a intoxicação, ao incêndio, ao efeito placebo de um remédio, e outros malefícios, nenhum brasileiro, fiscal da prefeitura, bombeiro, autoridades, empresários, pedreiros, eletricistas, profissionais da saúde, enfim todos os trabalhadores que participam do processo produtivo brasileiro.
Mas a nossa conscientização e cobrança de responsabilidades aos órgãos fiscalizadores, é a força motriz para mudar esse pérfido cenário de descaso que sempre nos ameaçou impune. E não podemos culpar a Deus os acidentes cometidos pelos erros humanos, assim deixando eternamente livres os verdadeiros culpados, porque um pai mesmo sem glória somente bem quer ao filho.