Educar: excesso de teorias
Tem gente que acha bonito saber muitas teorias. Eu conheço dois tipos de estudantes. Os que sabem muitas teorias. E, os que não sabem. Os primeiros, geralmente, metidos a intelectuais, falam demasiadamente sobre as teorias. Falam bastante sobre história. Lêem. Isso precisa ser reconhecido. Mas, infelizmente, uma grande maioria pouco sabe no dia-a-dia o que se faz com aquilo. Ou seja: o estudante sabe a teoria, mas não sabe a prática. E o pior não é isso. O pior é o estudante, que ainda é estudante, já se achar. Ele pega a arrogância do seu professor, introjeta e vai andar pelos corredores da Universidade achando que é o sabichão. Ai, ele menospreza a prática, por achar que quem vive somente de prática, não sabe nada. É o tal do senso comum.
Vou falar hoje. Se eu tivesse que contratar um professor, contrataria de cara aquele que já deu muitas aulas e nem ainda tem diploma. Se isso fosse possível, né. Entre dá valor no teórico, eu ainda prefiro o prático. Ah, mas alguém pode questionar: o prático não sabe refletir com os alunos sobre as questões mais importantes da sociedade. É por isso que o mundo anda do jeito que anda, pois ainda existe no Brasil muita gente metida a sociológico tem nunca ter lido nem o Manifesto Comunista. Ou melhor: só lêem o Manifesto Comunista de Marx, e acham que já vão mudar o mundo.
Engraçado, o estudante teórico quer mudar o mundo. Mas, ele não consegue passar nenhum conhecimento em sala de aula, suficientemente simples e real. Ainda, vive o menino, no mundo fantasmagórico. Depois, dizem que os outros só são 'senso comum'.